Introdução: A assistência pré-natal (PN) é um dos pilares do cuidado à saúde materno-infantil, cuja relevância para a redução da morbimortalidade dessa população já se encontra estabelecida. A ausência ou inadequação da assistência durante o período PN pode trazer graves consequências para a saúde da mãe e do feto. Segundo a Organização Mundial da Saúde, calcula-se que, em 2015, 303 mil mulheres morreram de causas evitáveis inerentes à gravidez, 2,7 milhões de bebês morreram no período neonatal e 2,6 milhões de fetos eram natimortos. No Brasil, entre 1990 e 2015, houve queda na razão de mortalidade materna de 141 para 60 mortes a cada 100 mil vivos. Essa queda ocorreu em virtude de avanços significativos nas políticas de saúde, entre eles a implantação do Sistema Único de Saúde (SUS) e das políticas de saúde materno-fetal associadas a ele. Objetivo: Avaliar a assistência PN prestada a gestantes de baixo risco usuárias do SUS da cidade de Joinville. Métodos: Trata-se de um estudo observacional transversal realizado de março de 2018 a fevereiro de 2019, mediante entrevista e análise do Cartão da Gestante de puérperas maiores de 18 anos, procedentes de Joinville, que realizaram o PN no SUS, sendo excluídas as puérperas desistentes. Avaliou-se a assistência PN por critérios preconizados pelo Programa de Humanização do Pré-Natal e Nascimento. Resultados e conclusão: Foram entrevistadas 683 puérperas. Os critérios com maiores índices de adequação foram acessibilidade (99,6%), início precoce do PN (92,7%) e realização de seis ou mais consultas (87,15). Os critérios que apresentaram as menores taxas de adequação foram o conjunto de orientações (17,7%) e os exames do terceiro e primeiro trimestre (42,5% e 63,5%, respectivamente). Conclui-se que a assistência PN realizada pelo SUS da cidade de Joinville, não obstante a acessibilidade praticamente universal, o início precoce e a prevalência de puérperas com mais de seis consultas, demonstrou declínio acentuado na análise dos indicadores preconizados.
RESUMOOBJETIVO: Analisar os fatores envolvidos com a prematuridade em primigestas que realizaram o pré-natal na atenção primária de Joinville-SC. MÉTODOS: Trata-se de um estudo caso controle, realizado na Maternidade Darcy Vargas em Joinville-SC, período de março de 2018 a fevereiro de 2019 através de amostra randomizada composta de 257 puérperas primigestas maiores de 18 anos, que realizaram o acompanhamento pré-natal exclusivamente em Atenção Primária à Saúde. A população foi dividida em dois grupos, primigestas com parto prematuro e primigestas com parto a termo. Para o cálculo de razão de chance, os valores foram considerados significativos quando P<0,05. CEP nº2.487.567. RESULTADOS: As pacientes foram separadas em primigestas com parto prematuro (n=15/5,83%) e primigestas com parto a termo (n=242/94,16%). As características maternas destoaram quanto ao número de consultas de pré-natal (6 vs 9 P<0,001), nas puérperas com parto e prematuro e a termo respectivamente.
Objetivo: Verificar a avaliação da qualidade pré-natal. Métodos: Levantar referencial teórico sobre os artigos nas bases de dados Medline (Pubmed), LILACS, SciELO e BIREME sem restrição de localização e idiomas em português, inglês e espanhol, publicados no período de 2016 até 2021. A pesquisa foi realizada na base de dados com os descritores "Avaliação da qualidade pré-natal" AND ( db:("LILACS") AND mj:("Cuidado Pré-Natal" OR "Qualidade da Assistência à Saúde")) AND (year_cluster:[2016 TO 2021]). Resultados: Foram encontrados 6 estudos que responderam à pergunta norteadora. Seis dos cento e onze estudos selecionados encontrou associação na avaliação da qualidade pré-natal. Conclusão: Houve desigualdade na qualidade pré-natal, quando comparadas nas regiões e locais analisadas isoladamente, houve maior percentual quanto ao número de consultas em contrapartida, menor índice englobando todos os critérios preconizados pelo Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento.
Avaliar os desfechos adversos perinatais relacionados ao uso de álcool na gestação. MÉTODOS: Trata-se de um estudo observacional transversal, realizado na Maternidade Darcy Vargas em Joinville-SC, período de março de 2018 a fevereiro de 2019 através de amostra randomizada composta de 722 puérperas maiores de 18 anos, que realizaram o acompanhamento pré-natal exclusivamente em Atenção Primária à Saúde, divididas em 2 grupos: pacientes que fizeram uso de álcool na gestação e que não utilizaram. Os fatores de confusão foram uso de tabaco e drogas. O intervalo de confiança foi de 95%.
