O presente artigo busca analisar a vivência de sexualidade para trabalhadores não-heterossexuais a partir de suas reflexões acerca dos limites, possibilidades e consequências do processo de assunção de suas sexualidades no ambiente organizacional. Assim, revisitamos pesquisas sobre os homossexuais no ambiente de trabalho, discutimos sobre a diversidade nas organizações e no trabalho, o coming out e a busca de valorização da identidade dos homossexuais. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, utilizamos a história oral com foco na trajetória profissional para as entrevistas e apreciamos os dados por meio da análise de conteúdo temática qualitativa por duas categorias: identidade e estigma, e diversidade e coming out. De modo geral, enfatizamos alguns fatores que facilitam ou dificultam a assunção e os impactos desta para os participantes da pesquisa. Destacamos a busca de uma visão reflexiva e humanista quanto aos não-heterossexuais nas organizações e no trabalho.
Este artigo visa analisar as violências simbólicas vivenciadas por sujeitos transgêneros na sociedade e no mundo do trabalho. Para embasar as análises, utiliza-se os conceitos de poder simbólico e violência simbólica, bem como diversos trabalhos de autores nacionais que têm se dedicado ao estudo da diversidade sexual nas organizações e aos estudos de transgêneros. Os dados foram coletados através de uma pesquisa qualitativa, na qual foram realizadas entrevistas de história oral com seis indivíduos transgêneros, residentes de Juiz de Fora - MG. Assim, enfatizamos a estigmatização de que são expostos tais sujeitos tendo por consequência violências e exclusão no âmbito social e organizacional.
ResumoO objetivo deste artigo é analisar a masculinidade para trabalhadores não heterossexuais e como ela afeta a dinâmica social e organizacional, o que foi feito mediante um estudo qualitativo baseado em histórias orais com gays, lésbicas e bissexuais de Juiz de Fora, Minas Gerais. Os dados foram tratados pela análise de conteúdo e os resultados sugerem uma hierarquia de masculinidades cujo mais alto nível está associado à masculinidade hegemônica, heterossexual e viril. Outras masculinidades não hegemônicas podem até ser socialmente toleradas, conforme, principalmente, seu nível de discrição. Os que expõem masculinidades não hegemônicas se sujeitam a violências legitimadas pela sociedade porque ela, assim, mantém a ordem, esvaziando a identidade homossexual ao culpá-los por serem diferentes. Esse quadro sugere enxergar além dos processos formais, para que se lide com aspectos não objetivos e que afetam as pessoas, suas práticas, e seu desempenho nas organizações. AbstractThe objective of this article is to analyze masculinity for non-heterosexuals workers and how it affects social and organizational dynamics, which was done through a qualitative study based on oral histories with gays, lesbians and bisexuals from Juiz de Fora, Minas Gerais. Data were treated by content analysis and the results suggest a hierarchy of masculinities whose highest level is associated with hegemonic, heterosexual and manly masculinity. Other non-hegemonic masculinities may even be socially tolerated, mainly according to their level of discretion. Those who expose non-hegemonic masculinities are subjected to violence legitimized by society because it thus maintains order, emptying the homosexual identity by blaming them for being different. This framework suggests seeing beyond formal processes to address non-objective aspects that affect people, their practices, and their performance in organizations.
