da FGV, professor titular aposentado da FEA/USP, e coordenador do programa Prolides da Associação Brasileira para o Desenvolvimento de Lideranças (ABDL).
Professor titular na EAESP/FGVe na FEA/USP. SOBREVIVERÃO AS PEQUENAS E M~DIAS EMPRESAS?As dificuldades gerenciais e os problemas de sobrevivên-cia das pequenas empresas tornaram-se temas correntes nos pronunciamentos de autoridades econômicas, empresários e líderes políticos. Enfatizando as importantes funções que caberiam às pequenas empresas no processo de desenvolvimento -a captação de recursos e sua canalização para investimentos produtivos; a criação de empresas; a formação e o treinamento da mão-de-obra; a constituição de um viveiro de talentos empresariais e o surgimento de inúmeras inovações secundárias ou incrementais -têm-se justificado a criação de programas e a alocação de recursos públicos a fim de proporcionar apoio técnico e/ou creditício às pequenas unidades produtivas. Contudo, a avaliação dos resultados desses programas não deixa de ser decepcionante: segundo estimativas e pesquisas diversas, metade das PME (pequenas e médias empresas) fracassa durante os primeiros cinco anos de sua existência, e até 90% encerraram suas atividades antes de completar 10 anos. Como explicar a alta rotatividade das pequenas empresas, apesar de todos os programas e diretrizes de apoio financeiro e gerencial por parte do poder público? Não é fácil entender os objetivos reais da política de fomento e apoio às PME: seria promover seu crescimento para se tornarem também grandes empresas? Ou se tenRev. Adm. Empr. ta consolidá-las como unidades de pequeno-médio porte? ou, ainda, se procura promover a criação de novas empresas, visando o crescimento da produção, do ní-vel de emprego, da renda, enfim, do bem-estar geral?Qualquer que seja o objetivo explícito dos programas de apoio às pequenas e médias empresas, a análise da política econômica efetivamente seguida revela o favorecimento indiscutível das grandes empresas. Assim, em face da tendência à concentração do capital que resulta em difusão de sistemas de produção em grandes unidades, com equipamentos e processos capital-intensivos, seria possível apostar na sobrevivência das PME por suposto menos eficientes em mercados onde devem concorrer com oligopólios, financeira e administrativamente bem mais sólidos?Paradoxalmente, as evidências empíricas demonstram que o crescimento e a expansão de grandes unidades produtivas, dotadas de tecnologia capital-intensiva, criam condições para a persistência e eventual expansão de setores de acumulação extensiva, caracterizados pela presença de numerosas PME. Estas, em seus esforços de sobrevivência, dependem menos de facilidades de cré-dito do que da estrutura do mercado intra-setorial, ou seja, da presença ou ausência de grupos oligopólicos que estabelecem um conjunto de relações de dominação-subordinação, e de dependência ou complementaridade com relação às pequenas empresas.Assim, com o desaparecimento de PME tradicionais de tipo artesanal, substituídas pelos oligopólios, surgem novas PME, modernas e capital-intensivas, porém subordinadas e controladas pelo grande capital. As PME que não se adaptam ao ritmo mais dinâmico do merc...
O processo de globalização, embora conduzido pela economia, deve ser apreendido, também, em suas dimensões políticas, histórico-culturais e espaciais-ecológicas. Contrariamente à visão idealizada de uma progressão linear de mercados regionais integrados para uma sociedade una e global, a realidade apresenta uma fragmentação do espaço político com novas barreiras e mercados protegidos. Dentre este cenário de tendências contraditórias, o trabalho procura analisar o papel dos principais atores - a ascensão de poderosas organizações que operam em escala transnacional e o Estado-nação cujo poder e influência estão definhando.
