No que tange o ensino de física é um desafio ensinar com virtuosidade essa área de conhecimento do ensino médio. Os docentes precisam encarar a aversão dos alunos concernente a disciplina ou o conteúdo a ser trabalhado, acarretado pela falta de conectividade do assunto à realidade do aprendiz, agregando uma desmotivação e desinteresse suscitado pela imagem que física é difícil e não se aplica no cotidiano. Para tanto, em meio a essa realidade condizente ao ensino-aprendizagem de física, esse trabalho apresenta uma proposta metodológica através de Sequências de Ensino Investigativas – SEI, pois de acordo com Carvalho (2013), além de sistematizarem importantes resultados das pesquisas em ensino de física, trazem algumas referências essenciais para aulas mais interessantes e motivadoras para os discentes e docentes, de tal modo, essa proposta é referente ao conteúdo de calorimetria, onde objetiva-se contribuir para melhoria do referido ensino. Uma SEI difere de uma sequência tradicional que segue um roteiro predefinido com a qual se pode comprovar ou visualizar determinado conteúdo, pois inicia-se a abordagem do conteúdo a partir de uma situação problematizadora, podendo ser um problema aberto, assim os alunos serão levados a elaborarem estratégias de resolução por meio de levantamento de hipóteses, a raciocinar sobre a relevância e coerência de determinadas variáveis na resolução do problema, justificar suas escolhas e buscar a linguagem cientifica e matemática adequada, além disso, nesse tipo de trabalho o aluno desenvolve autonomia de pensamento. Tais características são análogas ao trabalho cientifico desenvolvido pelos cientistas, onde os discentes podem construir um melhor entendimento em relação a atividade cientifica e sua natureza possibilitando um ensino cujo construção do conhecimento ultrapasse as leis, teorias e fórmulas, tantas remetidas ao ensino tradicional de física. Nesse sentido, sobre as SEIs, Fernandez (2012) indica algumas habilidades que os alunos podem desenvolverem nessas atividades, tais como: observar, descrever, comparar, analisar, discutir, criar hipóteses, teorizar, questionar, argumentar, atuar com procedimentos, avaliar, decidir, concluir, generalizar, divulgar, escrever e dissertar. Desse modo, esse trabalho apresenta três propostas de atividades investigativas, com o intuito de utilizar a sequência para dinamizar a aula, despertar o interesse dos alunos a partir da participação ativa na aula, descontruir conceitos errôneos sobre o conteúdo e entusiasmar os educandos em construir a própria aprendizagem através da prática investigativa.
As Tecnologias de Informação e Comunicação estão cada dia mais presentes em nossas vidas, inclusive no meio de trabalho, com o pensamento que algo surge tecnologicamente para auxiliar e facilitar o desenvolvimento das tarefas, este trabalho visa qualidade no desenvolvimento de ensino. Visando isto, vale observar o que diz o GTE do Ministério da Educação, Brasil 2013: “(...)embora considere importante a utilização de tecnologias de qualidade com vistas à melhoria da educação, alerta que o seu uso se torna desprovido de sentido se não estiver aliado a uma perspectiva educacional comprometida com o desenvolvimento humano, com a formação de cidadãos, com a gestão democrática, com o respeito à profissão do professor e com a qualidade social da educação” (BRASIL, 2013, p. 10). Visto isso, vale ressaltar o compromisso com o desenvolvimento do aluno em seu meio escolar e social, assim como providenciar uma formação de qualidade. Diante disso, este trabalho baseia-se na teoria pedagógica sócio interacionista de Vygotsky realizando estudo prático em grupo e psicologia educacional de David Ausubel com foco nos conhecimentos prévios, como orientação pedagógica para aplicação desses recursos tecnológicos, visto que para segunda lei de Newton usa-se os conhecimentos da cinemática. Diante do exposto propomos uma metodologia que faz uso de vídeos de experimentos realizados em sala de aula e de aplicativos de análises de vídeos e dados como Tracker e Excel, respectivamente. O nosso propósito é estimular o estudo de Física no primeiro ano do ensino médio, retratando a segunda lei de Newton em seu cotidiano, através de análise de vídeos de experimentos relacionados ao tema. Expondo assim, que a física é importante para o conhecimento dos fenômenos em sua volta, distinguindo-se melhor os eventos naturais que o cercam. Contudo, o cerne desse trabalho constitui-se em denotar ao estudante de maneira agradável que é possível adquirir conhecimento sobre a disciplina através do software de vídeo e análise de dados relacionado aos fenômenos físicos. Adaptado de Pereira (2015, p.1).
