Este artigo tem por objetivo analisar o projeto gráfico-editorial da obra Se eu abrir esta porta agora... (2018), de Alexandre Rampazo, de modo a compreender o alcance dos efeitos de sentido na relação entre forma e conteúdo. Desse modo, pretendemos observar como o projeto gráfico do livro, ao materializar a abertura das portas, de diferentes maneiras, indicia distintas perspectivas de leitura, conforme o modo como, ou de que lado, são abertas as tais portas. O projeto gráfico do livro citado faz uma emulação das portas que podem se abrir de diferentes maneiras ao leitor, revelando também distintas perspectivas de leitura, de acordo com o lado em que tais portas são abertas. A metáfora da porta sugere uma aventura escondida em cada uma delas, as quais podem ser abertas, desvelando mistérios, desejos, medos e inúmeras surpresas. Ganhador do Prêmio FNLIJ 2019, nas categorias Criança e Projeto-Editorial, o livro se destaca pelo caráter inovador e inusitado, oferecendo ao leitor uma proposta divertida pelo universo paralelo tecido entre a realidade e a ficção, encorajando-o a enfrentar seus medos e ter coragem para abrir cada porta e, consequentemente, a viver uma nova experiência literária.
principais. De maneira envolvente e lírica, o enredo de Rakushisha, palavra que intitula a obra e significa cabana dos caquis caídos, exterioriza uma geografia poética mesclada por traduções de haicais e trechos do diário de Matsuo Bashô, poeta japonês, responsável por codificar e estabelecer o cânone do haikai japonês. Metodologicamente, para compor a análise do romance, este trabalho busca referências e diálogo com os estudos de Bauman (2001), Nouss (2016), Said (2003), Zolin (2009), entre outros.
Repensar as práticas de exteriorização e divulgação do material escrito arquitetado pelas editoras no cenário contemporâneo da literatura brasileira é de suma importância, principalmente no que concerne à categoria de produção juvenil. Nosso objetivo neste artigo é apresentar, destacar e analisar a trilogia de contos de Murilo Rubião, publicada em 2016 pela Editora Positivo, a partir do aporte teórico do reendereçamento literário, termo cunhado por Vera Teixeira de Aguiar e do fenômeno crossover, estudado por Beckett (2009). Os três livros, vendidos separadamente, são reembalados de maneira a ampliar o público quanto ao acesso da obra do escritor mineiro. Inserida nos moldes da literatura fantástica, tais obras podem atingir públicos de diferentes idades e operar como impulsionador do interesse dos jovens na leitura de uma literatura para adultos, devido ao trabalho de editoração gráfico e ilustrativo proporcionado pelo mercado crossover e pelas maneiras de reendereçamento. Para tanto,
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