1 Resistência de trabalhadores lésbicas, transgêneros, bissexuais, gays e intersexuais na sociedade e no trabalhoResistance of lesbian, transgender, bisexual, gay and intersex workers in society and at work Resistencia de trabajadores lesbianas, transgénero, bisexuales, homosexuales e intersexuales en la sociedad y en el trabajo. ResumoO presente artigo visa analisar as resistências lésbicas, transgêneros, intersexuais, bissexuais e gays em face das práticas de homofobia e violências heteronormativas no contexto das organizações, do trabalho e da sociedade, bem como as possibilidades de resistência em torno de uma postura crítica e reflexiva sobre os padrões dominantes e hegemônicos na sexualidade.Para tal, discutimos sobre homofobia, heteronormatividade e violência no trabalho. Assim, fizemos uma pesquisa de cunho qualitativo com a utilização da história oral com foco em suas trajetórias profissionais e analisamos os dados através da análise de conteúdo qualitativa pelas categorias de "resistindo à violência" e "superação e análise crítica em torno da violência". Há diversas formas de lidar com o preconceito no ambiente de trabalho desde as mais sutis até as mais explícitas. De modo geral, destaca-se que a superação violência pode estar relacionada com uma análise crítica e reflexiva em torno do ponto de vista dominante e heteronormativo, com a aceitação plena de sua sexualidade, com o questionamento das violências, com a busca de informação e de esclarecimento, e com uma melhor autoestima. Palavras-chave: Homfobia; Trabalho;LGBTI's. AbstractThis article aims to analyze the resistance of lesbian, transgender, intersex bisexual and intersex in the face of homophobia practices and heteronormative violence in the context of organizations, work and society, as well as the possibilities of resistance around a critical and Research, Society and Development, v. 9, n. 3, e118932576, 2020 (CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i3.2576 2 reflective posture on dominant patterns. and hegemonic in sexuality. To this end, we discuss homophobia, heteronormativity and violence at work. Thus, we conducted a qualitative research using oral history focusing on their professional trajectories and analyzed the data
Buscamos analisar a reprodução e a subversão do binário de gênero e sexualidade no filme “Macho”. Discutimos sobre a constituição do sujeito, resistências e heteronormatividade em uma perspectiva feminista. Trata-se de uma metodologia qualitativa com análise fílmica e análise crítica do discurso. Trabalhamos com três categorias de análise: “Evaristo era mais famoso por ser gay do que por ser estilista de moda”: a constituição do sujeito; “Não há o gene gay. É uma preferência sexual. E mais, é uma experiência temporal”: a reprodução e a subversão do discurso da heteronormatividade; “Às vezes, eu me pergunto: mas para quê Evaristo? Por que não se tornou boxeador como seu pai?”: a reprodução e a subversão do discurso binário de gênero nas relações sociais de trabalho. Como resultados, analisamos como os discursos da meritocracia, da sexualidade e da heteronormatividade atravessam a constituição do sujeito mais famoso por ser gay do que por ser estilista de moda. Por fim, como o binário de gênero possui relação com a divisão sexual generificada do trabalho e as características específicas na moda, percebemos uma construção discursiva instável, cujos sujeitos performam diversos gêneros e por vezes reproduzindo e subvertendo a heteronormatividade e o binário de gênero.
terns that can marginalize or stigmatize those who lee from them. Introdução O tema da diversidade tem sido mais frequente nos estudos organizacionais brasileiros (FLEURY, 2000; ALVES; GALEÃO-SILVA, 2004; HA-NASHIRO; CARVALHO, 2005; SARAIVA; IRIGARAY, 2009; FLORES -PEREIRA; ECCEL, 2010), mostrando-se como uma temática academica e socialmente relevante. Com enfoque especiicamente na diferença e na sexu-Desenhando o mundo ideal e mundo real: um estudo sobre lésbicas, trabalho e inserção social Drawing the ideal world and real world: a study of lesbian, labour and social inclusion http://dx.
RESENHAS Teoria Queer e as diferençashttp://dx
O objetivo deste artigo é analisar o que gays e lésbicas dizem sobre diversidade e empresas. Para tanto, tratamos da diversidade nas organizações em uma perspectiva gerencialista e em uma crítica e social, trouxemos alguns apontamentos sobre a vivência de não heterossexuais no mundo do trabalho. Realizamos uma pesquisa de cunho qualitativo com três lésbicas e quatro homens homossexuais através do método da história oral com foco nas suas trajetórias profissionais. Esses dados foram analisados através da análise de conteúdo qualitativa (BARDIN, 2011) gerando três categorias: o não heterossexual como ótimo profissional; o preconceito expresso; e a não preocupação com a diversidade. De modo geral, a real valorização da diversidade parece estar longe de fato da vivência laboral de trabalhadores não heterossexuais.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
334 Leonard St
Brooklyn, NY 11211
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.