Cell therapy represents an old therapeutic practice initiated with the transfusion of whole blood in different clinical situations. There is now a breakthrough in the study of multipotent stem cell therapy because of its functionality in regeneration of tissues, which promotes attention of the scientific community. Bone marrow is one of the main sources of multipotent stem cells, composed by hematopoietic stem cells responsible for the renewal of the cellular components of the blood, and mesenchymal stem cells that aid in the regeneration of tissues. These cells have a strong potential for the treatment of several diseases, due their main characteristics such as high plasticity, capacity for self-renewal and immunomodulation. Although, there are many studies that show good results with the use of cell therapy as a form of treatment for several diseases, some studies still show inconclusive or unsatisfactory results. Therefore, the objective of this study was to review the application of bone marrow stem cells in the canine model since improvements on the knowledge of the technique are necessary to enable its applicability with safety and efficacy.
O uso indiscriminado de medicamentos em animais por seus tutores é uma problemática no dia a dia do clínico veterinário, podendo acarretar diversos riscos à saúde do animal como a intoxicação logo após a administração, quanto a problemas crônicos. O presente estudo objetivou analisar por meio de um questionário online aberto ao público o percentual de tutores na cidade de Aracaju, Sergipe e regiões metropolitanas que já medicaram seus animais sem a orientação de um médico veterinário, qual o perfil deste tutor e quais os medicamentos mais utilizados por eles. Os dados da pesquisa totalizaram 228 inquéritos. Quanto à cidade onde residem os respondentes destacou-se Aracaju, Sergipe com um total de 87,3%. Com relação ao grau de instrução, 49,4% dos entrevistados possuíam nível superior incompleto. Quando indagados sobre o uso de medicações sem orientação de um médico veterinário 51,3 % afirmaram ter feito o uso. Quanto à renda familiar dos entrevistados, destacou-se a classe que ganha abaixo de 1.045,00, que representou 25,8% dos respondentes. Com relação às espécies, os cães foram predominantes com um total de 62,7%. Em relação às classes terapêuticas dos medicamentos, 69,4% foram analgésicos, 49,5% antibióticos e 28,8% anti-inflamatórios não esteroidais. Dado o exposto, podemos concluir que a maioria das pessoas fazem ou já fizeram o uso de medicamentos em seus animais sem uma consulta prévia com o veterinário e a classe farmacológica mais usada foi o analgésico.
O complexo granuloma eosinofílico felino (CGE), é uma dermatopatia comum em felinos, caracterizada por três tipos de lesões: úlceras indolentes (UI), placas eosinofílicas (PE) e granuloma eosinofílico (GE). As lesões podem se manifestar na pele e cavidade oral dos gatos, podem ser bastante severas e causar níveis diferentes de prurido e de dor. Desse modo, o objetivo desse trabalho é relatar o caso de um felino jovem, com complexo granuloma eosinofilico, que possuía granulomas eosinofilicos na cavidade oral, úlceras indolentes nos coxins palmares e plantares, dispnéia inspiratória e espirros há cerca de um mês. O diagnóstico do CGE foi realizado pelos sinais clínicos e exame citológico dos nódulos orais, sendo a hipersensibilidade a picada de pulgas, considerada a causa primária das lesões. O tratamento foi medicamentoso, com predinisolona e com o parafelis®, para controle da infestação de pulgas. Após o tratamento, não houve relato de recidiva.
A meningoencefalite bacteriana é uma afecção neurológica que acomete cães e gatos e se dá pela migração de bactérias de focos infecciosos próximos ou distantes do sistema nervoso central através da corrente sanguínea, atravessando a Barreira hemato-encefálica e atingindo o encéfalo e meninges. Nesse contexto, o presente trabalho tem por objetivo relatar um caso de Meningoencefalite bacteriana secundária à vaginite em um canino, fêmea, sem raça definida, de 3 anos de idade, atendida no Hospital Veterinário Dr. Vicente Borelli localizado em Aracaju, Sergipe. O animal apresentava incoordenação motora, inclinação da cabeça para o lado direito e andar em círculos. Foram realizados exame físico, hemograma, perfil renal, perfil hepático e fração proteica, cistocentese guiada por ultrassom, análise físico-química, cultura da urina, coleta de LCR para realização de citologia e cultura bacteriana e coleta da secreção vaginal para cultura bacteriana e antibiograma. Por fim realizou-se laparotomia exploratória para descarte de coto uterino. Ao exame físico constatou-se presença de nistagmo horizontal bilateral, rigidez cervical, ausência de resposta a dor profunda, ausência de reflexo tibial cranial, déficit proprioceptivo no membro posterior direito além de secreção vulvar enegrecida. No hemograma, constatou-se discreta anemia normocítica normocrômica, trombocitopenia e monocitopenia. Os perfis renal e hepático e a fração proteica não apresentaram alterações. A urianálise apresentou aspecto turvo, pH alcalino, presença de hemácias e leucócitos, além de cristais como fosfato amorfo e triplo. Na urocultura obteve-se crescimento, isolamento e identificação do microrganismo Streptococcus spp. Os resultados encontrados no exame citológico do líquor foram pequena quantidade de material proteico eosinofílico, amorfo, finamente granular, densidade e proteínas pouco aumentados. A ultrassonografia e laparotomia exploratória auxiliaram no descarte dos diagnósticos diferenciais da vaginite. Quanto aos exames microbiológicos das amostras de LCR e secreção vaginal obteve-se em ambas o crescimento do gênero de bactérias gram-positivas Staphylococcus. Dessa forma o presente relato permitiu concluir que a vaginite pode desencadear meningoencefalite por conta da translocação bacteriana através da circulação sanguínea.
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