OBJETIVO: Descrever o desempenho de crianças com Distúrbio Específico de Linguagem (DEL) em provas de leitura, escrita, aritmética, consciência fonológica e memória seqüencial auditiva, assim como, verificar se há associação positiva entre as provas que avaliam a aprendizagem escolar e as que avaliam o processamento da informação. MÉTODOS: Vinte sujeitos com diagnóstico de DEL, com idades entre 7 e 12 anos, foram submetidos ao Teste de Desempenho Escolar (TDE) e a duas provas, que avaliam o processamento da informação (Perfil de Habilidades Fonológicas e Subteste de Memória Seqüencial Auditiva do Teste de Illinois de Habilidades Psicolingüísticas - ITPA). RESULTADOS: A maioria apresentou alteração em todas as provas realizadas. As associações entre o desempenho do grupo nas diferentes provas demonstram que a habilidade metafonológica apresentou associação estatisticamente significante com as habilidades de leitura (p=0,02) e escrita (p=0,02). Por sua vez, a habilidade de memória seqüencial auditiva apresentou associação estatisticamente significante apenas com a habilidade de aritmética (p=0,0003). CONCLUSÃO: O desempenho escolar, assim como as habilidades de consciência fonológica e memória de curto prazo mostraram-se defasados na maioria dos sujeitos avaliados, havendo associação positiva entre: a prova de memória de curto prazo e a prova de aritmética; a prova de consciência fonológica e as provas de leitura e escrita. Neste contexto, reforça-se aqui a utilização de programas de intervenção baseados em Modelos Psicolingüísticos, que sugerem o uso de estratégias individuais para o desenvolvimento das habilidades metafonológicas.
REsuMOObjetivo: investigar o conhecimento dos professores de 1 ª a 4 ª série quanto ao distúrbio da leitura e escrita, pesquisando quais dificuldades referentes a esse distúrbio, foram apresentadas por estes professores. Métodos: esses dados foram obtidos, por meio de um questionário informativo de 10 questões, aplicados a 50 professores de 1 ª a 4 ª série, da cidade de Bauru. Os questionários foram analisados e tabulados, e receberam tratamento estatístico pertinente. Resultados: os resultados obtidos revelaram que os professores possuem um conhecimento superficial a respeito do distúrbio da leitura e escrita, sendo que muitos adquiriram tal conhecimento fora do ambiente de graduação. Verificou-se também que os professores apesar de encaminharem seus alunos ao fonoaudiólogo, possuem visão limitada quanto à atuação deste profissional. O distúrbio da leitura e escrita foi considerado como um problema próprio da criança, sendo pouco reconhecido como uma falha que também pode ser da escola ou da metodologia de ensino. Conclusão: os professores logram um saber pouco fundamentado a respeito do distúrbio da leitura e escrita; sendo que, as dificuldades giraram em torno: da identificação real do problema; de quais manifestações caracterizam esse problema; e de como intervir e prevenir. DESCRITORES: ■A Fonoaudiologia Escolar não está restrita somente a triagens, orientações, encaminhamentos, mas a uma participação efetiva dentro do processo educacional; realizando um trabalho integrado entre os pais, professores, alunos, e demais profissionais que componham a equipe da escola 2,3 . Sabe-se que a educação brasileira tem, historicamente, vivenciado muitos problemas: um ensino elitista, de natureza excludente, que culpabiliza o aluno pela não aprendizagem, ao invés de focalizá-lo como sujeito do direito que ele efetivamente é, partindo de suas peculiaridades individuais e de suas necessidades educacionais para elaborar e administrar o desenvolvimento do projeto pedagó-gico e do plano de ensino 4 . Portanto, a escola configura um excelente campo de atuação para os que se preocupam com a qualidade dos estímulos que interferem no desenvolvimento da criança; isso envolve o professor, considerando que este, ao estar em contato diário com a criança, é o primeiro a perceber muitas das dificuldades que a mesma possa vir a apresentar, como por exemplo, distúrbio da leitura e escrita 1,[5][6][7] .
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