Convocadas por diferentes questões decorrentes do caso Queermuseu – as diferentes respostas oferecidas pelas instituições envolvidas; os sentidos e usos da liberdade de expressão; a diferença entre censura e boicote, ou mesmo entre tipos de censura (institucional ou social, política ou moral), em meio às guerras culturais em curso; o reenquadramento da discussão sobre a Lei Rouanet, entre outras –, julgamos que a articulação entre as políticas culturais e o problema da censura merecia um dossiê específico. A par de alguns dossiês lançados por outros periódicos, estávamos especialmente interessadas no desdobramento das <em>controvérsias culturais </em>em que estamos imersas.
<p>Considerando que parte significativa das controvérsias culturais, a partir do caso <em>Queermuseu</em>,<em> </em>constitui o próprio material ao qual o trabalho de mediação se dedica – muito embora as mediadoras e educadoras tenham sido muito pouco consultadas publicamente a respeito dessas questões –, julgamos oportuno entrevistar educadoras e educadores de diferentes instituições e exposições envolvidas (Santander Cultural, MAM-SP, MASP e Trienal de Artes do Sesc) sobre sua atuações e eventuais experiências de transformação nesse processo.</p>
Arte, formação e transformação são as linhas de fuga das entrevistas realizadas a três artistas brasileiros contemporâneos: Jorge Menna Barreto, Graziela Kunsch e Fábio Tremonte. A obra de Jorge Menna Barreto desenha possibilidades para respondermos essa pergunta. Instaurando-se nas fronteiras entre arte e vida, seus projetos, entrelaçados com uma forte vocação educativa, tratam o pensamento poético e artístico a partir das noções de diversidade e florestidade. O caráter formador e transformador da arte é também determinante para a artista, ativista, professora e pesquisadora Graziela Kunsch. Sua produção relaciona-se intimamente com contextos político-sociais e permite refletir sobre as possibilidades de se aportar mudanças à sociedade, uma vez que promove questionamentos capazes de incitar transformações sociais. Fábio Tremonte fala de suas proposições artísticas e de um “fazer-junto” em tempos de pandemia. Partindo da sua experiência prévia da Escola da Floresta, em que propõe uma ecologia de saberes como contraponto ao domínio epistemológico vindo do norte, o artista explica seus novos projetos.
Artistic research cannot be subordinated to academic obedience. 2) The presence of filmmakers as characters in their own movies, playing their own roles, is perhaps the closest cinema gets to performance. This presence, supposedly documentary-oriented, always occurs with the awareness that the director has of the camera, so that he/she performs the dual role of actor-director (as Renato Cohen describes the performer) or actor-observer of his own performance (Jorge Glusberg). The sentence used as title of this part-"I'm in front of the camera but my head is behind it"-was said by Jean-Luc Godard while participating in the film Room 666, by Wim Wenders. 3) Artist's criticism tends to be always individual; the real criticism has to be collective.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.