RESUMO Este estudo se propõe a analisar como percepções temporais influenciam vivências de prazer e sofrimento no trabalho de prostitutas, em Belo Horizonte (MG). Foi realizado um estudo de caso, de natureza qualitativa descritiva. A coleta de dados deu-se por meio de entrevistas com roteiro semiestruturado. Foram abordadas 15 profissionais dos chamados “hotéis de batalha”, e os dados coletados foram tratados por meio de análise de conteúdo. As prostitutas entrevistadas associam o tempo a um recurso, e isso se vincula a vivências de prazer e sofrimento, no sentido de que a administração adequada do tempo gera, para elas, o dinheiro, que é a principal fonte de prazer do seu trabalho. Contudo, esse tempo de trabalho é também fonte de vivências de sofrimento, uma vez que as prostitutas naturalizam ou aceitam incômodos em relação ao trabalho e às consequências que ele acarreta.
Resumo O comprometimento organizacional pode ser considerado fator importante para indivíduos e organizações, influenciando as vivências no trabalho e a produtividade. No mesmo sentido, as percepções temporais interferem na maneira pela qual os indivíduos lidam com o trabalho e conduzem suas rotinas. Considerando as idiossincrasias que permeiam os jovens trabalhadores, este estudo teve como objetivo analisar como se encontram configuradas as dimensões do comprometimento organizacional em relação às percepções temporais de jovens trabalhadores assistidos pelo ESPRO-Ensino Social Profissionalizante-na cidade de Recife (PE). Para tanto, foi realizada uma pesquisa quantitativa, descritiva e exploratória, com amostra de 229 respondentes, selecionados pelo critério de acessibilidade. O instrumento de pesquisa compreende perguntas acerca de informações demográficas e pessoais, escala de comprometimento organizacional (Meyer & Allen, 1991) e escala de percepções temporais (Bluedorn & Jaussi, 2007). A análise dos dados foi realizada por meio de estatística descritiva e bivariada. Evidenciou-se que, apesar da presença de correlações significativas no que tange ao comprometimento organizacional e às percepções temporais, essas são consideradas baixas e agrupadas principalmente na dimensão do comprometimento afetivo. Esse tipo de comprometimento foi predominante entre os jovens trabalhadores (média=3,62). Sobre as percepções temporais, estas apresentaram maiores correlações com características pessoais e os jovens revelaram preferências por comportamentos monocrônicos, rápidos e pontuais, com ênfase no passado e arrastamento por liderança, o que pode estar ligado à situação de vulnerabilidade social e ao momento de transição desta fase da vida.
O tempo é considerado um bem cada vez mais escasso, difícil de entender e de administrar, diante do qual as pressões e demandas do dia a dia podem representar fontes de prazer e sofrimento aos indivíduos, especialmente jovens trabalhadores, frente suas peculiaridades. Dado isto, o objetivo deste trabalho consiste em analisar as percepções temporais e as vivências de prazer e sofrimento no trabalho de jovens trabalhadores assistidos pela Associação de Ensino Social Profissionalizante (ESPRO). Para tanto, realizou-se um estudo de caso por meio de uma pesquisa de campo, descritiva, com abordagem qualitativa. A coleta de dados foi feita por meio de entrevistas semiestruturadas realizadas com 22 jovens trabalhadores assistidos pelo ESPRO, da filial de Belo Horizonte (MG). Os dados foram tratados por meio de análise de conteúdo e os resultados demonstraram que as dimensões temporais apresentadas (comportamentos predominantemente monocrônicos, rápidos, pontuais, atrelados ao futuro e arrastado por terceiros) e as vivências de prazer e sofrimento (contexto de trabalho positivo, baixos riscos/custos, elevado prazer, baixo sofrimento, baixos danos) possuem relações entre si, apesar do fato de que as preferências demonstradas em relação ao tempo nem sempre coincidem com a prática laboral que lhes é imposta.Time is considered an asset that is increasingly scarce, difficult to understand and administer, in which the pressures and demands of daily life can be a source of pleasure and suffering for individuals, especially young workers, in face of their peculiarities. Given this, the objective of this work is to analyze the temporal perceptions and the experiences of pleasure and suffering in the work of young workers assisted by the Association of Professional Social Teaching (ESPRO). For that, a case study was carried out through a descriptive field research with a qualitative approach. Data collection was done through semi-structured interviews with 22 young workers assisted by ESPRO, from the Belo Horizonte branch (MG). The data were treated by means of content analysis and the results showed that the temporal dimensions presented (predominantly monocronic, fast, punctual, future-bound and third-party behaviors) and the experiences of pleasure and suffering (positive work context, low risks, costs, pleasure, little suffering, low damages) have relationships with each other, despite the fact that the preferences demonstrated over time do not always coincide with the work practice imposed on them.
