Neste trabalho, discute-se a experimentação no âmbito de artes visuais para além dos espaços educativos fechados. Para tal, analisamos a proposição coletiva Divisor (1968) da artista brasileira Lygia Pape e as experiências propostas nos Domingos da Criação (1971) organizadas pelo crítico e curador Frederico Morais. Partindo das análises, foi possível perceber a experimentação coletiva em arte enquanto meio para experiências formadoras (DEWEY, 2010), compreendendo a arte/educação enquanto potência capaz de integrar sujeito e espaço urbano. Considerando que o cotidiano de grandes cidades muitas vezes afasta os vínculos que seus cidadãos possuem com os lugares, experiências em arte/educação surgem enquanto potências capazes de modificar e estabelecer relações entre habitante e urbe, transformando a cidade por vezes em um espaço menor, com maiores vínculos e afetos.
O presente trabalho discute questões acerca das práticas extensionistas durante a realidade da pandemia de Covid-19 no Brasil. São analisadas ações realizadas pelo MuDI - Museu Diários do Isolamento, museu de virtuais conexões criado durante os primeiros meses pandêmicos, em meados de 2020. A instituição, com viés interdisciplinar, faz parte de um projeto de extensão vinculado ao curso de Bacharelado em Museologia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e ao Núcleo de Estudos sobre Museus, Ciência e Sociedade (NEMuCS). Através do seu caráter extensionista, o MuDI se coloca no papel de museu virtual institucional que possibilita ampliar a formação do profissional museólogo, trazendo os discentes para a vivência do cotidiano de uma instituição colaborativa. Também é trazida à discussão uma das exposições mais recentes, ‘(RE) existência: os vários lugares da mulher na pandemia’ compartilhando o cotidiano e as multifa- cetas das mulheres durante a pandemia - a concepção contou com uma equipe multidisciplinar, envolvendo docentes e discentes de diversas áreas, assim como a participação de cientistas e artistas que deram os seus depoimentos acerca de suas realidades no contexto pandêmico.
A banalização do ato fotográfico é um assunto recorrente na contemporaneidade. Na era da virtualidade as pessoas consomem passivamente, a todo instante, imagens e mais imagens e suas mensagens simbólicas. A problematização da fotografia acerca de sociedades espetaculares (DEBORD, 1997) continua reverberando. Este artigo tem por objetivo discutir sobre a fotografia e seus produtos diversificados na produção de dois artistas em especial: Andy Warhol (COLORADO, 2016), ícone da Pop Art, e o contemporâneo David LaChapelle (ESPM, 2013). Nas produções de ambos a fotografia assume uma posição de destaque, como um meio para a elaboração de discussões acerca das relações entre os seres humanos e o meio social, histórico e natural.
Este trabalho discute questões acerca da fotografia enquanto propulsora do pensamento crítico e da formação de sujeitos reflexivos na sociedade contemporânea. Para tal, situa-se a fotografia enquanto fonte de comunicação, sendo considerada uma linguagem não-verbal (FERRARA, 2002), resultante de uma percepção da realidade (DUBOIS, 1993) e de uma criação poética do imaginário (DURAND, 2004). O trabalho analisa atividades desenvolvidas no projeto de extensão “PhotoGraphein vai à Escola” (UFPel), com escolares do ensino fundamental em escolas públicas da região de Pelotas e Rio Grande – RS. As atividades extensionistas atuam com base em experiências estéticas formadoras (DEWEY, 2010) e na relação entre a fotografia e o olhar, possibilitando perspectivar o quanto tais questões reverberam no âmbito do ensino em Artes Visuais. Com tal análise foi possível perceber relações estabvelecidas e aprendizados que alteraram positivamente a forma com que os jovens educandos decodificam e percebem os símbolos presentes no mundo ao redor, possibilitando a transformação do vivido em experiências formadoras para todos os envolvidos.
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