Powerful and influential voices in the early 20th century, mainly from the European and American Left, were criticizing the institutional status of "aesthetic autonomy" as a pathological situation and proposing, as a utopian horizon, a fusion between the everyday and aesthetics. Today, in contrast, we are more impressed by the idea of a profound incompatibility between aesthetic experience, on the one side, and everyday life, on the other. This conviction, according to which a difficult-to-achieve exception brings together aesthetic experience and everyday life, is the starting-point for a threefold distinction that this essay will develop. This distinction enumerates three different types of situations in which aesthetic experience can occur under everyday conditions: there are, in the first place, those cases where aesthetic experience seems to impose itself, interrupting the undramatic flow of the everyday; there are, at the opposite end of a range of possibilities, situations where a longstanding familiarity with an object ends up turning into an aesthetic experience; finally, there are those cases where a change of the situational framework under which we experience the everyday seems to occur "behind our back," thus opening up the possibility of aesthetic experience.
No abstract
Estou contente por voltar ao Rio de Janeiro. Não apenas por conta de uma simples retórica acadêmica, senão porque as três vezes em que aqui estive representaram ocasiões para resumir determinadas etapas de minha vida intelectual e, ao mesmo tempo, o princípio de novo caminho. Portanto, sempre em momentos transitórios de meu trabalho, o que acredito poderia ser verdade uma vez mais. Por isto mencionarei brevemente os temas dos três seminários que, como professor visitante, coordenei. Ao fazê-lo, menos que oferecer uma autobiografia intelectual, pretendo introduzir a problemática que desenvolverei. Em 1977, em m in h a p rim e ira viag e m p ro fis s io n a l ao B ra s il, d isp u n h a de to d o um m ês p a ra a p rese n ta r u m a te o ria da c o m u n ic a çã o lite r á r ia fe n o m e n o lo g icam en te fu n d ad a. E s ta v a en tão baseado n u m co n ceito de ação, ou de ato, m u ito p ró x im o ao do so ció lo g o M a x W e b e r. C o n c e ito , ao m esm o tem po, re la c io n a d o a e d ive rso da te o ria dos atos da fa la , à ép oca m u ito d iscu tid a. Baseava-me também no conceito fenomenológico de "saber social", desenvolvido pelo sociólogo alemão Alfred Schütz. Conceito próximo ao de ideologia, tal como postulado pela Crítica Ideológica, embora sem com ele confundir-se. Em 1982, d esen vo lvi, na Facu ld ad e da C id ad e, um sem inário fundado nestas teorias, com preendidas, porém , sob um a ó tica rad icalm ente h istó rica. Para tanto, apresentei e le v e i ad iante a hipótese de h isto ric iz a r o conceito de literatu ra. Segundo ta l hipótese, a fo rm a esp ecial de com u n icação d en om inad a " lite ra tu ra " em ergiu de um contexto h is tó ric o m u ito p a rtic u la r associado ao colapso da cosm ologia m ed ieval c: à situ a ção ca ó tica d aí o rig in ad a. N esta situação, fundou-se um a nova técn ica de produção do sentido; té cn ica cen trad a no que denom inam os "o sujeito". D este m odo, pode-se re la cio n a r a em ergência do con ceito e da form a de com unicação designada lite ratu ra à em ergência do sujeito enquanto cen tro desde o qual se engendra o sentido. Q uero tam bém m e n cio n a r o m eu org u lh o porque L u iz C osta L im a , com bastante gentileza, no p rim e iro vo lu m e da trilo g ia do Controle do imaginário, a trib u i a tais discussões, em bora não seja verdade, a origem de seu pensam ento sobre o im ag inário. P o r fim , em 1988, na p u c , ap resen tei um se m in á rio m u ito b reve sobre o c o n ce ito de p ó s-m o d ern o. T o d a v ia , te n ta v a fu g ir do que nos E s ta d o s U n id o s d iría m o s * Este texto resulta de um a co nferência realizada em m aio de 1992, na UERJ. De co m u m acordo co m o autor, p reservo use o caráter de apresentação oral. [Tradução João Cezar de Castro Rocha]. O riginalm ente p ub licad o por Cadernos de Mestrado/Literatura. Rio de Janeiro: UERJ-IL, n. 5,1993.
