Tendo em vista o número expressivo dos casos de violência infantil no Brasil pré-pandemia, elaborou-se a pergunta norteadora “houve aumento das lesões bucomaxilofaciais em crianças e adolescentes no período de pandemia de Covid-19 ?”. A hipótese inicial foi de que haveria o aumento dos traumas, principalmente, devido ao isolamento social. Sendo assim, este trabalho se propôs a analisar os estudos acerca do perfil das lesões bucomaxilofaciais em crianças e adolescentes decorrentes da violência física, através de uma análise comparativa entre o período prévio e vigente da pandemia causada pela Covid-19. Trata-se de uma revisão crítica de literatura realizada nas bases de dados: BVS e ADOLEC. Foram incluídos os artigos publicados entre os anos de 2019 a 2023, nos idiomas português, inglês e espanhol que contemplaram os critérios de elegibilidade. Após a leitura dos títulos e dos resumos obteve-se o total de dez artigos disponibilizados na íntegra. Dentre eles, quatro avaliaram o perfil do trauma na pandemia e seis deles avaliaram no período prévio à pandemia. Houve prevalência de traumas no sexo masculinos e adolescentes, e de lesões em tecidos moles, principalmente, as escoriações. Concluiu-se que o perfil das lesões bucomaxilofaciais na população infantojuvenil não foi alterado significativamente com o período da pandemia da Covid-19. No entanto, é fundamental que estudos epidemiológicos, e, em ambientes hospitalares e/ou de medicina legal, sejam realizados e a fim de garantir a maior prevenção desses traumas.
O presente artigo tem como objetivo abordar um estudo de caso de violência sexual contra uma mulher que ocorreu em uma zona rural de uma cidade no Agreste de Pernambuco, onde a sobrevivente gestacionou doze filhos do próprio pai. A violência doméstica contra a mulher é um fenômeno multifatorial. Trata-se de uma pesquisa descritiva com abordagem qualitativa, com uma vítima sobrevivente de abuso sexual na sua pessoa é acompanhada por instituição social. O projeto foi aprovado pelo comite de etica em pesquisa do HUOC/PROCAPE-UPE com CAAE nº 64963322.6.0000.5192, conforme resolução nº 466/12 CNS/MS . Este estudo ampliou a visibilidade sobre a necessidade de implementação de políticas públicas nas zonas rurais da localidade, considerando a necessidade de prevenção e combate a violência contra mulheres. Trata-sede uma temática delicada, de carater sigiloso nos processos de justiça; por este motivo, seu nome foi substituido por nome fictício no decorrer de todo artigo.
A genética forense tem se demonstrado uma grande aliada no processo de identificação humana, sendo assim, este trabalho se propôs a conhecer e analisar o perfil dos exames de DNA nos casos de identificação humana, realizados no Instituto de Genética Forense do estado de Pernambuco. Trata-se de uma pesquisa descritiva, com abordagem quantitativa, a qual constata e avalia as variáveis sem manipular as situações, a partir de condições já existentes. Foram consultados dados secundários extraídos de planilhas dos exames do Instituto de Genética Forense Eduardo Campos (IGFEC) no período de janeiro a dezembro de 2021. Os resultados demonstraram um total de 678 casos de identificação humana, a maioria deles encontrava-se em backlog para posterior análise, gerando 2.121 amostras genéticas, parte do tipo referencial feitas em vivos (14,71%), parte do tipo questionada (41,73%) realizadas nos cadáveres, esta última representada principalmente por sangue, músculo, osso e dentes, e parte das amostras relacionada à contraprova (43,56%). Em 39,93% das amostras, a metodologia quanto à extração do DNA não foi informada na planilha. Dentre as informadas, o cartão FTA e as plataformas automatizadas foram as mais prevalentes. Concluiu-se que a celeridade da análise dos exames realizados no vivo e no morto é beneficiada a partir do crescente desenvolvimento tecnológico e da qualificação dos laboratórios forenses.
Esta pesquisa teve o objetivo de verificar a efetividade da predição da idade humana quando associadas medidas de localização do forame mentoniano - FM e mensurações dos ângulos mandibulares, utilizando mandíbulas secas, no sentido de corroborar sobre a possibilidade de uso complementar desta metodologia nos casos em que a mandíbula esteja presente ao exame pericial. O estudo foi realizado a partir dos registros catalogados no Laboratório de Antropologia e Osteologia Forense – UFPE, e após verificação dos critérios de inclusão e exclusão resultou em uma amostra de 31 mandíbulas aptas ao estudo, com idades entre 17 e 94 anos. Foram mensurados, bilateralmente, o ângulo mandibular e a altura do FM considerando as distâncias do mesmo até o rebordo alveolar, até a base da mandíbula e ainda a altura do corpo mandibular na região dele. Os resultados demonstraram que a metodologia apresentada não estabeleceu significância estatística (p < 0,05), seja relacionando as variáveis numéricas à idade ou para a relação das variáveis frente às faixas etárias estabelecidas (≤ 59 anos; ≥ 60 anos). Assim pode-se reconhecer que a associação da mensuração do ângulo mandibular e posição do FM não possui boa efetividade quanto ao propósito de estimativa da idade na amostra estudada, diante disso, recomenda-se o uso de amostras maiores com o intuito de oferecer maior precisão nos resultados e segurança no emprego deste método odontolegal.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.