Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
IntroduçãoA finalidade deste artigo é discutir alguns temas de uma pesquisa que se dirigiu para escuta e formas de gestão do sofrimento em serviços telefônicos de apoio emocional e prevenção do suicídio no Brasil e em Portugal; respectivamente, o Centro de Valorização da Vida (CVV) e o SOS Voz Amiga. Pude, em outro texto, analisar a maneira pela qual os enquadramentos específicos dos atos de falar e ouvir produzem
RESUMO O presente artigo analisa a maneira como o pensamento de Gilberto Velho constrói uma antropologia urbana situada a partir do que o próprio autor nomeia de ecletismo. De início, procuramos mostrar os impactos dessa visão para sua antropologia urbana. Posteriormente, a partir de uma mirada propriamente antropológica, apresentamos a análise da complexidade em perspectiva histórica. Por último, procuramos uma confluência entre procedimentos de reflexão que baseiam o trabalho de Gilberto Velho e aqueles operados por filósofos que o influenciaram.
Este artigo pretende estabelecer uma análise sobre os modos de atuação de serviços de apoio emocional para a prevenção do suicídio com enfoque na noção de relação de ajuda como aspecto central de suas metodologias de atendimento. O estudo aqui apresentado resulta de uma etnografia realizada junto ao Centro de Valorização da Vida – CVV no Rio de Janeiro, tendo em conta tanto as atividades de treinamento de voluntários quanto de atendimento dos usuários pelo serviço telefônico. Foram analisados também os materiais metodológicos do CVV e do SOS Voz Amiga, serviço português, localizado em Lisboa, análogo ao CVV. A descrição das metodologias de atendimento telefônico de apoio emocional e a reflexão sobre o conceito de relação de ajuda empregado por estes programas possibilitou identificar o modo pelo qual eles lançam mão de arranjos morais específicos empregados nas técnicas de interação como os elementos fundamentais das estratégias de prevenção do suicídio.
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