Experimentos que investigam questões relacionadas à ocorrência de resultados negativos em testes de formação de classes de equivalência referem-se frequentemente ao estabelecimento do controle por rejeição (i.e., relação modelo/S-). Com base nas análises teóricas e empíricas descritas nos estudos seminais, argumentou-se que o estabelecimento de tais relações daria origem a padrões de respostas que seriam opostos àqueles geralmente descritos em testes de reflexividade e transitividade. No entanto, a maioria dos experimentos feitos posteriormente com procedimentos específicos para estabelecer o controle por rejeição em seus participantes obtiveram resultados negativos nos testes de formação de classes, mas não obtiveram os padrões opostos de respostas. Portanto, uma descrição detalhada dos efeitos nos testes de formação de classe modulados pelo estabelecimento de relações condicionais controladas por rejeição parece ainda necessária. Vinte e três estudantes universitários realizaram um procedimento de matching-to-sample (MTS) que estabelecia o controle por rejeição por meio de quantidades diferentes de S+ e S-. Os resultados indicaram que os participantes obtiveram resultados negativos em testes de formação de classes e não foi possível identificar qualquer padrão de respostas entre eles, a exemplo do ocorrido em experimentos anteriores. À luz desses resultados, discute-se a necessidade de novas estratégias relacionadas à avaliação da ocorrência desse processo comportamental tão frequentemente mencionado.
Abstract:The present work examined aggressive behavior in a sample of children attending a child daycare center in relation to their teachers' behaviors and the types of activities proposed by them. Four teachers and their respective students were observed for an average of six sessions, during which they performed activities, which could be free (without instruction) or guided. The most frequent behaviors were pushing/pulling, fighting over objects/taking an object from someone else, and kicking/throwing objects, with 77.61% of the aggressive behavior occurring during the free activities. An association between free activities and aggressive behavior was found. The categories kicking/throwing, fighting over objects/taking an object from someone else and slapping the face were associated with free activity. These results indicate the need for more attention directed toward children's free activities, providing them with adequate space for play and diverse opportunities for exploration and object manipulation.Keywords: aggressiveness, early childhood education, teacher-student interaction Comportamento Agressivo de Crianças em um Centro de Educação InfantilResumo: O presente trabalho examinou, em uma amostra de crianças de uma instituição de educação infantil, a relação entre comportamentos agressivos e os tipos de atividade propostos pelas educadoras. Quatro educadoras e seus respectivos alunos foram observados, em média, por seis sessões, durante as quais realizavam atividades que podiam ser livres (sem instrução) ou dirigidas. Os comportamentos mais frequentes foram os de puxar/empurrar, disputar/tirar objeto do outro e chutar/jogar objetos, sendo que 77,61% das ocorrências de comportamento agressivo foram observadas nas atividades livres. Houve associação entre as atividades livres e comportamentos agressivos. As categorias chutar/jogar objetos, disputar/tirar objetos dos outros e tapas no rosto foram as que apresentaram associação com a atividade livre. Esses resultados apontam a necessidade de se dispensar maior atenção às atividades livres das crianças, propiciando-lhes espaço adequado para o brincar e oportunidades variadas de exploração e manuseio de objetos. Palavras-chave: agressividade, educação infantil, interação professor-aluno Comportamiento Agresivo de Niños en una GuarderíaResumen: El presente trabajo examinó comportamiento agresivo en una muestra de niños que frecuentan una guardería en relación a conductas de sus maestros, así como los tipos de actividades propuestas por ellos. Observamos cuatro profesores y sus respectivos estudiantes, en promedio seis sesiones durante las cuales se realizaron actividades, que podrían ser libres (sin instrucción) o guiadas. Los comportamientos más frecuentes fueran empujar/halar, disputar objetos/tomar objeto de otra persona, y patadas/tirar objetos, con 77,61% de la conducta agresiva ocurriendo durante actividades libres. Una asociación entre actividades libres y comportamiento agresivo fue detectada. Las categorías patadas/tirar, disputar objetos/tomar obje...
