RESUMO: Trata-se de um estudo reflexivo com a intenção de explorar as noções teóricas sobre família e saúde da família que emergem da literatura. Num primeiro momento, foram selecionadas as publicações sobre o Programa Saúde da Família. Os resultados indicam que o termo saúde da família é referido como uma estratégia e uma proposta de mudança no campo da saúde. Contudo, surge como um conjunto articulado de princípios, objetivos, crenças e práticas, que podem auxiliar na composição de um entendimento teórico sobre saúde da família. No segundo momento, são apresentados os conceitos de família, saúde da família e Enfermagem elaborados por um grupo que atua na área de família. A seguir, busca-se uma aproximação entre essas noções teóricas identificadas pelo estudo, finalizando com as sugestões para os avanços teóricos na formulação dos conceitos de família, saúde da família e Enfermagem à família. DESCRITORES:Saúde da família; Família. INTRODUÇÃOHá algum tempo vem se falando sobre a saúde da família. Volta e meia os veículos de comunicação noticiam a implantação de mais uma unidade do Programa de Saúde da Família, em uma determinada cidade ou comunidade. Nos últimos tempos, os cidadãos brasileiros têm sido abordados em seus domicílios e questionados sobre suas famílias por membros das equipes de saúde. Ao mesmo tempo, o programa tem provocado nos profissionais um interesse em conhecer, aperfeiçoar e buscar uma qualificação na área. A saúde da família surge como algo "novo", impondo a necessidade de conhecê-la e entendê-la. Percebe-se um despertar para algo que está mudando a concepção do atendimento de saúde no país. Mas afinal, o que é saúde da família? Estudiosos e profissionais de diferentes áreas de conhecimento, particularmente os da Enfermagem, têm revelado um interesse e buscado uma articulação entre a teoria e a prática em relação a saúde da família, no sentido de produzir e fortalecer o conhecimento.Buscando-se a origem do termo, encontramos em Mauksch (1974), uma proposta para a concepção de saúde da família. Ele alerta para o fato de que os membros do grupo familiar se relacionam entre si, compondo uma família. Embora sejam interativas, a saúde do indivíduo é distinta da saúde da unidade familiar. Já Gilliss et al.(1989), refere que atribuir bem estar ou doença à unidade familiar é um fenômeno recente na literatura clínica, com exceção da psiquiatria, na qual o paciente é visto como sintoma de uma família com problemas. Barnhill apud Gilliss (1989), identificou como temas relacionados à saúde da família: processos de formação de identidade; mudança; processamento de informações e estruturação de papéis. De acordo com Gilliss et al. (1989), para avaliar a saúde da família, novas categorias evoluíram, tais como: comunicação, resposta às mudanças, reciprocidade e desempenho de papéis.
Objetivo: descrever as principais estratégias realizadas ao longo dos quatro anos da ação de extensão “Agir e Educar (em)frente o Diabetes mellitus. Método: estudo de abordagem qualitativa, descritiva na modalidade relato de experiência, desenvolvido a partir de relatórios anuais e arquivos diversos da própria ação de extensão. Resultados: os resultados foram elencados a partir de quatro categorias: Grupo “Agir e Educar”; Atenção Individual; Educação em saúde nas Redes Sociais. Conclusão: o grupo Agir e Educar (em)frente o Diabetes mellitus desenvolveu diferentes ações educativas no intuito de proporcionar estratégias melhoria na qualidade de vida da pessoa com diabetes pensando numa ótica do conceito ampliado de saúde, que preza pela autonomia e empoderamento dos indivíduos. Como contribuições para área da saúde ressalta-se a utilização das mídias sociais alcançando um maior número de pessoas e disseminando conhecimento.
