O impacto do uso de agrotóxicos sobre a saúde humana é um problema que tem merecido atenção da comunidade científica em todo o mundo, sobretudo nos países em desenvolvimento. O consumo de agrotóxicos na região sudeste do Brasil está estimado em 12kg de agrotóxico/trabalhador/ano. Em algumas áreas agrícolas do Estado do Rio de Janeiro, como na região da Microbacia do Córrego de São Lourenço, Nova Friburgo, o consumo de agrotóxico foi estimado em 56kg de agrotóxico/trabalhador/ano. Elevados níveis de contaminação humana e ambiental foram encontrados nesta região, como decorrência do uso extensivo destes agentes químicos. A avaliação do impacto sobre a saúde humana implica o conhecimento e a visualização da importância/magnitude relativa de cada uma das vias de contaminação. Inúmeros fatores, que, em geral, encontram-se inter-relacionados, contribuem para a situação encontrada na Microbacia do Córrego de São Lourenço e a forma mais adequada de se avaliar toda a dimensão deste problema é o uso de uma abordagem integrada.
O presente trabalho objetivou analisar a contaminação de águas superficiais e de chuvas por agrotóxicos em dois municípios do estado do Mato Grosso, Lucas do Rio Verde e Campo Verde, situados entre os maiores produtores de soja, milho e algodão do estado e do país. A metodologia analítica combinou o uso de técnicas cromatográficas em amostras de água superficial e de chuva com análises ecotoxicológicas do impacto da contaminação por agrotóxicos sobre espécies bioindicadoras. Resultados das análises mostraram a presença de resíduos de diferentes agrotóxicos nas amostras de águas superficiais e de chuva coletadas nos dois municípios. Associados a estes dados, resultados das análises ecotoxicológicas mostraram a presença de anomalias em uma espécie de anfíbio anuro coletado em uma das duas localidades, compatíveis com exposição a agrotóxicos. Os resultados aqui apresentados e discutidos apontam para a degradação da qualidade de recursos hídricos da região, causada pelo uso intensivo de agrotóxicos na agricultura, incluindo fontes de água de consumo humano e de chuvas, amplificando o risco de contaminação para além das áreas de plantio.
The present study applies the risk perception analytical methodology based on rapid surveys. It took place in the micro-basin of the São Lourenço Creek in Nova Friburgo, Rio de Janeiro State, Brazil. The methodological approach was based on participatory observation, semi-structured interviews with 24 key informants selected among local farmers (N = 120), and evaluation of local work processes. Field data analysis revealed some issues related to the risk perception profile in the study population, including the development of defensive strategies to deal with work hazards, the importance of communication in developing workers' risk perceptions, the subjective responses to potentially hazardous situations, and the role of individual risk perception as a determinant of human exposure to pesticides. The results evoked the importance of systematically incorporating risk perception analyses into intervention strategies, especially in educational risk communication campaigns.
The adoption of neo-liberal economic models in Latin American countries between the late 1980's and early 1990's has led to, among other impacts, a significant change in the rural production model, with a clear incentive to exportation-oriented agribusiness, especially that based on extensive monoculture (soy-bean, corn, cotton etc.). This change, primarily focused on rural production increment, was supported by the implementation of new production technologies, especially the use of chemical agents for crop protection and pest control. The impacts of the indiscriminate and extensive use of these chemical agents for actual and future generations of rural workers are indeterminate. Furthermore, it is hard to estimate the dimension of correlated environmental damages. In the present article, the role of pesticides use in rural production is discussed, contextualizing the local and regional rural production panorama and the impacts - economic, social, environmental and sanitary - of neo-liberal rural production policies.
Resumo
ObjetivoAnalisar os aspectos de comunicação relacionados ao procedimento de uso de agrotóxicos em uma região agrícola. Métodos O estudo foi realizado na região da Microbacia do Córrego de São Lourenço, Estado do Rio de Janeiro. Baseia-se em triangulação metodológica, utilizando: entrevistas semi-estruturadas e observações de uma amostra da população residente na área de estudo (aproximadamente 600 habitantes); questionário elaborado para a caracterização do perfil da comunidade; e registro de palestras proferidas por agrônomos e outros profissionais do comércio e do poder público para a comunidade.
Resultados e DiscussãoDesvelaram-se algumas questões, como: o histórico de desinformação na região; a linguagem técnica empregada em ações educativas e de treinamento, impossibilitando a apropriação do conhecimento por parte do trabalhador rural; e a pressão da indústria/comércio, que cria "necessidades" para legitimar a venda desses produtos, resultando num processo de comunicação que realimenta a inserção desfavorável do homem do campo em uma economia de mercado mais ampla.
Abstract
Objective
To assess communications aspects related to pesticide use in a rural
Introduction
Although it is federally-mandated that racial/ethnic minorities be included in research studies, recruiting diverse populations remains a challenge. This is particularly difficult when research involves children. The purpose of this study was to assess attitudes and beliefs toward medical research among a racially and socioeconomically diverse population of parents of school children.
Methods
A cross-sectional parent-report survey was conducted in New York City public elementary schools using stratified random selection to obtain a diverse population. Fear of medical research and likelihood to participate in medical research were assessed using a validated questionnaire. Differences in fear/likelihood to participate in research across race/ethnicity and socioeconomic characteristics were evaluated.
Results
In general, parents were afraid of their child “being treated as a guinea pig”, but were willing to allow their child to participate in research if asked by their own doctor. Factors associated with a lower score on fear towards research were; primary language other than English (OR=0.59), access to an interpreter (OR=0.73) and access to medical service within a day (OR=0.51). Latinos had the highest fear score (OR=1.87) compared to Whites. Asians were the ethnic group most likely to participate in research (OR=1.71). Low education level (OR=2.18) and public health insurance (OR=1.37) were associated with a higher score for likelihood of allowing one’s child to participate in medical research.
Conclusion
Minority parents reported more fear allowing their children to participate in medical research, but were as likely to consent their children’s participation, especially if asked by their own physician.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.