A pandemia de Covid-19 acarretou, em nível mundial, o fechamento das escolas por até aproximadamente 8 meses em 2020. Um dos períodos mais longos de afastamento de crianças e adolescentes da aprendizagem presencial e da convivência social ocorreu e ainda ocorre no Brasil. Embora não se possa negar que muitas características do vírus e de suas consequências sejam ainda pouco conhecidas, as evidências e estimativas até o momento embasam um posicionamento a favor da abertura das escolas, com todos os cuidados recomendados por órgãos científicos e representativos da saúde e da educação. Este artigo visa mapear evidências e documentos científicos com interpretações da neuropsicologia e da medicina acerca do impacto individual e coletivo socioemocional, cognitivo e de aprendizagem acadêmica do fechamento das escolas durante a pandemia. Crianças, quanto mais jovens forem, tendem a se desenvolver muito em poucos meses, considerando-se evidências neurocientíficas das janelas ótimas de desenvolvimento. A convivência social e a formação/consolidação de hábitos de aprendizagem socioemocional, de leitura e estudos oportunizadas no ambiente escolar são únicas. Três argumentos-chave são abordados e sinteticamente analisados no presente artigo: 1) os indícios sobre transmissibilidade e epidemiologia da COVID-19 em crianças e familiares/professores a elas relacionados alicerçam relativa segurança de que haja menos riscos e mais benefícios; 2) os prejuízos para o desenvolvimento cognitivo, socioemocional e de aprendizagem escolar propriamente dita para estudantes já estão sendo fortemente evidenciados, além das estimativas de impactos geracionais de longo prazo aserem observados por pelo menos quatro décadas; e 3) a saúde mental e o custo de trabalho posterior para pais, professores e instituições escolares encontram-se em zona de risco. Por fim, além de evidências, reflexões finais que respeitam que o cerne desta análise está sob um campo de decisão individual são abordadas, contrapondo-se também à relevância de se considerar o impacto coletivo para o desenvolvimento de uma geração e de uma sociedade com 1 ano ou mais de vivência escolar interrompida, principalmente no contexto da vulnerabilidade sociocultural, econômica, emocional e cognitiva.
RESUMO O presente estudo objetivou abordar estratégias de prevenção primária para o risco de suicídio em adolescentes no contexto escolar, além de investigar fatores associados, sinais de alerta e possíveis propostas de intervenção, através de uma revisão narrativa da literatura. Os materiais que serviram de referência para este estudo foram coletados a partir de bases de dados eletrônicas (SciELO, PubMed e PePSIC), livros e manuais. Identificar e compreender os fatores de risco e os sinais de alerta para o risco de suicídio em adolescentes é necessário para que se possa intervir de modo eficaz. Dentre as estratégias preventivas encontradas, estão a capacitação de professores, orientação às famílias e treinamento de habilidades sociais com os estudantes. Para que essas estratégias sejam efetivas, destaca-se a importância do psicólogo na composição da equipe escolar, além da necessidade de maiores investimentos para que programas de intervenção voltados à prevenção do suicídio em adolescentes sejam criados.
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