The process of globalization, although impelled by economic factors, has to be analyzed also in its political, historical and spatial dimensions. Contrarely to the idealized vision of a linear progress from regionally integrated markets toward a unique and global society, reality evidences an increasingly fragmented political space, with new barriers and protected markets. Within this scenario of contradictory trends, the essay endeavors to analyse the role of the main actors - the rise of powerful organizations operating on transnational scale and the declining power and influence of the nation-state
problemas de funcionamento das pequenas e médias empresas. Desta pesquisa, realizada, na época, em 155 empresas localizadas em São Paulo, Salvador e Porto Alegre, resultaram cinco monografias que tratam da produção, do marketing, da contabilidade e finanças e dos aspectos organizacionais das pequenas e médias empresas.' Em 1976, um grupo interdisciplinar de pesquisadores da EAESP/FGV retomou a mesma amostra, procurando estudar os problemas das pequenas e médias empresas numa perspectiva histórica de sua evolução, à luz da conjuntura econômica e social dos anos 60-70.Deste projeto resultou um relatório publicado sob forma de livro,2 que chamou a atenção para vários aspectos e problemas das pequenas e médias empresas pouco analí-sados nos estudos convencionais. De fato, verificou-se que, apesar de elevada taxa de mortalidade das empresas entrevistadas, pela primeira vez, em 1963, como fenô-meno econômico e social, as pequenas e médias empresas não estão fadadas e condenadas a desaparecer. Outras pequenas e médias empresas surgem e crescem, desempenhando novas e diferentes funções, à sombra dos oligopólios e conglomerados, aos quais as pequenas unidades estão subordinadas, tributárias e dependentes, numa dinãmíca própria das contradições dos processos de acumulação, centralização e dispersão de capitais do sistema.A fim de aprofundar as análises esboçadas no relató-rio de 1979, e testar algumas hipóteses adicionais, um novo projeto de pesquisa, procurando incorporar a dimensão histórica, foi apresentado ao Internacional Developinent Research Center(IDRC) do Canadá, cuja direção consentiu em patrociná-lo, em colaboração com aEAESP/FGV. Este projeto, à semelhança do anterior, retomou duas amostras estudadas por uma equipe de pesquisadores do Instituto de Administração da FEA/ USP, dentro do Programa Delft, em 1966/67. As Nos debates sobre o crescimento econômico dos países em desenvolvimento, destaca-se o papel, atribuído ãspe-quenas e médias empresas, de geradoras de empregos e de renda para as populações urbanas, cuja absorção produtiva, realizada pelo setor industrial moderno, não tem correspondído às expectativas e planos.iDe fato, as pequenas e médias empresas constituem, apesar do crescimento e expansão contínuos de grandes unidades produtivas, a imensa maioria das empresas industriais e comerciais responsável por uma parcela significativa do produto social, dos empregos, salários e impostos recolhidos. Por outro lado, os processos de concentração e centralização do capital parecem anunciar o fim próximo da maioria dessas pequenas e médias empresas, superadas, do ponto de vista tecnológico, financeiro e organizacional, pelo maior dinamismo das grandes unidades produtivas.Como é superada esta contradição. na vida econômi-ca real?~Como explicar a alta rotatividade de pequenas empresas e, sobretudo, o nascimento contínuo de novos empreendimentos industriais, comerciais e de serviços? Quais são as chances de sobrevivência dessas empresas que concorrem, freqüentemente, num mesmo mercado, com fortes oligopólios? E ...
A palavra "produtividade" está sendo utilizada com bastante liberalidade, nos mais diversos setores e planos da vida econômica e social, o que não deixa de causar confusão e ambigüidade quanto ao seu significado exato e à aplicabilidade conveniente do conceito. Uma das causas mais freqüentes dessa situação é a indefinição do quadro de referências exato para a medição do aumento da produtividade, ora falando-se da produtividade de uma emprêsa, indústria ou da economia global.É objetivo dêste trabalho analisar e discutir o conceito de "produtividade", verificar sua aplicabilidade em escala micro e macroeconômica, analisar a relação entre o aumento da produtividade e o desenvolvimento econômico e, finalmente, ressaltar os fatôres que determinem seu ní-vel e seu aumento. DefiniçãoConsidera-se a produtividade uma medida que avalia a eficiência e a racionalidade das atividades econômicas. Na prática, esta medida é definida como a relação entre o insumo (input) e a produção (output)
e mudança social; 4. Da função dos indicadores sociais.
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