RESUMOA família desenvolve complexas estratégias de ação e de relação entre seus membros para a manutenção da saúde e a continuidade da vida. É importante que a Enfermagem saiba mais sobre os meios com que as famílias cuidam e promovem sua saúde, tornando sua prática voltada à realidade desta clientela. Este trabalho teve por objetivo abordar o referencial das rotinas e rituais familiares elucidando questões relativas à sua origem e a seus conceitos-chaves. Como metodologia, utilizou-se a seleção de artigos através da biblioteca eletrônica da BIREME, a partir dos descritores Family, routines/Family, ritual/rituals. Os resultados revelaram que iniciaram na década de 1950 as discussões a respeito deste referencial, que vem sendo abordado na literatura internacional de saúde com diferentes enfoques. Na enfermagem ganhou importância nos anos 1990, sendo empregado em contextos familiares diversos. Não obstante, a maioria dos estudos aponta que as rotinas e os rituais familiares podem ser trabalhados para influenciar positivamente a saúde da família e de seus membros. INTRODUÇÃOA família é observada por diferentes áreas do conhecimento e compreendida na diversidade de olhares aos quais está sujeita, do senso comum às teorias de família. Segundo estudos na área da Enfermagem,(1-3) a família é um importante sistema de cuidado à saúde e que se utiliza de processos internos que permeiam sua rotina diária, a dinâmica do ciclo vital e sua conexão transgeracional, em interface com processos externos que incluem o acesso ao sistema oficial e não oficial de cuidado à saúde. A enfermagem, como profissão, é caracterizada como um recurso de cuidado mais próximo da clientela, especificamente a que se refere, neste estudo, à unidade familiar, e tem o desafio de vincular as ações profissionais de cuidado à lógica do cuidado da saúde das famílias.Vários são os referenciais que instrumentalizam os profissionais de enfermagem na atuação e na busca de conhecimentos do complexo mundo familiar. Eles servem como janela através da qual é possível olhar de diferentes ângulos o objeto de estudo e de cuidado. O desenvolvimento de pesquisas em enfermagem tem se aprofundado cada vez mais na integralidade das ações para a promoção da saúde em diferentes contextos e também buscando incorporar ao foco dos estudos de família as contribuições de estudos e de referenciais de outras áreas do conhecimento (2)(3) . No Brasil, a profissão de Enfermagem incorporou, desde 1994, a proposta da Estratégia de Saúde da Família, a qual tem como alicerce um modelo teórico preconizado pelo Ministério da Saúde que tem sido mais aplicado, especialmente por pesquisadores, nas atividades de extensão universitária ou em pesquisa (4) . Apesar desta intenção, é perceptível ainda a dificuldade de articular, no cotidiano da prática de enfermagem, o cuidado de promoção da
Este artigo é resultado de um trabalho desenvolvido e apresentado em uma disciplina do Curso de Especialização em Enfermagem no Cuidado à Família, da Universidade Federal de Santa Catarina, em 2003. Tem por objetivo mostrar a entrevista como um instrumento metodológico interessante para se conhecer a família na perspectiva do ciclo vital bem como estratégia que possibilita cuidar da família. Foi realizada uma entrevista semi-estruturada, com uma família em fase de expansão, na ocasião de uma visita domiciliar feita pela enfermeira na comunidade onde se localiza o Posto de Saúde em que atuava. Foram abordados os aspectos relacionados à estrutura e dinâmica familiares, as rotinas e rituais cotidianos da família, o desempenho dos papéis familiares, o processo de transição da fase na trajetória familiar e também os rituais e rotinas de cuidado à saúde adotada pela família.
Objective: to identify in the national and international literature Primary Health Care actions in natural disasters. Method: an integrative literature review, which included 24 original surveys between 2006 and 2018 on natural disasters. Results: a qualitative analysis of the studies included primary care actions in the prevention and mitigation, preparation, response, and disaster recovery phases. Conclusion: Primary Health Care actions involve multidisciplinary teams, the community and families in the territory in which the teams operate, articulation in a network of intersectoral services, in managerial and educational dimensions to implement effective plans for disaster situations.
Objetivo: Analisar as características dos pés em pessoas com diabetes mellitus. Método: Estudo observacional descritivo realizado em um hospital escola. Foram incluídas 38 pessoas hospitalizadas com diagnóstico de diabetes. A coleta de dados ocorreu entre agosto e dezembro de 2017, durante consulta de enfermagem à beira do leito, através de questionário semi-estruturado. Os dados coletados foram submetidos à estatística descritiva simples e foram apresentados na forma descritiva e em tabelas. Neste artigo apresentam-se as variáveis coletadas relacionadas à avaliação dos pés. Resultados: 50% dos participantes de cada sexo; 89,47% com diabetes tipo 2 e com média de idade de 60,29 anos; 52,62% com baixa escolaridade (sem instrução e com fundamental incompleto); 71% desconheciam a temática pé diabético; 68,42% nunca haviam realizado avaliação dos pés com profissional. Na classificação de risco 26,31% dos participantes apresentaram risco entre 1-3 para pé diabético. Conclusão: Os resultados deste estudo evidenciam que grande parte dos pacientes, apesar de terem o diagnóstico da doença por longo tempo, ainda desconhecem cuidados essenciais com os pés, realizam práticas inadequadas e raramente recebem orientações específicas para prevenir e evitar lesões nos pés.
O estudo refletiu sobre os determinantes sociais e a promoção da saúde no contexto brasileiro de enfrentamento da Covid-19. Propõe-se a centralidade das estratégias de promoção da saúde articulada aos determinantes sociais em todas as políticas de saúde, mesmo quando o combate ao coronavírus impõe agendas emergenciais. A pandemia não deveria distanciar a análise de formuladores de política, pesquisadores e profissionais do campo da promoção da saúde, especialmente quando, para responder aos contextos transformados, se abordam desigualdades, vulnerabilidades sociais, ações de prevenção e de controle da transmissibilidade, bem como, ampliação da capacidade dos serviços de saúde.
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