Introdução: A identificação precoce dos fatores desencadeantes da caquexia oncológica é importante para que a intervenção nutricional auxilie na sua prevenção. Objetivo: Verificar quais são os fatores associados à caquexia em pacientes oncológicos participantes de um programa de internação domiciliar, utilizando conceitos padronizados para a síndrome. Método: Estudo transversal descritivo a partir de dados secundários dos prontuários de todos os pacientes atendidos pelo Serviço de Nutrição, entre fevereiro de 2010 a fevereiro de 2014. A presença de caquexia foi analisada em relação ao sexo, idade, localização do tumor, estadiamento da doença, presença de metástases, tipo de tratamento antineoplásico e sintomas apresentados. Resultados: Foram analisados 276 pacientes, com média de idade de 61,5+13,7 anos, predomínio do sexo masculino (57,3%), doença avançada (90%) e presença de metástases (78,6%). A prevalência de caquexia foi de 75,3%, estando associada ao estadiamento da doença (p=0,001), à presença de metástases (p=0,002) e à localização do tumor (p=0,002), sendo mais comum entre os portadores de tumores gastrointestinais (37,3%). Observou-se associação da caquexia com anorexia (p<0,001), saciedade precoce (p<0,001), constipação (p=0,02), mucosite (p=0,02), náuseas (p=0,03), vômitos (p=0,01), disgeusia (p=0,01), disosmia (p=0,01) e dor (p=0,01). Conclusão: Além dos fatores diretamente relacionados com a doença, tais como: localização do tumor, estadiamento e presença de metástases, diversos sintomas associaram-se à caquexia, e esses merecem atenção diferenciada durante as intervenções nutricionais. Outros estudos, que avaliem os sintomas associados à caquexia, são necessários para que se possam comparar resultados e estabelecer uma intervenção nutricional.
ResumoIntrodução: o câncer de mama é o mais comum no sexo feminino e, no sul, tem uma das taxas mais altas dos do país: afeta mais de 70 a cada 100.000 mulheres. Objetivo: avaliar o consumo de vitaminas antioxidantes por mulheres com câncer de mama em tratamento quimioterápico e verificar a necessidade de adequar o seu consumo. Método: estudo transversal com pacientes com neoplasia mamária em quimioterapia no setor de oncologia do Hospital escola da universidade Federal de Pelotas, atendidas no período de maio a dezembro de 2012. o consumo alimentar das pacientes foi avaliado por Questionário de Frequência alimentar. Resultados: a amostra foi formada por 23 mulheres, 78,3% adultas e 21,7% idosas. a média de idade foi de 56,91±12,25 anos. aproximadamente 43% da amostra não atingiu o valor recomendado de ingestão de Vitamina a, embora a mediana de consumo tenha sido maior que a recomendação. em relação à Vitamina c, todas ultrapassaram o ideal, enquanto nenhuma consumiu quantidade mínima de vitamina e. Conclusão: observou-se que existe um consumo diminuído de vitamina e por todas as pacientes, e um número expressivo de mulheres com baixo consumo de vitamina a, importantes antioxidantes da dieta que podem contribuir para neutralizar o perfil pró-oxidativo da doença. notou-se a necessidade de aconselhamento nutricional, a fim de adequar o consumo de vitaminas antioxidantes na dieta, com o intuito de auxiliar no tratamento e melhorar o estado nutricional dessas pacientes.
Introdução: O estado nutricional e atividade física são fatores modificáveis para o risco e prognóstico do câncer de mama. Conhecer esses parâmetros em diferentes localidades é importante porque permite estabelecer prioridades e alocar recursos para uma mudança positiva. Objetivo: Avaliar pela primeira vez o estado nutricional e nível de atividade física em mulheres que tratam o câncer de mama em um Centro de Referência na cidade de Pelotas (RS-Brasil). Método: Estudo transversal. Foram avaliadas pacientes acima de 20 anos, tratadas no Sistema Único de Saúde, entre junho e novembro de 2012, utilizando-se o índice de massa corporal, circunferência da cintura, Questionário Internacional de Atividade Física, variação do peso corporal e questionamento sobre orientação nutricional prévia. Resultados: Das 72 mulheres avaliadas, 70% encontravam-se com excesso de peso e 87,5% apresentaram elevada circunferência abdominal, com média de 92,1±14,7cm (95% IC: 88,6; 95,6). O sedentarismo associou-se ao ganho ponderal p=0,03) e foi prevalente em 94,4% das entrevistadas. Aproximadamente 65% das mulheres em tratamento adjuvante aumentaram o peso, com diferença significativa quando comparado aos outros tipos de tratamento (p=0,03). Apenas quatro mulheres referiram ter recebido aconselhamento nutricional previamente. Conclusão: A maioria das mulheres avaliadas apresentou-se acima do peso, sedentárias, com obesidade abdominal e sem acompanhamento nutricional no início do tratamento. Esses resultados contribuem para a crescente evidência clínica de que intervenções nutricionais e aconselhamento quanto à atividade física para mulheres com câncer de mama tratadas pelo Sistema Único de Saúde são urgentemente necessários. Estudos em outros Centros de Referência são recomendados.
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