Nos dias atuais, faz-se necessário que os estudantes de ensino médio conheçam os fundamentos físicos envolvidos no funcionamento dos equipamentos tecnológicos, que estão inseridos cada vez mais no cotidiano do ser humano (VALADARES; MOREIRA,1998). Conhecer tais conceitos físicos, pode até influenciar a escolha profissional futura dos discentes. Daí a importância de introduzir conceitos básicos de Física Moderna e, em especial, de fazer uma ponte entre a teoria e aplicação no dia a dia. Em concordância, cita-se a nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC) do ensino médio, que reforça a necessidade da inserção de abordagens no nível médio da Física Moderna (BRASIL, 2018). Melhorato e Nicoli (2012) defendem que para alcançar os objetivos reais do ensino médio, torna-se importante discutir as possibilidades de realizar abordagens mais dinâmicas e interativas dos conteúdos, que facilitem a compreensão e tornem o ensino da Física Moderna mais atrativa aos estudantes. Neste sentido, os materiais didáticos são ferramentas importantes para o processo de ensino-aprendizagem. Como exemplo, aulas experimentais podem auxiliar o processo de aprendizagem significativa, pois, quando bem articuladas pelo professor, de forma a trabalhar a autonomia dos discentes, podem facilitar a interação entre o conhecimento prévio do educando (subsunçores) e o novo conceito, abordado no experimento (MOREIRA, 2011). Uma das maneiras de dinamizar as aulas é a utilização de uma Sequência de Ensino Investigativa (SEI), que pode ser iniciada a partir de um problema previamente escolhido pelo docente (CARVALHO; et.al., 2013). Assim, apresenta-se como proposta de ensino discutir uma reportagem sobre “Iluminação pública”, de forma a provocar os alunos a entenderem como funciona o acendimento automático dos postes de luz. Em seguida, trabalhar os conceitos introdutórios de Física Moderna, do problema da radiação do corpo negro até o efeito fotoelétrico.
A luz de novas pesquisas que fomentam o crescimento tecnológico no século XXI, é cada vez mais comum a procura de professores de toda a rede de ensino por novas metodologias que o auxiliem na facilitação do processo de ensino e aprendizagem. De acordo com (UNESCO, 2010) essas tecnologias digitais estão inseridas na nossa sociedade em todos os âmbitos da vida e vieram para ficar. Então a grande exclamação, é sobre como a escola pode utilizar melhor a tecnologia para que essas tenham maior eficácia quando atreladas a educação. A partir de toda essa perspectiva tecnológica, verifica-se o crescente fluxo de descobertas na última década, que fez com que a Física Moderna ganhasse espaços avassaladores nos noticiários, nos meios de pesquisa, programas de mestrado e doutorado e até no mercado de trabalho. O estado do Acre, por exemplo, onde está localizada a universidade onde propomos a criação do aplicativo e também a aplicação do mesmo, segundo (ANATEL, 2019), foi referência crescente no desenvolvimento de fibra óptica. E se a física moderna presente nesse e em outros fenômenos é a explicação para grande parte das tecnologias presentes no mundo, por que não utilizar delas próprias para a disseminação do conteúdo que mais apresenta defasagem na rede de ensino regular? O manuseio de maneira correta dessa onda crescente de dispositivos conectados à internet dentro das escolas, se dará nesta pesquisa, pela abordagem de Ensino Aprendizagem, focalizado em David Ausubel, Psicólogo da Educação Estadunidense, onde através de um aplicativo direcionado para o ensino de física, especificamente ao conteúdo de física moderna, o aluno do Ensino Médio, será capaz de desenvolver habilidades de análise comparativa da física abstrata com o cotidiano, assimilando os conceitos científicos com a linguagem diária do aluno. O aplicativo intitulado como Physics Phone, funciona em sistemas operacionais, Android, IOS e Microsoft, podendo ser baixado por todos os alunos da rede pública e privada, com disponibilidade para download gratuita. Vale ressaltar que o aplicativo é uma obra em andamento, autoria do próprio autor deste resumo.
O ensino sobre o efeito fotoelétrico nas escolas de Ensino Médio, muitas vezes, é negligenciado, geralmente, por fazer parte da ementa do último ano da disciplina de Física. Com a necessidade de os alunos acompanharem os avanços tecnológicos presentes no cotidiano, em particular, desenvolvidos a partir do uso de fotocélulas, o trabalho tem como objetivo relatar a experiência didática sobre esse tema utilizando os Três Momentos Pedagógicos, realizada com estudantes do Instituto Federal do Acre em Xapuri, cidade do interior do estado. O estudo do efeito fotoelétrico e sua utilidade observada no dia a dia, como acionamento de portas, torneiras, iluminação pública e demais aplicações foram problematizados. Como resultado, destaca-se que foi possível verificar a participação, o entusiasmo e o envolvimento dos alunos nas discussões sobre o tema abordado, bem como uma reflexão crítica entre eles sobre alguns problemas vivenciados na própria cidade.
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