Compreender os sentidos do trabalho é um desafio para gestores e profissionais dadas as relações de trabalho e os vínculos indivíduo-organização cada vez mais transitórios. Assim, o objetivo deste artigo é compreender os sentidos atribuídos ao trabalho por jovens que atuam na condição de aprendizes em organizações da região metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais. Os dados foram coletados a partir de entrevistas e submetidos à análise de conteúdo. Os resultados indicam que o trabalho ocupa uma posição de centralidade na vida dos jovens entrevistados, sobretudo, por assegurar-lhes o sustento e suprir algumas necessidades. A atribuição de sentidos ao trabalho envolveu: as representações sobre o trabalho realizado; apoio/legitimação social; compensação financeira; algum grau de autonomia para realizar as atividades; e expectativas profissionais. Conclui-se que a pouca experiência profissional em atividades formais associada à realidade socioeconômica dos indivíduos pode repercutir na concepção sobre os sentidos do trabalho.
RESUMOO teletrabalho vem ganhando destaque e um número considerável de adeptos frente aos imperativos de maior flexibilidade e redução de custos do mercado globalizado e inconstante em que as organizações e profissionais estão inseridos. Diante disso, torna-se um tema que merece atenção no mundo corporativo e acadêmico por se tratar de um campo multifacetado e ainda pouco explorado. O objetivo deste artigo consiste em analisar os sentidos de teletrabalho encontrados nas revistas Você S.A. e Exame, exemplares da literatura popular de gestão ou literatura pop management; identificando as palavras e expressões encontradas com maior frequência nas publicações acerca da temática e analisando-as enquanto categorias de sentido. A natureza deste estudo é qualitativa e exploratória, utilizando análise de conteúdo para tratamento dos dados. Foram analisadas as publicações sobre teletrabalho nas revistas citadas no período de 2010 a 2016, demonstrando as visões comumente relacionadas à temática e contribuindo para o melhor entendimento acerca do fenômeno teletrabalho. A partir dos resultados obtidos é possível inferir que o teletrabalho carece de atenção em relação à sua delimitação, conceituação e regulação jurídica, a fim de atribuir mais segurança aos envolvidos e mais credibilidade às estatísticas e estudos realizados. Apesar de ser um tema que conceitual e legalmente ainda está sendo construído, existe um conjunto de publicações de pop management que contribui para a construção de um conceito mais homogêneo sobre o teletrabalho, caracterizando uma "monofonia" e revelando a necessidade da realização de estudos que contemplem suas especificidades e as brechas existentes. PALAVRAS-CHAVE:Teletrabalho. Home Office. Pop Management.
Diante dos modos de viver contemporâneos, nos quais o tempo é considerado um bem cada vez mais escasso, difícil de entender e de administrar, a maneira com a qual as pessoas lidam com o seu tempo e as suas demandas pessoais e profissionais pode trazer reflexos para o contexto organizacional e para o indivíduo. No caso dos jovens trabalhadores, público marcado por idiossincrasias e dificuldades no mundo laboral, as preferências e estratégias para lidar com o tempo em suas atividades podem impactar o seu desempenho e o desempenho da organização onde se inserem. Dado isto, o objetivo deste trabalho consiste em analisar e comparar como se configuram as percepções temporais de jovens trabalhadores assistidos pelo ESPRO das cidades de São Paulo (SP) e Curitiba (PR). Realizou-se um estudo de caso com pesquisa de campo, quantitativa e descritiva. A coleta de dados foi feita por meio de questionários e eles foram tratados a partir de análise estatística descritiva uni e bivariada. Percebeu-se certa consonância entre os achados de São Paulo (SP) e de Curitiba (PR) no que diz respeito a velocidade, pontualidade e arrastamento. Por outro lado, há discrepâncias consideráveis quanto à policronicidade e à profundidade temporal dos jovens, mostrando que o tempo é percebido e vivenciado de modo diferente pelos grupos abordados.
Objetivo: As mudanças na dinâmica do mundo laboral esbarraram em certos limites do ser humano, trazendo o imperativo de estudos sobre temas como o estresse, em especial, aquele decorrente do trabalho. Esta pesquisa teve como objetivo analisar como se configura o estresse ocupacional de jovens trabalhadores assistidos pelo ESPRO (Ensino Social Profissionalizante) da cidade de Belo Horizonte (MG), nos anos de 2010 e 2019.Método/abordagem: A pesquisa é descritivo-quantitativa, através de estudo de caso. A coleta de dados foi realizada por meio de questionários estruturados e os dados foram submetidos à Análise Fatorial Exploratória e comparação de medianas.Contribuições teóricas/práticas/sociais: O estresse ocupacional percebido pelos jo-vens abordados em 2010 era maior do que o demonstrado em 2019. Apesar da insta-bilidade na situação política e econômica do Brasil nos últimos anos, os dados indi-cam que os jovens estão menos estressados do que antes.Originalidade/relevância: Dentre os construtos estudados, houve melhora na saúde mental, na saúde física e nos fatores de pressão e insatisfação e houve, ainda, dimi-nuição do uso de estratégias de combate ao estresse, enquanto a propensão ao es-tresse desses jovens se manteve equilibrada.
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