Este é um artigo publicado em acesso aberto (Open Access) Resumo: Neste artigo, propomos uma perspectiva para a construção de casos de pesquisa sobre midiatização e circulação. Partindo dos esquemas de Verón, nossa proposição acentua a explosão de defasagens entre lógicas de produção e de reconhecimento como fenômeno central nos processos de midiatização. A problemática do método está direcionada para esse ambiente em diferenciação. O fio sugerido para investigar objetos em expansão, a saber, meios, lógicas de produção e recepção, usos e práticas, circuitos e ambientes, novas narrativas e percursos, etc., é dado pelos indícios, pelas inferências e relações analógicas, centrais na constituição de casos de investigação desenhados pelo argumento abdutivo.Palavras-chave: analogia; midiatização; circulação; epistemologia; metodologia.Abstract: The case construction on mediatization and circulation as research objects: from the logics to the analogies in order to investigate the explosion of lags -In this paper, we propose a perspective for the construction of case studies on mediatization and circulation. Starting from Verón's schemes, our proposition highlights the explosion of lags between logical production and recognition as a central phenomenon of mediatization processes.The set of problems concerning the method is directed to this environment in differentiation.The suggested axis to investigate objects in expansion, as media, logics of production and reception, uses and practices, circuits and environments, new narratives and routes, etc., is given by the evidences, the inferences and the analogical relationships, which are central in the constitution of case studies developed by abductive argument.Keywords: analogy; mediatization; circulation; epistemology; methodology.
Neste artigo, desenvolvemos proposições teóricas em relação ao conceito de midiatização, em três momentos. Primeiro, apresentamos o modelo geral: a midiatização como relações e intersecções entre dispositivo midiáticos (Ferreira, 2006), ‘processos sociais’ e de ‘processos de comunicação’. Segundo, apresentamos os cenários de reflexão sobre o tema. Terceiro, sugerimos o conceito de dispositivos como foco da proposição teórica que desenvolvemos. Nas relações entre dispositivos, processos sociais e processos de comunicação, entendemos que o conceito de adaptação permite superar as (falsas) antinomias entre “experiência midiatizada” e “experiência mediada” (Matta).
Neste artigo, desenvolvemos proposições teóricas em relação ao conceito de midiatização, em três momentos. Primeiro, apresentamos o modelo geral: a midiatização como relações e intersecções entre dispositivo midiáticos (Ferreira, 2006), ‘processos sociais’ e de ‘processos de comunicação’. Segundo, apresentamos os cenários de reflexão sobre o tema. Terceiro, sugerimos o conceito de dispositivos como foco da proposição teórica que desenvolvemos. Nas relações entre dispositivos, processos sociais e processos de comunica ção, entendemos que o conceito de adaptação permite superar as (falsas) antinomias entre “experiência midiatizada” e “experiência mediada” (Matta).
Sugerimos uma abordagem do jornalismo a partir de conceitos que identifiquem os planos microssocial e macrossociais que o configuram. Na esfera microssocial, partimos do conceito de dispositivo discursivo, o qual substitui o termo (genérico) mídia. Na instância macrossocial, utilizamos os conceitos de campo social e habitus de Bourdieu, fazendo deslocamento em direção ao conceito de campos de significação. O que vai ser compartilhado entre o dispositivo discursivo, o campo social e de significação jornalístico é a produção da notícia. É em torno desse objeto específico que o jornalismo deve ser pensado em suas diferenciações.
