CONTEXTO: O atendimento na crise pode ser realizado pelos: Centros de Atenção Psicossocial, emergências dos hospitais gerais, urgência/ emergência dos pronto-socorros, atenção primária à saúde e os Serviços de Atendimento Móvel de Urgência. OBJETIVO: Realizou-se uma revisão narrativa sobre os serviços de atendimento móvel de urgência frente às emergências psiquiátricas. MÉTODO: Foram realizadas buscas de artigos nas bases de dados: SCIELO, BVS, CAPES e LILACS publicados entre 2013 a 2018. Para a busca dos artigos utilizou-se as seguintes palavras-chaves: emergências psiquiátricas, crise psíquica, serviço de atendimento móvel de urgência no atendimento à crise, sendo identificados 23 estudos. RESULTADOS: Observou-se uma escassez de estudos sobre os serviços de atendimento móvel de urgência frente às emergências psiquiátricas. Os serviços de urgência e emergência, quando prestam assistência à pessoa em crise psíquica, tem priorizado a sedação e o encaminhamento para o internamento hospitalar, reproduzindo o saber da psiquiatria tradicional. A dificuldade dos profissionais de saúde em atender a pessoa em situações de urgência e ou emergência psiquiátrica, por vezes está relacionada com a deficiente formação, e com a falta de educação permanente que abarque a saúde mental. CONCLUSÃO: O cuidado prestado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência à pessoa em sofrimento psíquico é fundamental para o fortalecimento da reestruturação da assistência à saúde mental no país. É necessário o treinamento das equipes que atuam nesses serviços para garantir a função substitutiva dos serviços da Rede de Atenção Psicossocial e, o cuidado das pessoas que vivem e convivem com transtornos mentais fora das internações hospitalares.
Objetivo: conhecer quais estratégias estão sendo adotadas no atendimento à crise psíquica pelos profissionais de um Serviço de Atendimento Móvel de Urgência num município do Recôncavo da Bahia. Métodos: estudo qualitativo, descritivo e exploratório. Foram participantes, 22 profissionais que prestam assistência direta aos usuários do serviço. Coletaram-se os dados por meio de entrevista semiestruturada em abril de 2018, analisou-se os dados por meio da técnica de análise temática. Resultados: evidenciou-se como estratégias de atendimento: a avaliação da cena, ação conjunta com a polícia militar, ações de contenção física e química, orientação à família, encaminhamento do usuário para o serviço hospitalar. Considerações finais: as estratégias de atendimentos a crise psíquica são fundamentadas na psiquiatria clássica, havendo a necessidade de educação permanente das equipes do referido serviço, baseando-se nos cuidados fundamentados no modo de atenção psicossocial.
RESUMOObjetivo: analisar o processo de reabilitação psicossocial no cotidiano dos moradores deste serviço. Métodos: trata-se de um estudo de caso, com abordagem qualitativa. O referencial teórico adotado foi a Teoria do Cotidiano e a Reabilitação Psicossocial. Utilizou-se como técnica de coleta de dados a observação participante. Foram sujeitos deste estudo, seis moradores de um serviço residencial terapêutico. Os dados foram analisados pela técnica de análise temática, considerando os aspectos históricos e sociais em que foram coletados. Resultados: evidenciaram a vida cotidiana, a alienação cotidiana e a superação desta alienação. Considerações finais: evidencia-se a reabilitação psicossocial quando os moradores se apropriaram de seus cotidianos, todavia, em alguns momentos os cotidianos ficaram alienados e utilizou-se mecanismos para superá-los. São necessárias estratégias constantes, para profissionais, a fim de tornar o morar/cotidiano destes moradores possível. Descritores: Enfermagem psiquiátrica; Serviços de saúde mental; Desinstitucionalização. ABSTRACT
Objetivou-se conhecer as vivências das pessoas transgêneras no atendimento à saúde. Trata-se de uma revisão sistemática seguida de uma metassíntese qualitativa. Buscou-se entre maio e junho de 2019, nas bases de dados Pubmed, LILACS e SciELO. Utilizou-se os seguintes descritores e Mesh Terms em português e inglês: Pessoa Transgênero; Transexual; Transexualismo; Acesso à Saúde; Atenção à Saúde; Experiências de vida; Eventos de Mudança de Vida., e suas respectivas variações em inglês. Incluiu-se seis artigos científicos em português, inglês ou espanhol; publicados entre 2009 a 2018, para a metassíntese qualitativa. Evidenciou-se a atenção à saúde da pessoa trans e o corpo/ psiquismo da pessoa trans. Identificou-se que há a falta de serviços de saúde de referência, um alto tempo de espera para iniciar a hormonioterapia e/ou a cirurgia de redesignação sexual e a procura de outros países para agilizar os processos de modificação corporal. Quanto aos profissionais de saúde verificou-se dificuldade no manejo do adolescente trans, preconceito e empatia, desrespeito ao nome social e, patologização da transgeneridade. Em relação aos aspectos psicossociais, evidenciou-se a saúde psíquica e o isolamento/ manutenção da condição em segredo por medo de discriminação. Sugere-se investimento na formação dos profissionais de saúde no atendimento às transespecificidades.
A influência da religião nas práticas sexuais humanas tem sido estudada ao longo dos anos. Objetivou-se conhecer a produção científica nacional e internacional acerca da relação entre sexualidade e religiosidade de 2012 a 2017. Trata-se de uma revisão integrativa de literatura. Utilizou-se as bases de dados Scielo, Pubmed e BVS. 167 artigos foram encontrados, sendo 40 selecionados seguindo as recomendações da estratégia Prisma. Os resultados apontaram 3 categorias temáticas, a saber: a religiosidade como fator de risco ou proteção na sexualidade durante o processo saúde/doença, a religiosidade e a sexualidade no ciclo vital e em grupos populacionais, e a religiosidade e a sexualidade na prevenção de HIV/AIDS. Concluiu-se que a religião pode interferir no processo saúde-doença; estudá-la é necessário para a compreensão do indivíduo em diversas esferas e para que propostas de intervenções possam ser implementadas de acordo com as necessidades do sujeito.
As Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) se configuram como um conjunto de práticas, produtos e saberes tradicionais que promovem cuidado em saúde e são baseadas em um modelo de cuidado humanizado, centrado no sujeito e promotor da autonomia do cuidado. As PICS apresentam evidências na perspectiva da utilização estratégica de cuidado às pessoas em sofrimento psíquico e são alinhadas com o modelo de atenção psicossocial, podendo constituírem-se em uma proposta de redirecionamento de práticas de cuidado em saúde mental. Nesse contexto, o presente trabalho é um recorte de uma dissertação de mestrado que teve como produto a “Cartilha de recomendação aos serviços primários para implementação do cuidado em saúde mental com a abordagem das PICS”, que culminou com a concepção do modelo de cuidado em saúde mental. A Cartilha apresentou as experiências acumuladas pelos participantes do estudo utilizando as PICS no cuidado às pessoas que sofrem mentalmente e teve como objetivo auxiliar os serviços da atenção primária em saúde na implementação do cuidado em saúde mental com a abordagem das PICS. O modelo de cuidado construído pode proporcionar novos sentidos do modo de viver, produzindo saúde e ampliando a oferta terapêutica na APS às pessoas que sofrem mentalmente e pode ser adotado em outros espaços de cuidado.
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