ResumoAlguns autores consideram que as pessoas podem ser levadas ao empreendedorismo seja pelo motivo oportunidade, seja pelo motivo necessidade, alternativamente. Outros, uma minoria, vêm sugerindo que as motivações não possuem uma natureza dicotômica, que outros motivos poderiam intervir no processo e que poderia, eventualmente, ocorrer reforço ou interação entre diferentes motivos. O presente artigo insere-se no contexto dessas reflexões. Busca, por meio de uma pesquisa qualitativa associada a uma quantitativa, identificar os motivos intervenientes na criação de novos empreendimentos. Enquanto a primeira sugere a possibilidade de motivações múltiplas, a segunda -construída a partir de referências aí geradas -atesta a presença de tais motivações. Os resultados indicam que os motivos ultrapassam a lógica binária oportunidade versus necessidade, incluindo: oportunidade, atributos pessoais, mercado de trabalho, insatisfação com emprego, família e influência externa.Palavras-chave: empreendedorismo; abertura de nova empresa; motivação; necessidade; oportunidade. AbstractMost research purports to show the prevalence of either need or opportunity as the driving motive for entrepreneurship. Some has suggested that there is no such dichotomy; other motives can interfere, with interaction among them. This paper delves into such matters insofar as it brings to bear a qualitative research associated with a quantitative one, both targeted to identify the motives underlying the genesis of new undertakings. While the first procedure suggests the presence of multiple motives, the second -built from generated references -ratifies the occurrence of such motives. Results suggest that underlying motives bypass the binary conundrum of need versus opportunity and go deeper, in order to include: opportunity, personal attributes, labor markets, job frustration, family pressures, and external influences.
Homens e mulheres estiveram, historicamente, imersos em redes sociais distintas. Quanto tal fato poderia estar repercutindo, ainda hoje, na situação das mulheres, enquanto empreendedoras? Apesar de sua importância, a literatura sobre empreendedorismo feminino, imersão e redes sociais é relativamente recente. O presente trabalho, de cunho teórico-empírico, avança nesse campo, ao analisar, no contexto de uma metodologia quantitativa, o processo de criação de empresas de mulheres, comparando-o com o dos homens. Conclui-se que existem diferenciações tanto na natureza da imersão como na maneira como as mulheres utilizam as redes na construção de seus empreendimentos. As mulheres recorrem, relativamente mais, a laços que lhe são mais próximos, para informações e suporte. O artigo apresenta quatro tipos de contribuições. No plano teórico oferece alguns elementos para a reflexão sobre a universalidade versus as peculiaridades do comportamento empreendedor e avança na compreensão e operacionalização do conceito de imersão. No plano metodológico, além do caráter inédito da pesquisa quantitativa e comparativa, também introduz, como inovação, um conjunto de indicadores sobre imersão. No plano prático, ao desvendar aspectos pouco conhecidos da dinâmica empreendedora feminina, gera subsídios para a concepção de políticas públicas.
Uma das vertentes da atual literatura sobre empreendedorismo, vislumbra o empreendedor como um criador de redes. Destoando da concepção dominante do empreendedor como um ator atomizado e individualista, traz interessantes desdobramentos, tanto no plano teórico quanto da observação empírica. Apresenta, no entanto, algumas limitações, particularmente no tratamento do tema em um mundo caracterizado por um vertiginoso processo de transformação, onde a inovação representa a mola mestra. O presente artigo aborda essa problemática e mostra como é possível superar as limitações teóricas, por meio de uma associação com a literatura neo-schumpeteriana mais recente, centrada na temática da inovação. Demonstra que a união entre essas duas abordagens pode trazer relevantes contribuições para uma melhor compreensão do fenômeno do empreendedorismo e seu impacto na sociedade pós-industrial.
Prevalece, no campo de estudo das alianças e estratégias colaborativas, um desconhecimento sobre quais são as diferentes perspectivas teóricas aí presentes e como elas podem articular-se entre si, envolvendo questões fundamentais do processo estratégico: a cooperação e o ambiente. O presente artigo, de cunho eminentemente teórico, propõe-se a preencher parte dessa lacuna. Utiliza, como método básico de investigação, uma revisão e análise crítica da literatura internacional e nacional do tema. Emergem sete grandes classes ou perspectivas de abordagens: teorias militares; teoria dos jogos; teoria dos custos de transação; escola do posicionamento e poder de mercado; abordagem das redes sociais; teoria baseada em recursos; abordagem do aprendizado. Observa-se que cada uma delas é detentora de diferentes pressupostos e fundamentos, alguns compatíveis outros incompatíveis entre si. Os resultados, aqui apresentados, permitem, ao pesquisador, uma visão mais integrada e coerente do todo, das interações e convergências aí presentes e de suas possíveis repercussões em termos de pesquisas empíricas.
As reflexões correntes sobre desenvolvimento e competitividade vêm destacando, na temática regional, as aglomerações produtivas. Nesta área, em particular, a literatura é ampla e diversificada, resultante de diferentes vertentes de reflexões. O desconhecimento acerca das diferentes perspectivas aí existentes tem levado a erros de interpretação, a utilização imprecisa de conceitos e a pesquisas empíricas equivocadas. O presente artigo, elaborado a partir de uma ampla análise e revisão crítica da literatura, procura trazer contribuições nesta área. Apresenta, de maneira estruturada, as origens das principais perspectivas teóricas sobre aglomerações produtivas e elabora, a partir daí, uma tipologia de análises na área, destacando: a influência das proposições oriundas da economia regional, da organização industrial e das novas vertentes institucionalistas. Mostra as interações entre competitividade e as distintas abordagens sobre desenvolvimento territorial.
rEsuMoEste artigo, fruto de reflexão teórica e investigação empírica, analisa o fenômeno de imersão (embeddedness) do empreendedor e o impacto das redes sociais na criação e mortalidade de negócios, distinguindo aqueles que conseguem sobreviver daqueles que são extintos. Sua base empírica deriva de pesquisa de natureza quantitativa e comparativa, realizada no período [2008][2009]. Para tratar os dados, foi desenvolvida uma proposta metodológica diferenciada, com indicadores capazes de aferir e mensurar alguns componentes de imersão e seu impacto no mundo dos negócios. Os resultados sugerem que existem diferenciações entre os dois conjuntos pesquisados e que as redes sociais podem influenciar positivamente nas possibilidades de sobrevivência das empresas no mercado. O artigo contribui com inovações no campo metodológico, além de oferecer contribuições no plano teórico, ajudando a desvendar algumas das dimensões do processo de criação e mortalidade de empresas, com resultados de natureza prática.
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