Associação entre a percepção materna do estado nutricional do filho e a qualidade da dieta de escolares Association between maternal perception of children's nutritional status and quality of diet of schoolchildren Resumo Objetivo: analisar a associação entre a percepção materna do estado nutricional do filho e a qualidade da dieta de escolares. Métodos: Abordagem seccional, com 1.788 escolares (1.272 de região urbana e 516 de região rural). Foram coletados dados sociodemográficos, antropométricos e de alimentação. Utilizou-se o Índice ALES para avaliar a qualidade da dieta. O teste qui-quadrado foi utilizado para determinar as diferenças de proporções entre os grupos e o modelo de regressão logística para ajustar as variáveis associadas. Resultados: Os escolares apresentaram maiores percentuais de baixa qualidade da dieta tanto na região urbana (40,4%), como na rural (38,6%). Concordância da percepção materna com o diagnóstico nutricional infantil não influenciou a qualidade global da dieta. Raça/cor (preto/pardo), menor nível de classe socioeconômica (C e D+E) e escolaridade materna baixa (<3 anos de estudo) e intermediária (4-10 anos) aumentaram as chances de baixa qualidade da dieta do escolar. Conclusão: Não foi encontrada associação entre a alimentação infantil e a concordância da percepção materna com o diagnóstico do estado nutricional. Todavia, os determinantes socioeconômicos influenciaram diretamente na qualidade da dieta dos escolares. AbstractObjective: To assess the association between maternal perception of children's nutritional status and the quality of the diet of schoolchildren from urban and rural regions. Methods: A crosssectional approach, with 1,788 schoolchildren (1,272 urban and 516 rural). Sociodemographic, anthropometric and feeding data were obtained. We used the ALES Index to assess diet quality. The chi-square test was used to determine differences in proportions between groups and logistic regression model to adjust associated variables. Results: Schoolchildren had higher percentages of low diet quality in urban (40.4%) and in rural (38.6%). Agreement with maternal perception of infant nutritional diagnosis did not influence the overall quality of the diet. Race/skin color (black/brown), lower socioeconomic class (C and D + E) and low (<3 years of study) and intermediate (4-10 years) maternal educational level increased the odds of poor diet quality of schoolchildren. Conclusion: There was no association between the child's feeding and the concordance of the maternal perception with the child's nutritional status's diagnosis. However, the socioeconomic determinants directly influenced the quality of the diet of schoolchildren.
Correspondência entre a percepção materna e o estado nutricional de escolares Correspondence between maternal perception and students' nutritional status Resumo Introdução: A percepção materna do estado nutricional do filho (PM), quando discordante do estado nutricional diagnosticado (EN), pode propiciar distúrbios nutricionais. Objetivo: Avaliar a correspondência entre a PM e o EN de escolares, bem como os fatores associados. Métodos: Amostra de 518 escolares de 7 a 10 anos. Foram coletados dados antropométricos para diagnóstico do estado nutricional pelo índice de massa corporal (IMC) e dados socioeconômicos e percepção materna, por meio de entrevista com as mães. Foram aplicados os testes de Kappa ajustado pela prevalência (k) para verificar a concordância entre a PM e o EN, qui-quadrado e exato de Fisher para determinar as diferenças de proporções, e a regressão logística multinomial para ajuste entre as variáveis associadas. Resultado: Foram encontradas maior e menor concordâncias entre PM e EN para magreza e obesidade. Escolares do sexo masculino e aqueles cujas mães se preocupam com o peso têm mais chance de serem percebidos como "abaixo do peso". Conclusão: Foi encontrada concordância substancial entre o estado nutricional e a percepção materna.
Resumo Objetivo Estimar a prevalência de níveis pressóricos elevados em escolares de 7 a 10 anos de um município rural do Espírito Santo entre os anos de 2009 e 2010; avaliar a associação da pressão arterial elevada com idade, sexo e estado nutricional. Método Estudo transversal, com amostra de 899 escolares de 7 a 10 anos residentes em um município rural do Espírito Santo. Os dados foram coletados por meio de questionários e as crianças foram submetidas a medidas antropométricas e de pressão arterial. Realizou-se dupla digitação, utilizou-se o programa SPSS 17.0. para análises estatísticas e o teste de hipótese qui-quadrado para determinar as associações. Resultados Dos 899 participantes, houve prevalência de 16,2% de pressão arterial elevada, sem diferença significativa por sexo (p = 0,343) e idade (p = 0,47). Crianças com excesso de peso apresentaram maior prevalência de pressão alta, assim como maior média de pressão arterial sistólica e diastólica. Encontraram-se diferenças significativas entre as médias de pressão arterial sistólica com relação ao sexo (p < 0,001) e idade (p = 0,016). Conclusão A prevalência média da pressão arterial elevada foi maior nos meninos, que apresentaram também maior prevalência na pressão arterial limítrofe. Apresentar excesso de peso contribuiu de forma significante para a elevação da pressão arterial.
