RESUMO. O presente artigo busca discutir a relação entre brincadeira e cultura através das memórias e relatos de um morador da cidade histórica de Morretes, situada na microrregião litorânea paranaense. A metodologia empregada caracterizase como um estudo de caso, e a técnica de coleta de dados escolhida foi a entrevista semi-estruturada e pesquisa bibliográfica em acervo da Casa Rocha Pombo-Secretaria de Cultura e Esportes do município. Pôde-se concluir que a relação entre brincadeira e cultura pode ser enxergada sob vários aspectos, não devendo ser ignorada ou relegada como uma atividade secundária, seja do ponto de vista social seja do individual.
Resumo:Este artigo analisa as postagens virtuais de mulheres visitantes de Blog, focado em problemas conjugais. A violência dos casais é analisada pela perspectiva relacional de Santos e Izumino (2005). Sobre o machismo, adotamos a premissa de Castañeda (2006), que o destaca como um discurso e prática não exclusivos dos homens. A ideologia do amor-paixão (Rougemont, 1988) também fortalece a cultura de violência. Partimos também das contribuições de Foucault (1982Foucault ( , 1984Foucault ( , 2012Foucault ( , 2013 sobre o poder e a violência, enquanto relacional, e o dispositivo da sexualidade como outro fator que leva à violência. A pesquisa espera contribuir para uma reflexão sobre a violência contra a mulher e os relacionamentos conjugais, enfatizando a necessidade de alterar os paradigmas culturais, que reforçam atitudes e discursos violentos dentro e fora da família. Palavras-chave: Cultura da violência. Discursos sobre o Feminino. Sexualidade. Amor-paixão. Machismo. DELIMITAÇÃO DO CORPUS: O SOFRIMENTO AMOROSO NAS FALAS FEMININAS NO UNIVERSO SÓCIO-VIRTUALO objeto de análise deste artigo são falas femininas, cujo conteúdo principal consiste em reclamações advindas de sofrimento causado por relacionamentos conjugais deteriorados. Essas falas advêm de sítio eletrônico que esteve em funcionamento no período entre 2011-2014, contando com o registro de 1882 (um mil oitocentos e oitenta e duas) perguntas e comentários de visitantes mulheres, na busca de respostas para seu infortúnio amoroso. Percebeu-se que o público feminino ali apresentava-se ávido por obter soluções para a sua conduta e a de seus
Este artigo tem como objetivo a revisão de temáticas implicadas nos estudos da violência doméstica contra a mulher e pretende contribuir para o avanço das pesquisas de gênero, sobretudo aquelas conduzidas pelo reducionismo da “analítica do poder” (FOUCAULT, 1984). As mulheres são sempre vítimas da violência dos homens, mas isto não é tudo. Para além da teoria do patriarcado e da judicialização da intimidade, uma revisão histórico-cultural sobre o conceito de amor é fundamental para o entendimento das malhas que enredam a própria mulher no sofrimento amoroso. Adotamos a expressão “casais violentos”, segundo Machado e Magalhães (1998), analisada pela perspectiva dialógica-relacional de Santos e Izumino (2005). Destaca-se a pequena importância dada pelas pesquisas feministas, acerca do discurso do amor-paixão ou romântico nos referenciais analisados. Desta revisão, conclui-se que, uma categoria específica de mulheres, espera muito mais do amor e dependem mais dele do que esperam os homens. Utilizamos como instrumento de análise quantitativa e qualitativa, a pesquisa da antropóloga Gregori (1993) e do psicoterapeuta Gnoato (2019). Em busca de uma interdisciplinaridade, o mirante teórico deste artigo guiou-se pelo diálogo da Antropologia, com a Filosofia da Linguagem e a Psicanálise, fazendo um percurso que vai da sondagem minúscula da intimidade do casal, para uma imbricação macroscópica da cultura da agressão no Brasil, tremendamente violento, emotivo, hierárquico e paradoxal.
Esta pesquisa teve como proposta destacar as contingências que levam a mulher a permanecer por longos períodos de tempo em relacionamentos violentos. O estudo caracterizou-se como pesquisa aplicada e uma vasta revisão bibliográfica foi realizada. A dinâmica da violência foi analisada sob a perspectiva relacional de gênero e, por meio da caracterização histórica do feminismo, a compreensão que concebe a violência como unilateral foi problematizada. Compreende-se que a violência não pode ser vista como uma ação individual, desarticulada do contexto macrossocial. Os sujeitos são dados na fusão histórica cultural do machismo, da sexualidade e do amor e comportam-se a partir destes dispositivos discursivos que perduram na história do ocidente e regulam as práticas sociais. O que rege as relações entre os sujeitos são os procedimentos de poder que condicionam a realizar o que diz o discurso. Portanto, as relações de poder são estabelecidas por meio de discursos e conclui-se que um grande contingente das correlações de forças encontram-se no campo das relações entre homens e mulheres.
RESUMOEste artigo aborda as contradições entre a casa e a rua, espaços diversos, ao longo da história humana, concentrando-se na trajetória burguesa em que a casa é espaço do indivíduo e da microfamília em oposição à casa pertencente às classes populares bastante diversas daquela. Os cortes de classe social criam espaços diferentes para o ambiente doméstico. O espaço doméstico idealizado na ideologia liberal entra em contradição com as reais condições sociais, econômicas e políticas de existência dos indivíduos, explicitando-se em sua desarmonia em que avultam feminicídios, violência e autoritarismo. ABSTRACTThis article addresses the contradictions between the house and the street, different spaces throughout human history, focusing on the bourgeois trajectory in which the house is the space of the individual and the microfamily as opposed to the house belonging to the popular classes. different from that. Social class cuts create different spaces for the home environment. The idealized domestic space in liberal ideology contradicts the real social, economic and political conditions of existence of individuals, being explicit in its disharmony in which feminicides, violence and authoritarianism loom large.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.