Este artigo propõe uma discussão sobre a condição primário-exportadora latino-americana, sua evolução e atualização, com ênfase no conceito de extrativismo e em sua crítica. Parte de discussões sobre a conformação histórica da América Latina como uma região primário-exportadora e das críticas a essa condição. Discute, na sequência, o revigoramento do extrativismo na região no âmbito da expansão da exportação de commodities no início do século XXI, destacando os impactos desse modelo de desenvolvimento sobre os territórios e a Natureza. As transições pós-extrativistas são apresentadas pelo viés de múltiplos caminhos oriundos de ações e reflexões dos movimentos populares. Conclui-se que o conceito de extrativismo é essencial para abarcar questões centrais do cenário latino-americano contemporâneo: desenvolvimento e meio ambiente.
Resumo O projeto insere-se em um ampla agenda de pesquisa sobre a temática do desenvolvimento da América Latina. Procura-se entender a posição e a configuração econômica recente das economias latino-americanas à luz de sua inserção histórica, as tentativas passadas e as discussões presentes sobre um projeto nacional, e o recente cenário de relativo dinamismo econômico latino-americano. Em síntese, a IC divide-se em (i) breve análise bibliográfica do processo de formação econômica da região e seu processo de industrialização à luz da modernidade ocidental; e (ii) análise empírica do dinamismo econômico no período recente e da participação da região no comércio internacional, com foco nas continuações e rupturas na essência do subdesenvolvimento .
Resumo O campo de estudos sobre a economia do desenvolvimento latino-americano apresenta-se fortemente contemporânea, de um lado garantindo revisões bibliográficas e de outro propondo novas interpretações. Essa breve pesquisa descreve as principais correntes de pensamento que se impuseram historicamente no subcontinente: (i) estruturalismo e neoestruturalismo e o arcabouço teórico construído por Raul Prebisch; (ii) teoria marxista da dependência e os conceitos de superexploração e subimperialismo, pelas obras de Ruy Mauro Marini; e (iii) teoria da dependência heterodoxa, com a discussão inaugurada por Fernando Henrique Cardoso e Enzo Falletto e sua proposta de associação da região com o capital internacional.
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