Abstract:A pandemia de Covid-19 acarretou, em nível mundial, o fechamento das escolas por até aproximadamente 8 meses em 2020. Um dos períodos mais longos de afastamento de crianças e adolescentes da aprendizagem presencial e da convivência social ocorreu e ainda ocorre no Brasil. Embora não se possa negar que muitas características do vírus e de suas consequências sejam ainda pouco conhecidas, as evidências e estimativas até o momento embasam um posicionamento a favor da abertura das escolas, com todos os cuidados rec… Show more
“…Diferentemente dos pacientes adultos, a maioria das crianças/adolescentes (64,3%) relatou estar ansiosa ou com medo da pandemia, achado que corrobora com o estudo de Huang e Zhao (2020), que mostrou que indivíduos mais jovens têm significativamente maior risco de desenvolver ansiedade, o que pode ser explicado pela suspensão das aulas e pelo isolamento em casa, afetando diretamente o contato social e a interação humana, essenciais para a formação dos indivíduos nessa faixa de idade (Fonseca et al, 2020;Unesco, 2021). Em contrapartida, quando avaliada a escala de ansiedade, os adultos estavam signicativamente mais ansiosos do que crianças/adolescentes em relação à pandemia.…”
Objetivou-se investigar o impacto da suspensão do atendimento ortodôntico durante a pandemia de Covid-19 na ansiedade, no tratamento e na qualidade de vida de pacientes. Trata-se de um estudo transversal realizado a partir de dados coletados por meio de questionário online no Google Forms. Foram avaliados 65 questionários, sendo 37 de pacientes maiores de 18 anos (grupo adultos) e 28 de responsáveis por pacientes menores de 18 anos (grupo crianças/adolescentes). O questionário continha 27 questões, que abordavam sobre a ansiedade em relação à pandemia e ao tratamento após a suspensão dos atendimentos, e sobre o impacto de problemas bucais na qualidade de vida (OHIP-14). De acordo com a escala de ansiedade, adultos estavam mais ansiosos do que crianças/adolescentes em relação à pandemia (p=0,033). Adultos apresentaram maior necessidade de atendimento de urgência (p=0,002) ou manutenção do tratamento (p=0,040) do que crianças/adolescentes, e em ambos, a rede privada foi mais procurada do que a pública (p=0,038). Problemas na fala (p=0,043) e dores fortes (p=0,050) foram mais frequentes em crianças/adolescentes do que em adultos. Crianças/adolescentes relataram com mais frequência que a vida em geral ficou pior por causa de problemas com os dentes, boca ou aparelho, em comparação aos adultos (p=0,047). Conclui-se que adultos e crianças/adolescentes mostraram-se ansiosos quanto aos impactos da suspensão dos atendimentos durante a pandemia de Covid-19 no tratamento ortodôntico. A qualidade de vida dos pacientes foi afetada pela suspensão dos atendimentos, sendo mais relevante entre crianças/adolescentes.
“…Diferentemente dos pacientes adultos, a maioria das crianças/adolescentes (64,3%) relatou estar ansiosa ou com medo da pandemia, achado que corrobora com o estudo de Huang e Zhao (2020), que mostrou que indivíduos mais jovens têm significativamente maior risco de desenvolver ansiedade, o que pode ser explicado pela suspensão das aulas e pelo isolamento em casa, afetando diretamente o contato social e a interação humana, essenciais para a formação dos indivíduos nessa faixa de idade (Fonseca et al, 2020;Unesco, 2021). Em contrapartida, quando avaliada a escala de ansiedade, os adultos estavam signicativamente mais ansiosos do que crianças/adolescentes em relação à pandemia.…”
Objetivou-se investigar o impacto da suspensão do atendimento ortodôntico durante a pandemia de Covid-19 na ansiedade, no tratamento e na qualidade de vida de pacientes. Trata-se de um estudo transversal realizado a partir de dados coletados por meio de questionário online no Google Forms. Foram avaliados 65 questionários, sendo 37 de pacientes maiores de 18 anos (grupo adultos) e 28 de responsáveis por pacientes menores de 18 anos (grupo crianças/adolescentes). O questionário continha 27 questões, que abordavam sobre a ansiedade em relação à pandemia e ao tratamento após a suspensão dos atendimentos, e sobre o impacto de problemas bucais na qualidade de vida (OHIP-14). De acordo com a escala de ansiedade, adultos estavam mais ansiosos do que crianças/adolescentes em relação à pandemia (p=0,033). Adultos apresentaram maior necessidade de atendimento de urgência (p=0,002) ou manutenção do tratamento (p=0,040) do que crianças/adolescentes, e em ambos, a rede privada foi mais procurada do que a pública (p=0,038). Problemas na fala (p=0,043) e dores fortes (p=0,050) foram mais frequentes em crianças/adolescentes do que em adultos. Crianças/adolescentes relataram com mais frequência que a vida em geral ficou pior por causa de problemas com os dentes, boca ou aparelho, em comparação aos adultos (p=0,047). Conclui-se que adultos e crianças/adolescentes mostraram-se ansiosos quanto aos impactos da suspensão dos atendimentos durante a pandemia de Covid-19 no tratamento ortodôntico. A qualidade de vida dos pacientes foi afetada pela suspensão dos atendimentos, sendo mais relevante entre crianças/adolescentes.