IntroduçãoO estudo consiste na construção de casos sobre cinema na perspectiva da circulação, tendo como objetivo geral entender o filme no contexto da circulação midiática. A pesquisa se desenvolve a partir do argumento abdutivo. Ele se constitui em vários movimentos: inferências indutivas (criativas e existenciais), momento em que o pesquisador explicita suas percepções, afecções e discursos sobre o objeto em análise, a partir de indício; inferências dedutivas construídas a partir de conceitos e hipóteses teóricas, no caso, conforme epistemologias da midiatização; e, finalmente, inferências derivadas de um conjunto de perspectivas em construção na área, que remetem a objetos análogos que podem enriquecer as inferências indutivas.As inferências indutivas abrangem as que nominamos como criativas e existenciais. São espaços de afecções e ações discursivas acionadas pelo pesquisador. Essas inferên-cias são importantes para a identificação dos indícios pertinentes com o caso sugerido. As inferências referenciais localizam o objeto empírico no âmbito de uma problemática da circulação, dos circuitos, dos meios, dos dispositivos, dos ambientes, das ambiências, dos atores, das instituições, dos atores e das instituições midiáticas e midiatizadas. São movimentos dedutivos. O argumento abdutivo é compreendido como a relação das duas inferências (FERREIRA, 2012).As inferências criativas e existências tomam, como referência, o conceito de figuras (BARTHES, 1977). O conceito criado por ele nos permite observar um objeto muito complexo e, a partir dele, selecionar elementos que conseguimos perceber em meio a esse ambiente. Este autor compreende as figuras como frações do discurso. Ele afirma que "[...] a figura é delimitada (como um signo) e memorável (como uma imagem ou conto). Uma figura é fundada se pelo menos alguém puder dizer "Como isso é verdade!" (BAR-THES, 1977, p. 2).O que fazemos na pesquisa é selecionar e analisar essas frações de discurso, buscando interpretá-las e fazer inferências, construindo relações. A partir de figuras que identificamos, sugerimos um diagrama, que representam, em seis eixos distintos, os discursos que aparecem em um circuito-ambiente midiático investigado. É partir daí que buscamos entender, por fim, como esse processo modifica as interações entre os interlocutores. O diagrama condensa possibilidades narrativas.Já o processo de inferências dedutivas relaciona a construção de figuras com estratificações dos meios e suas topografias. A construção de figuras se fundamenta em Barthes (1977). Já a estratificação diferencia os meios em suas espacialidades, temporalidades e operações. As topografias se referem às relações entre figuras e estratos. Localizamos as narrativas como configurações individuais que mobilizam as figuras disponíveis em determinado circuito ambiente.Nossas principais referências teóricas consistem nas pesquisas em curso sobre tecnologias digitais em teses e dissertações da linha de pesquisa Midiatização e Processos Sociais, do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Uni...
Este artigo apresenta uma hipótese sobre o caso midiático que designamos como “a Bruxa de Guarujá”, um processo sociomidiático com especificidades emergentes nas redes sócio-digitais, que culminou na forma de linchamento e morte de uma mulher inocente. Em primeiro lugar, contextualizamos o tema, a perspectiva epistemológica (a perspectiva da midiatização, especificamente sobre disrupção, regulação e adaptação em processos midiáticos) e o método (abdução como central no processo de inferências). Posteriormente, problematizamos o caso midiático em sua singularidade, numa tensão entre lógicas do boato e lógicas da informação jornalística, situada no contexto dos usos dos meios em rede por atores e instituições. Em termos de conclusão, apresentamos a hipótese (caso acadêmico) sobre o tema abordado, após um conjunto de acionamentos metodológicos que nos possibilitaram consolidar esquemas e diagramas fundamentados.
O tema deste artigo são as relações entre mídia e cultura, através do conflito simbólico que se instala a partir de um blow up: a torcedora Patrícia Moreira, em 2014, no jogo entre Grêmio e Santos, gritando a palavra 'ma-ca-co'. Esse tema é construído enquanto circulação midiática. Esse objeto, amplo e diversificado, é aqui abordado em torno de uma questão específica: a incerteza nos processos midiáticos. A metodologia é de análise das interações entre atores, instituições midiáticas e midiatizadas, configurando um ambiente-circuito imprevisível. A proposição é que os dilemas e impasses sócio-antropológicos não são apenas atualizados nos processos midiáticos, mas são também transformados pelo contato entre territórios antes estabilizados. A instabilidade nas interações é sugerida como núcleo ativador do processo circulatório.
No abstract
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