RESUMOComo a análise do comportamento aborda os fenômenos subjetivos? Seria a teoria de eventos privados a única maneira? Guiado por essas questões, o presente trabalho busca apresentar a abordagem dos fenômenos subjetivos na obra de B. F. Skinner, indicando não apenas a teoria de eventos privados, mas também a possibilidade de abordagens alternativas a essa temática, sem referência à privacidade, por exemplo, por meio da magnitude das ações envolvidas nos fenômenos, níveis (aberto e encoberto) do comportamento e conceitos disposicionais. Indica-se ainda uma significativa diferença de ênfase na teoria de eventos privados ao longo da obra skinneriana. Por fim, conduz-se uma discussão sobre o papel da teoria de eventos privados na análise do comportamento para a abordagem dos fenômenos subjetivos.Palavras-chave: fenômenos subjetivos; B. F. Skinner; teoria de eventos privados; explicações disposicionais. ABSTRACT Different approaches to subjective phenomena on B. F. Skinner's workHow do behavior analysis approaches subjective phenomena? Would the private events theory be the only way to do it? Guided by these questions, this paper aims to present the approach to subjective phenomena in B. F Skinner's work, indicating not only the theory of private events but also the possibilities of alternative approaches to this subject, with no reference to privacy, for example, through the magnitude of actions involved in the phenomena, levels of behavior and dispositional concepts. We also indicate a significant difference of emphasis on the private events theory throughout Skinner's work. Finally, we discuss the role of the private events theory in the behavior analysis' approach to subjective phenomena.
ResumoEncontra-se, tradicionalmente, uma forte identifi cação entre explicação e causa, tanto na fi losofi a, quanto na ciência e no senso comum. Contudo, revisões críticas instauradas no âmbito da fi losofi a da ciência, particularmente a partir do século XX, questionam essa identifi cação tácita, de modo que uma explicação científi ca não implica necessariamente em apontar causas. Exemplos dessa compreensão aplicados a discussões com relação a fenômenos psicológicos podem ser encontradas em diferentes tradições, como a fenomenologia-existencial de M. Merleau-Ponty, e o comportamentalismo radical de B. F. Skinner. Este trabalho busca salientar a crítica em relação ao pensamento causal, discutindo seu papel fundamental para a abordagem do comportamento como fenômeno com sentido próprio, como pretendido nessas duas perspectivas. Em ambas as abordagens, explicar não é encontrar as causas, mas descrever, a estrutura do comportamento, para Merleau-Ponty, ou as contingências de reforçamento, para Skinner. Nesse sentido, indica-se essa postura crítica como elemento favorecedor de possíveis aproximações e diálogos entre essas diferentes perspectivas. Palavras-chave:Causalidade, explicação, Skinner, Merleau-Ponty. Skinner and Merleau-Ponty's Criticism of Causality AbstractA strong connection between explaining phenomena and identifying causes is commonly observed not only in philosophical, but also in scientifi c and common sense discourse. Nonetheless, critical analyses conducted in philosophy of science, especially as of the twentieth century, questioned this tacit connection, to the effect that a scientifi c explanation does not necessarily imply identifying causes. Examples of this viewpoint applied to discussions of psychological phenomena can be found in various traditions, such as M. Merleau-Ponty's existential-phenomenology and B. F. Skinner's radical behaviorism. The present paper seeks to highlight the criticism of causal theories, discussing the fundamental contribution of such criticism to treating behavior as a phenomenon with its own sense, as was proposed in MerleauPonty and Skinner's approaches. Both approaches claim that explaining behavior does not signify identifying causes, but rather describing either the structure of behavior, according to Merleau-Ponty, or the contingencies of reinforcement, according to Skinner. Along these lines, we recommend such criticism as an element favoring potential closeness and dialogue between these different perspectives.
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