As políticas de ações afirmativas buscam promover a igualdade de oportunidades para grupos sociais historicamente discriminados. No âmbito da educação superior, a política é realizada por meio da reserva de vagas e de outros mecanismos que promovem o acesso e a permanência na universidade. Este trabalho objetiva avaliar se o desempenho acadêmico é relacionado à forma de ingresso na Universidade Federal da Bahia (UFBA), seja pelo sistema de cotas ou pelo sistema de ampla concorrência. Utilizando dados de 8.546 estudantes que ingressaram a partir de 2005 e graduaram até 2013, este artigo apresenta os resultados de estimativas utilizando PSM com diferentes métodos de pareamento em dados e quatro medidas de desempenho acadêmico. Os resultados indicam que, de forma agregada, os estudantes cotistas apresentam um desempenho aparentemente inferior aos não cotistas. No entanto, os modelos estimados por áreas de conhecimento mostram que os diferenciais de desempenho permanecem apenas para a área de Ciências da Saúde, indicando que fatores socioeconômicos são mais relevantes para o desempenho do aluno na universidade do que sua forma de ingresso.
Resumo Vários trabalhos empíricos e teóricos apontam para o impacto negativo de um setor informal em expansão
Investimentos no setor de energia têm prazo de maturação prolongado e envolvem um volume de significativo de custos irreversíveis. Práticas regulatórias transparentes, adotadas por entidades independentes e sujeitas ao escrutínio público, são frequentemente apontadas como essenciais para o estímulo ao engajamento de investidores privados em projetos de infraestrutura de energia. Utilizando informações levantadas sobre agências reguladoras do setor de energia de 87 países em desenvolvimento, elaborou-se um banco de dados com o nível de independência formal de cada uma dessas entidades. A análise econométrica desenvolvida utilizando esses dados indica que a autonomia das agências reguladoras é relevante para estimular o investimento privado no setor de energia, assim como o nível de renda e a estabilidade macroeconômica de um país.
RESUMO: A literatura econômica de tradição keynesiana não é consensual quanto à relação entre variações no nível de renda e a inadimplência de crédito: enquanto a análise pós-keynesiana, particularmente de Minsky (1986), aponta para o aumento na fragilidade financeira nas fases de expansão da atividade econômica, os novos keynesianos preconizam a redução dos problemas de assimetria de informação e maior robustez do sistema financeiro em resposta à elevações no nível de renda. Este artigo analisa a relação entre a inadimplência do crédito e as variações cíclicas da atividade econômica no Brasil. Utilizando dados mensais entre 2001 e 2013, estimou-se um Modelo de Vetor Autorregressivo (VAR) para se obter um diagnóstico dos ciclos de crédito no período indicado. Os resultados indicam que o impacto inicial de um choque real positivo é expandir o crédito e reduzir a inadimplência bancária, mas, em longo prazo, um menor racionamento de crédito vem acompanhado de maior exposição ao risco por parte das instituições financeiras.ABSTRACT: The economic literature in the Keynesian tradition disagrees on the relationship between income levels and debt charge-off ratios: while the Post-Keynesian analysis, in especial that of Minsky (1986), indicates an increasing financial fragility during economic booms, the New Keynesians state that these periods are characterized by an easiness in information asymmetry problems and greater robustness of the financial system as income expands. This article analyzes the relationship between the behavior of credit defaults and the cyclical variations in economic activity in Brazil. Using monthly data ranging from 2001 to 2013, a Vector Autoregressive Model (VAR) was estimated to analyze the credit cycles in the indicated time period. The results show that a positive income shock stimulates credit concessions and reduces charge-off ratios in the short run, but, in the long-run, a reduced credit rationing is followed by a greater risk exposure by the financial institutions.
Resumo Iniciativas de política fiscal são comumente indicadas para amenizar as flutuações na atividade econômica, particularmente durante recessões severas, quando a política monetária torna-se menos eficaz. No entanto, a evidência empírica em países emergentes mostra que os gastos públicos exibem frequentemente um comportamento pró-cíclico e os desequilíbrios fiscais podem desencadear crises econômicas. Este trabalho tem por objetivo utilizar o modelo de fator dinâmico para construir um índice de fragilidade fiscal que permita analisar o comportamento cíclico da política fiscal no Brasil por meio de modelos de vetores autorregressivos (VAR). Utilizando dados mensais entre 1996 e 2019, a análise empírica verificou se as finanças públicas no Brasil se deterioram durante expansões na atividade econômica. Os resultados indicam que choques exógenos na produção aparentam reduzir a fragilidade fiscal e outros fatores que promovem a instabilidade macroeconômica contribuem para a deterioração das finanças públicas, como uma maior volatilidade cambial.
resumoA participação do setor privado em projetos de infra-estrutura em países em desenvolvimento cresceu de forma significativa durante os anos de 1990, embora seja evidente o arrefecimento desta tendência desde a Crise Asiática em 1997. Investimentos em infra-estrutura envolvem um elevado volume de recursos, custos irreversíveis e riscos associados ao comportamento oportunista por parte do governo. Neste contexto, a instabilidade macroeconômica, política e institucional são obstáculos ao maior envolvimento de investidores privados em projetos de infra-estrutura. Utilizando-se da metodologia Generalized Method of Moments, este artigo apresenta evidência empírica de que o fluxo de recursos direcionados para projetos de infra-estrutura com a participação do setor privado é mais representativo em países com melhor arcabouço institucional. Palavras-chave: investimento privado, infra-estrutura, instituições legais.abstract Private participation in infrastructure grew significantly in developing countries during the 1990s, although a slowdown in investment activity has become evident since the Asian Crisis in 1997. Investment in infrastructure involves a significant volume of sunk costs on long-lived assets and risks associated with government´s engagement in opportunistic holdup. In this context, macroeconomic, political and institutional instability constitute obstacles to a greater private sector envolvement in infraestructure projects. Using the Generalized Method of Moments methodology, this article presents empirical evidence that the flow of resources to infrastructure projects with private participation is greater in those coutries with a better institucional environment.
Resumo Fricções financeiras comprometem a eficiência com que sistema financeiro direciona recursos para o financiamento de gastos com consumo e com investimentos em bens de capital. Imperfeições no mercado financeiro elevam a volatilidade dos ciclos de econômicos, em razão de flutuações no prêmio de financiamento externo ou de mudanças no comportamento de risco dos agentes econômicos. Este artigo investiga se um aumento da fragilidade financeira compromete a estabilidade dos ciclos econômicos no Brasil. Utilizando dados mensais entre 1996 e 2018, um indicador de fragilidade financeira foi derivado com base no modelo de fator dinâmico e a estimação de modelos de vetores autorregressivos permitiu analisar o comportamento deste indicador nos ciclos econômicos. Os resultados indicam que um aumento na fragilidade financeira compromete o desempenho macroeconômico e revelam a importância da volatilidade cambial e do componente cíclico do nível de preços para as flutuações de curto prazo na atividade econômica no Brasil.
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