O açaizeiro (Euterpe oleracea Mart.) é uma das principais culturas disseminadas na região amazônica com importância econômica, social e ambiental. O presente trabalho objetivou avaliar o uso de saco de polietileno e tubete com diferentes volumes na produção de mudas de açaizeiro. O ensaio foi conduzido no campo experimental da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará entre abril e novembro de 2018, em Marabá, Pará. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado com 2 tratamentos e 4 repetições. Os recipientes avaliados foram sacos pretos perfurados com capacidade de 2800 cm3 e tubetes com capacidade de 265 cm3. A cultivar avaliada foi o BRS – Pará. Após germinação as plântulas foram transplantadas para os recipientes com substrato contendo 60% de areia, 20% de pó de serragem e 20% de esterco curtido. As avaliações foram feitas a cada 30 dias após o transplante realizando-se a contagem do número de folhas emitidas, a altura da planta e o diâmetro do coleto. A determinação de matéria seca total foi realizada aos 120 dias após o transplante. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% e ao índice de qualidade de Dickson (IQD). Os parâmetros altura e massa seca total foram significativamente influenciados pelo volume do recipiente. O diâmetro do coleto e número de folhas das mudas produzidas nos sacos e nos tubetes não se diferenciaram estatisticamente. Mudas de açaí são melhor produzidas em sacos pretos perfurados com capacidade de 2800 cm3.
Mesmo com o avanço crescente nos estudos etnobotânicos, ainda é incipiente a quantidade de dados que inventariam os usos e saberes associados à biodiversidade das plantas medicinais existentes em quintais urbanos e periurbanos da região amazônica. No presente artigo, objetivou-se realizar estudo das plantas medicinais em quintais rurais no município de São Miguel do Guamá, Pará, valorizando os saberes tradicionais e contribuindo para o conhecimento da biodiversidade local. Entrevistas semiestruturadas foram realizadas com 23 moradores, selecionados por amostragem não probabilística. Foram calculados o índice de importância (IVs) e a concordância quanto aos usos principais (CUP). Houve registro de 80 receitas medicinais, a partir do uso de 65 espécies. As famílias mais representativas foram Asteraceae, Euphorbiaceae e Lamiaceae. O índice de valor de importância foi atribuído a Melissa officinalis L. e à concordância de usos principais de Alternanthera sp., Melissa officinalis L., Plectranthus neochilus Schltr e Chenopodium ambrosioides L. Os maiores valores de concordância quanto aos usos principais corrigidos (CUPc) foram de Melissa officinalis L., Cymbopogon citratus (DC.) Stapf. e Alternanthera sp. Gripe, febre e diarreia foram os problemas de saúde mais prevalentes. A comunidade preserva costumes da medicina tradicional em atenção à saúde, e isso traduz-se no modo de vida dessas pessoas e na intensa circulação de plantas medicinais nos quintais.
O objetivo dessa pesquisa foi descrever o processo histórico da luta pela criação do Projeto de Desenvolvimento Sustentável Porto Seguro identificando e analisando as mudanças que ocorreram no seu espaço geográfico, a partir das relações humanas e histórias de vida dos agricultores. O estudo foi desenvolvido com oito assentados e baseou-se em pesquisa qualitativa, que incluiu o método de história oral temática, análise documental e anotações de campo. A análise espaço-temporal fora construída através do software QGIS 3.10 e da base gratuita de dados geoespaciais MapBiomas, coleção 4.1. As estratégias adotadas ao longo do processo de luta e resistência se deram através de ocupações, ações coletivas e organizadas que foram essenciais na conquista de direitos a terra que são direitos de respeito à dignidade humana. Com a criação do PDS os esforços em permanecerem e sobreviverem na terra se remodelaram impactando diretamente o crescimento socioeconômico dos assentados. As transformações ocorridas no espaço geográfico demonstram predominância de vegetação nativa e organização produtiva fundamentada em conhecimentos tradicionais para o uso sustentável e conservação dos recursos vegetais por meio da agricultura familiar.