“…A documentary mapping with scientific evidence of the socio-emotional and cognitive, individual and collective impact on student learning and development, found that pre-existing deformed socio-economic contexts amplified such problems during the pandemic period, making them more difficult to solve within the scope of those who already suffered from these limitations 30 . Likewise, this study revealed that the Covid-19 pandemic projected implications on the emotion and affectivity of all those involved with the teachinglearning process in the scenario studied.…”
Section: State and Municipal State Municipalmentioning
confidence: 99%
“…Such indicative postulates the direction of accurate political actions, as well as the institutional and social teacher valorization 30 . This refers to the importance of (re)thinking public policies aimed at specific attention to emotional health, because students and education professionals require consistent and comprehensive care of previous needs and new needs.…”
Section: State and Municipal State Municipalmentioning
The Covid-19 pandemic arrived abruptly and had a negative impact on the various sectors of society, including the educational field. The objective of this study was to know the influence of Covid-19 on the socio-emotional aspect of school communities in a Brazilian capital. A cross-sectional survey was carried out in the first year of the Covid-19 pandemic in the city of Fortaleza, Ceará, Brazil. The study took place in June and July 2020. A total of 172 directors of municipal and state schools responded to an electronic questionnaire. Issues related to the socio-emotional conditions of students, teachers, coordinators and other members of the school community were addressed. The results were described by means of frequencies, percentages, mean and standard deviation. The study showed that, in the view of school directors, the Covid-19 pandemic strongly and negatively influenced the socio-emotional aspects of students, teachers, coordinators and other professionals belonging to the state and municipal school community of Fortaleza. The teachings of the present pandemic serve as an example for facing future public health emergencies, as in the case of the next pandemic “X”. Mainly with regard to the formulation and implementation of consistent public policies for the school community, with special support for: mental and emotional health, health care and hygiene to face the pandemic, operationalization of digital information and communication technologies, developing communication and the network collaboration between schools, families and students, among others.
“…Foram incluídos estudos empíricos de 2021 a 2022 que abordassem desempenho escolar, saúde mental e cognitiva de crianças, adolescentes, pais e professores diante do fechamento das escolas durante a pandemia de COVID-19, com o intuito de atualizar a revisão previamente publicada em 2020 (16). N=164 estudos duplicados foram deletados.…”
Section: Método Critérios De Busca E Elegibilidadeunclassified
“…No final de 2020 foi publicada no Brasil revisão narrativa acerca das evidências, até então existentes, dos impactos socioemocionais, cognitivos e da aprendizagem do fechamento das escolas, em crianças [16].…”
Introdução: O fechamento das escolas devido às restrições da pandemia da COVID-19 acarretou impactos individuais e sociais cada vez mais relatados. Alunos, pais e professores tiveram consequências associadas ao distanciamento escolar predominantemente negativas, com alguns desfechos positivos, mas ainda não sistematicamente mapeados. Objetivo: Promover uma caracterização dos impactos do fechamento das escolas na aprendizagem, nos desenvolvimentos cognitivo e socioemocional e na saúde mental de crianças, pais e professores, por meio de uma revisão sistemática. Métodos: Buscaram-se abstracts nas bases de dados PubMed, Scopus e PsycINFO com a sintaxe dos construtos “estudantes, pais ou professores”, “desenvolvimento cognitivo, socioecioemocional, saúde mental ou desempenho escolar”, e “COVID-19 e fechamento das escolas” entre 2021 e 2022. Resultados: De 622 estudos iniciais, 86 artigos foram incluídos pós-concordância de 100% entre três juízes. Como principais desfechos relacionados ao fechamento das escolas, crianças e adolescentes demonstraram maiores níveis de ansiedade, hiperatividade e desatenção, prejuízos na cognição geral, desenvolvimento motor e quedas significativas de prontidão e de desempenho escolar. Pais apresentaram um aumento em níveis de depressão, ideação suicida, ansiedade e estresse, enquanto professores relataram maiores índices de estresse e burnout. Conclusão: Estes achados apontam a necessidade da elaboração de ações privadas e de políticas públicas em prol da redução dos prejuízos decorrentes do fechamento prolongado das escolas. A principal diretriz norteadora de futuras decisões emergenciais é que as escolas sejam as últimas a fecharem e as primeiras a reabrirem, como uma ação neuro e psicoprotetora.
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