is undergoing rapid demographic and nutritional transitions with the accompanying tendency to overweight as is common in countries emerging from poverty. In Brazil, changes due to the nutritional transition have affected the whole population, both urban and rural. Overweight in a large number of Brazilian children is one of the greatest public policy challenges. The objective of this 2009-2010 study was to estimate the prevalence of nutritional extremes among children from 7 to 10 years of age in a rural municipality on the state of Espírito Santo, Brazil. Methods: The sample consisted of 901 school children. Socio-demographic (sex, school location, age and skin color) and anthropometric (weight and height) data were collected, as well as information on eating habits (breakfast, number of meals and presence of a companion during meals). The nutritional status was classified according to BMI per age with the cut-off points: BMI for age < 3rd percentile = underweight and BMI per age > 97th percentile = obesity. Results: A prevalence of 3.4% underweight and 5% obesity was observed, the latter higher in urban areas (p<0.05). Living in an urban area and the habit of eating four or fewer meals/day were associated with obesity among children. Among urban located children 7.5% obesity was found, approximately twice that of rural children. Conclusion: Underweight has been regressing, possibly due to improvements in access to health and better living conditions, even in rural areas. However obesity was associated with this in the urban location of the area studied. Children who studied and lived in rural areas showed a lower prevalence of obesity, possibly due to lower socioeconomic conditions and more intense physical activity in their daily activities. The habit of eating four or fewer meals was associated with obesity. This could be explained by the alteration © GF Justo, GQ Callo, L Carletti, MCB Molina, 2012. A licence to publish this material has been given to James Cook University, http://www.rrh.org.au 2 it causes to biological mechanisms. The promotion of physical activity is proposed, mainly in urban areas, and nutritional education aimed at improve eating habits in both urban and rural areas.
Este trabalho aborda uma etnografia entre usuários do ambulatório de Nutrição de uma Policlínica pública na cidade do Rio de Janeiro entre os anos de 2015 e 2016. O objetivo do presente texto foi de revelar as percepções entre usuários sobre as questões da alimentação e seus sentidos e significados. Como metodologia foi realizado observação participante na sala de espera, grupos focais, entrevista semidiretiva e recordatório alimentar de 24 horas. Como resultados observou-se um conflito acerca dos alimentos “saudáveis” preconizados pelos nutricionistas e os preferidos pelos usuários. Nesse sentido, a dieta, essencial para compensar os desarranjos metabólicos causados pelas suas patologias, era considerada uma tortura.
Objetivo: Identificar e analisar os fatores preditores da ocorrência da pressão arterial elevada em crianças de 7 a 10 anos de um município rural no Espírito Santo. Métodos: Foram constituídos dois grupos de estudo: os casos (PAS ou PAD ≥ P95) e os controles (PA <P90). Houve pareamento por sexo e idade. A amostra foi composta por sorteio sistemático e foram avaliadas 395 crianças, 79 casos e 316 controles. Resultados: A prevalência de excesso de peso nos casos foi de 8,9% e nos controles de 11,1%, o sedentarismo esteve presente em 88,1% dos casos e em 87,9% dos controles e a média do tempo de tela foi de 97,7 minutos e 106,6 minutos por dia nos casos e controles respectivamente. Conclusão: Observou-se a necessidade da criação de políticas públicas que visam promoção da saúde para que os grupos vulneráveis recebam assistência desde a infância. Descritores: Criança, Pressão alta, Hipertensão.
Apresentar as percepções de nutricionistas docentes sobre a alimentação de funcionários de uma universidade, assistidos pelo Curso de Nutrição durante a pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2). Metodologia: Trata-se de um relato de experiência sob a forma narrativa. A consulta era individual, assegurando a participação voluntária e consentida, e confidencialidade dos dados colhidos bem como a identidade do funcionário, as informações sobre alimentação, sobretudo as mudanças ocorridas durante a pandemia foram relatadas durante a consulta e organizadas de como vantagens e desvantagens da pandemia para a alimentação. Resultados: Foram realizados 27 atendimentos e, posteriormente, os retornos. Como vantagens destaca-se: a busca por alimentos mais saudáveis; reaproximação, das práticas culinárias, como elaboração das refeições; busca por receitas e retomada de antigos hábitos alimentares; melhora da qualidade da dieta, pela interrupção do acesso físico à restaurantes e lanchonetes, levando à um menor consumo de alimentos marcadores de alimentação não saudável. Como desvantagem: o trabalho home office e a nova rotina impuseram limitações de acesso a alimentos frescos e in natura; o alimento foi percebido como “válvula de escape”, “pequeno prazer” ou mesmo “para relaxar”; omissão de refeições, ou refeições fora do horário; quebra de rotinas e outras situações de mudanças para hábitos não saudáveis. Conclusão: A recomendação do distanciamento social trouxe consigo mudanças nas relações de trabalho e modos de vida e alimentação. Entender as escolhas, os hábitos de consumo, a maneira de organizar e realizar as refeições e os comportamentos alimentares, torna-se essencial, principalmente, neste momento.
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