RESUMOAnalisar as complicações e desfechos adversos perinatais resultantes do consumo de álcool e tabaco durante a gestação. Pesquisou-se nas bases de dados Lilacs e Medline de 2008 até 2017. Usaram-se os descritores: Complicações na gravidez; Transtornos do Espectro Alcoólico Fetal; Intoxicação alcoólica; Tabaco. Incluiu-se artigos sobre "Obstetrícia", com tema principal "Complicações na gravidez", selecionou-se estudos de coorte, ensaios clínicos controlados, estudos de caso controle e relatos de caso relativos a temática abordada. Após o fim do processo de seleção, restaram 11 artigos. O tabaco é responsável por impactar em abortos, baixo peso ao nascer e outros desfechos adversos, não houve relação significativa com patologias placentárias. Além disso, o uso desta substância provou-se potencializador de complicações perinatais, dentre elas ruptura de membrana, parto prematuro e Síndrome de Morte Súbita Infantil. Não obstante, pesquisas indicam que gestantes usuárias de narguile mais de uma vez por dia aumentavam a chance do feto nascer abaixo do peso esperado quando comparado com gestantes não fumantes. Análogo à isso, o consumo de álcool possui implicações na barreira placentária, podendo levar o feto a Síndrome Alcoólica Fetal (SAF). Ademais, o sub reconhecimento da ingestão desse precisa ser priorizada pelos profissionais de saúde que têm papel fundamental na identificação do comportamento em mulheres grávidas e mulheres em idade fértil. Ambas substâncias possuem influências negativas para o binômio materno-fetal, e, seu uso está fortemente correlacionado. Dessa forma, abster-se de tabaco e bebidas etílicas é essencial para que o período perinatal ocorra dentro dos padrões de normalidade.
RESUMO Objetivo: Avaliar os impactos do número de consultas realizadas no acompanhamento de pré-natal na rede básica sobre os desfechos adversos. Metodologia: Estudo de corte transversal, foram selecionadas aleatoriamente puérperas de risco habitual com mais de 18 anos que fizeram pré-natal na rede pública de Joinville-SC, com gestação única. Os desfechos avaliados foram prematuridade, número de cesarianas, internação de UTI neonatal e baixo peso ao nascer. O cálculo da razão de chance teve intervalo de confiança de 95%. Resultados: Comparamos as características e desfechos materno-fetais de pacientes que fizeram 5 consultas ou menos (n=109), puérperas com 6 ou 7 consultas (n=146) e pacientes que realizaram 8 (n=430). Dos resultados do perfil materno, foram significativos, os resultados socioeconômicos como idade, gestações anteriores, escolaridade, raça, estado civil, profissão, número de pessoas na casa e remuneração. Do recém-nascido encontramos diferenças no capurro e peso, ambos maiores em pacientes com mais de 8 consultas. No cálculo da razão de chance ajustado encontramos redução na prematuridade nas pacientes que fizeram 6 ou 7 consultas (0,26 IC95% 0,073-0,928) e nas que realizaram 8 ou mais (0,06 IC95% 0,016-0,229). Não encontramos diferença no número de cesarianas, baixo peso ao nascer e na internação de UTI neonatal em nenhuma das populações. Conclusão: A realização de 6 ou 7 consultas de pré-natal reduz 74% as chances de prematuridade, enquanto a realização de 8 ou mais consultas diminuiu em 94%. ABSTRACT Objetive: Evaluate the impacts of the number of prenatal consultations during medical follow-up in the basic health care system over adverse outcomes. Methodology: Cross-sectional cohort study, selected randomly puerperal women with habitual risk with at least 18 year old who did prenatal care in the public health care system in Joinville-SC, with single pregnancy. The adverse outcomes evaluated were prematurity, number of caesarean sections, neonatal ICU admission and low birth weight. The odds ratio calculation had a confidence interval of 95%. Results: We compared characteristics and maternal-fetal outcomes of patients with 5 consultations or less (n=109), puerperal women with 6 or 7 consultations (n=146) and patients with 8 (n=430). Of the maternal profile results found, were significant, the socioeconomic results like age, number of pregnancy, schooling, race, marital status, profession, number of people living in the house and salary. Of the newborns, we found differences in the capurro and weight; both were higher in patients with more than 8 consultations. In the adjusted odds ration calculation we found reduction in prematurity who did 6 or 7 consultations (0,26 CI95% 0,073-0,928) and in the 8 or more consultations group (0,06 CI95% 0,016-0,229). We did not found difference in the number of caesarean sections, low birth weight and neonatal ICU admissions in any of the populations. Conclusion: The realization of 6 or 7 prenatal consultations reduces in 74% the chances of prematurity, while the realization of 8 or more consultations reduces it in 94%.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.