15 de junho de 1948 foi uma terça-feira clara, mas abafada, na Baviera. O que a Alemanha se tornaria parecia totalmente incerto, o passado da nação pesava como um fardo premente, mas dificilmente mencionado, e ninguém parecia antecipar -talvez poucas pessoas se importassem de fato -que uma semana depois o futuro seria traçado. A primeira página do Süddeutsche Zeitung -Münchner Nachrichten aus Politik, Kultur, Wirtschaft und Sport 1 parecia muito com o que se parece hoje, exceto pela fotografia em preto e branco (de Carl Zuckmayer, um autor nascido na Alemanha que depois adquirira cidadania americana, com sua mulher e sua filha) e pelo preço da edição, que era de vinte centavos. Cinco textos na metade de cima da página reuniam a configuração política chave do momento, não apenas para a Alemanha. Mas, o jornal fazia isso de uma maneira estranhamente distante. Anunciava-se que todos os preparativos para a reforma monetária nas três zonas ocupadas pelos aliados da Segunda Guerra Mundial estavam terminados e que a definição de uma data exata para a implementação da nova ordem financeira dependia inteiramente das autoridades aliadas. Outro texto cobria um discurso de campanha que o presidente Truman havia feito em Berkeley, Califórnia, clamando aos soviéticos que não se retirassem dos esforços construtivos de assegurar um futuro democrático e unificado para a Alemanha (é uma questão histórica em aberto saber se os aliados ocidentais e a União Soviética não estavam optando por uma separação da Alemanha, embora, por razões de legitimidade política, eles tivessem que responsabilizar uns aos outros). Duas pequenas notas se referiam às hesitações do parlamento francês quanto à ratificação dos primeiros passos políticos em direção à criação de um estado alemão ocidental que os três aliados ocidentais, junto com Holanda, Bélgica e Luxemburgo, haviam decidido treze dias antes, em uma reunião de cúpula em Londres. Finalmente, o general Clay, governador militar norte-americano, foi mencionado, a partir de uma entrevista coletiva, prometendo que os Estados Unidos estavam fazendo todos os esforços possíveis para integrar "uma representação alemã oriental" no novo Estado. Quatro desses cinco textos tinham o estilo neutro típico das agências de notícias (de fato, três vieram da AP, da Dena-Reuter e da UP), mas o artigo escrito pela equipe do Süddeutsche, mesmo que lidasse com a reforma econômica como se fosse assunto de verdadeira preocupação existencial, talvez tenha sido o mais isento de todos eles.Apenas dois outros textos da primeira página tinham um tom mais vivo, por vezes até agressivo, quando tocavam em pontos que deveriam ter exigido mais tato e reserva pelo lado alemão. Um deles era a ainda famosa coluna no lado esquerdo da primeira página do jornal intitulada Das Streiflicht.2 Em 15 de junho de 1948, ela criticava as estratégias com relação à política mundial por parte dos Estados Unidos, especialmente o apoio destes, através de uma legião estrangeira, cuja formação fora aprovada pelo Senado, à fundação de um Estado jude...
O objetivo deste ensaio é questionar se o que se chama "presença" das coisas, inclusive das coisas do passado, pode ser realizada na linguagem, inclusive na linguagem dos historiadores. A primeira parte esboça o que significa presença (a existência de objetos físicos e eventos espaço-temporalmente localizados). Aqui também se propõem dois tipos ideais: culturas de sentido (nas quais a interpretação de significado é de preocupação suprema, tanto que a coisidade das coisas é frequentemente obscurecida), e culturas de presença (nas quais capturar a tangibilidade das coisas é de extrema importância). No período moderno, passou-se a usar e interpretar a expressão linguística tipicamente como o modo pelo qual o sentido, mais do que a presença, é expresso, criando-se assim, um lapso entre linguagem e presença. Desta forma, a parte II do ensaio explora possíveis formas de se criar pontes entre esse lapso. De particular interesse para os teóricos da história são as instâncias nas quais as coisas podem se fazer presentes empregando-se o dêitico, o poético, e o potencial encantatório da expressão linguística. Conclui-se o ensaio na parte III com uma reflexão sobre a ideia de Heidegger de que a linguagem é a "casa do Ser", agora interpretada como a ideia de que a linguagem pode ser o meio pelo qual a separação entre seres humanos e as coisas (físicas) do seu ambiente pode ser superada.
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