Esse trabalho teve como objetivo identificar os tipos e componentes integrantes dos sistemas produtivos desenvolvidos por agricultores familiares assentados no Sudeste paraense gerando dados para a implantação de possíveis programas e políticas governamentais efetivas. A pesquisa foi realizada entre os anos de 2015 e 2018 no projeto de assentamento Paulo Fonteles, localizado no município de São Domingos do Araguaia, Pará. As investigações das informações foram efetuadas por meio da aplicação de questionários do perfil semiestruturado em um universo amostral correspondente a 70% da população. A partir dos resultados, identificou-se cinco tipos de sistemas produtivos operados por essas famílias, que são: sistemas de cultivos de ciclo curto como milho (Zea mays L.), mandioca (Manihot esculenta Crantz.), arroz (Oriza sativa), e feijão (Phaseolus vulgaris), e perenes como pastagens, sistemas de criação de animais como bovinos, aves e suínos e sistema extrativista representado pelo cupuaçu (Theobroma grandiflorum) e pelo açaí (Euterpe oleraceae Mart.). Os sistemas de criação de animais de grande porte e de pequeno porte exercem maior participação na dinâmica produtiva do assentamento contribuindo dessa forma para uma expressiva participação da pecuária. Fatores como o acesso a crédito, condições de infraestrutura, dificuldades de escoamento e o mercado de produtos são os principais condicionantes na escolha produtiva nos lotes. De modo geral, os sistemas de produção poderiam ser bem mais explorados usando-se de formas sustentáveis e de acordo com os parâmetros econômicos dos assentados.Palavras-chaveAgroecologia, Desenvolvimento Rural, Sustentabilidade.
Para reduzir ao máximo o avanço do novo coronavírus foram implementadas ações que visaram o achatamento da curva de contágio, como principal medida o distanciamento social com suspensão parcial ou total das atividades comerciais, incluindo o trabalho nas feiras livres. Esse trabalho teve como objetivo identificar os efeitos da pandemia na produção e na comercialização de agricultores familiares, feirantes do Projeto de Desenvolvimento Sustentável Porto Seguro, em Marabá (PA). O estudo foi realizado por meio de pesquisa de campo e aplicação de um questionário, com questões sobre o perfil do agricultor, características das atividades desempenhadas e os impactos da pandemia. Em meio às abordagens qualitativas e quantitativas, os dados foram tabulados e interpretados por meio de análise descritiva. Os resultados indicaram aumento na produção dos agricultores e mudanças nas práticas sanitárias adotadas. Apesar disso, a comercialização sofreu diminuição e os preços se mantiveram estáveis ao comprometer diretamente a renda familiar. Logo, o auxílio emergencial foi fundamental à complementação da renda. Para se informar sobre a pandemia, os agricultores utilizaram principalmente televisão, rádio e o WhatsApp, visto algumas dificuldades de acesso à Internet. Os principais pontos negativos da pandemia, conforme a visão dos entrevistados, foram o fechamento do comércio, dificuldades nas vendas, prejuízos à saúde e perda de produtos. Já em relação ao ponto positivo, alguns relataram a criação da feira on-line, que se tornou uma solução, para conseguirem realizar a comercialização de seus produtos e entregar ao cliente.
A experiência etnofotográfica apresentada nesse material foi inspirada no primeiro verso do refrão da música do cantor paraense Mahrco Monteiro, intitulada Belém, Belém. A cidade de Belém, no estado do Pará, foi fundada em 12 de janeiro de 1616, por Francisco Caldeira Castelo Branco, tinha o nome de “Feliz Luzitânia”, posteriormente mudado para Santa Maria de Belém do Grão Pará, ou simplesmente Belém do Pará (IBGE, 2021). Belém, também conhecida como cidade das mangueiras, foi a primeira capital da Região Norte e, dentre seus inúmeros encantos, estão a beleza cênica das paisagens amazônicas, as comidas típicas que são patrimônio gastronômico, frutas nativas, sorvetes de sabores incomparáveis, praias de rios, regiões insulares, religiosidade única e povo hospitaleiro...
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