Esta tese indaga os sentidos que os Karitiana -população de língua Tupi-Arikém da Amazônia Meridional -atribuem ao termo "especial" (osikirip) para caracterizarem alguns de seus parentes. Essa condição os estimula a procurar instituições não indígenas para que usufruam de tratamento médico e benefícios sociais específicos. Ao mesmo tempo que aproximam os "especiais" a espíritos e ogros, os Karitiana jamais questionam seus vínculos de parentesco -logo, sua condição humana. Tal equação permite uma reflexão, a partir de novo ângulo, sobre questões concernentes à noção de pessoa ameríndia.
Palavras-chaveKaritiana -osikirip -pessoa ameríndia -deficiência -políticas públicas
Esta dissertação de mestrado é devedora de muitos estímulos e companheirismos. À Lilia Moritz Schwarcz, agradeço por me falar de assuntos que não conhecia, por abrir alguns caminhos e ensinar andar por outros, por espalhar por aí incentivo e delicadeza. E por me colocar em contato com outras pessoas que se dispuseram a discutir sobre temas e problemas mais ou menos comuns aos que essa dissertação buscou enfrentar: Fraya Frehse, Valéria
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