As fraturas faciais configuram um problema de saúde pública em virtude da necessidade de atenção especializada, ambiente adequado e recursos financeiros. Apresentam causas variadas, sendo que acidentes desportivos, de trabalho, de trânsito e quedas se destacam como as principais, sendo as mesmas relacionadas a idade, sexo do paciente e direção do trauma. Este trabalho tem como objetivo relatar o caso clínico de um paciente do sexo masculino vítima de queda de 4,5 metros de altura, impelindo a face contra as bordas de uma piscina. Atendido no Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian, necessitando de atendimento ambulatorial e cirúrgico para tratamento de fraturas múltiplas da face. Ao exame físico inicial apresentou edema em terço médio e inferior da face, acuidade visual e motilidade ocular preservadas, mobilidade em parassínfise, laceração em lábio inferior, mobilidade acentuada em elementos dentais, fragmentos de tecido ósseo bucal exposto em região de pré-maxila, ausências dentais e movimentos mandibulares alterados. Na tomografia computadorizada, mostrou fratura cominutiva em região de maxila anterior, fratura bilateral de cabeça da mandíbula e fratura em parassínfise mandibular do lado esquerdo. Assim, o tratamento de eleição foi o cirúrgico sob anestesia geral para colocação da barra de Erich e bloqueio maxilomandibular, redução e fixação de fratura anterior de mandíbula e remoção dos fragmentos ósseos e dentes sem suporte em região de maxila. Nos controles pós-operatórios o paciente se manteve sem queixas após a remoção do bloqueio, com movimentos mandibulares preservados e retorno às funções mastigatórias. Após seis meses do trauma, o paciente encontra-se totalmente reabilitado.
O queratocisto odontogênico é um cisto de desenvolvimento com alto poder de recorrência que acomete principalmente a região posterior de mandibula sendo muitas vezes assintomático e diagnosticado somente a partir de um achado imaginológico. Seu tratamento pode variar desde a descompressão cística seguida de enucleação com auxílio de técnicas complementares como a osteotomia periférica ate uma intervenção mais agressiva como a ressecção em bloco da região envolvida. Desde modo, em virtude do índice de recidiva e a gama de tratamentos existentes este trabalho tem como objetivo realizar uma revisão de literatura para analisar uma possível relação entre a porcentagem de recorrência e a escolha do tipo de tratamento. Para tal, foi realizada uma pesquisa bibliográfica tendo como base de dados PUBMED, SCIELO e MEDLINE. Foram incluídos os artigos que tenham o tema queratocisto odontogênico ou tumor odontogênico queratocístico e suas abordagens cirúrgicas de tratamento. de acordo com a classificação da Organização Mundial da Saúde. Os estudos concluíram que pode haver uma correlação entre o tratamento mais agressivo e o menor índice de recorrência da lesão.
O objetivo do trabalho é relatar um caso de osteomielite crônica em corpo, ramo e cabeça de mandíbula unilateral após exodontia traumática. Paciente do sexo masculino, 45 anos, encaminhado ao Serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian, Campo Grande - MS para tratamento de infecção odontogênica acometendo região pré-auricular com extensão bucal e submandibular direita, endurecido à palpação e com fístula extra-oral com drenagem ativa de secreção purulenta. Ao exame intra-oral, alvéolos com sinal de exodontia recente, dentes 47 e 48, e limitação de abertura bucal. Ao exame tomográfico, degeneração óssea de cabeça e ramo mandibular direito compatível com um quadro de osteomielite. Foi realizada drenagem intra e extra-oral com desbridamento da região alveolar dos dentes 47 e 48 e instalação de dreno transfixante sob anestesia local. Aos exames bioquímicos, apresentou quadro de anemia ferropriva, com valores reduzidos de hemoglobina, sugestivo de baixa resposta imunológica levando à disseminação rápida da infecção. Paciente permaneceu 59 dias internado para tratamento medicamentoso via endovenosa (vancomicina, ciprofloxacina e meropenem) para remissão do quadro infeccioso associado a procedimentos de cultura, antibiograma e curetagem da região de corpo mandibular. Após o tratamento mencionado o paciente apresentou resposta satisfatória com remissão da sintomatologia e seguiu em acompanhamento ambulatorial sem queixas e/ou complicações.
Em virtude da sua projeção, uma das regiões mais acometidas por injúrias é o complexo zigomático, muitos casos de fraturas, provenientes da ação direta de forças, fragilizam sua estrutura e resultam na perda de sua curvatura convexa normal. Sendo assim, objetivo desse trabalho é relatar a abordagem cirúrgica de um caso de traumatismo facial secundário à agressão física, atendido no Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (HUMAP). Paciente do sexo masculino, branco, vítima de trauma, buscou o Pronto Atendimento, com hemiface esquerda edemaciada, equimose e assimetria facial associadas a oclusão palpebral, hiposfagma. sendo que aos exames complementares de imagem foram evidenciadas fraturas dos ossos do complexo zigomático orbitário. Em virtude da complexidade das fraturas bem como a possibilidade de comprometimento ocular, fez-se necessário a associação de conhecimentos referentes a diversas especialidades tais como: Cirurgia Bucomaxilofacial, Cardiologia e Oftalmologia. Em virtude do grau de deslocamento das fraturas optou-se pelo procedimento cirúrgico de redução e fixação das mesmas sob anestesia geral utilizando os acessos cirúrgicos subtarsal, subciliar e intraoral. As fixações foram realizadas com placas e parafusos de titânio do sistema 1.5mm para cada acesso efetuado, em material de titânio. O presente caso, devido sua extensão e envolvimento de assoalho orbitário necessitou de três pontos para sua adequada fixação e apesar da complexidade, o caso mostrou sucesso da terapêutica empregada.
Os lipomas são tumores benignos do tecido adiposo mais frequentes no tronco e nas extremidades do corpo, com incidência baixa na região orofacial. Clinicamente apresentam-se com lesão única ou lobular, assintomático, com crescimento lento, de base séssil, bem delimitados e macios, com coloração amarelada quando mais superficiais, a rósea em regiões mais profundas. O trabalho tem o objetivo de relatar um caso de lipoma pré-auricular em um paciente de sexo masculino, leucoderma encaminhado ao Serviço de Residência Bucomaxilofacial do Hospital Universitário da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul queixando-se de dor na região. O tratamento foi cirúrgico sob anestesia geral, com acesso cirúrgico pré-auricular e exérese total da peça para análise histopatológica. O paciente segue em acompanhamento de 6 meses sem queixas ou alterações funcionais configurando até o momento o sucesso da terapêutica empregada. Descritores: Lipoma; Neoplasias; Biópsia. Referências Costa DFN, Inaoka SD, Silverira KG, Souza NL, Santos LAM. Tratamento cirúrgico de lipoma: relato de dois casos. Rev cir traumatol buco-maxilo-fac. 2017;17(3):25-8. Resende R, Meirelles M, Varella R. Remoção cirúrgica de lipoma de grande proporção: relato de caso. Rev cir traumatol buco-maxilo-fac. 2013;13(2):37-42. Osterne RLV, Lima-Verde RMB, Turatti E, Cavalcante R. Lipoma de cavidade oral: um estudo de 101 casos em uma população brasileira. J Bras Patol Med Lab. 2019;55(2):148-59. Tenório JR, Paiva KM, Nogueria PTB, Oliveira e Silva ED. Exérese de Extenso Lipoma em Região Submandibular: Relato de caso. Rev cir traumatol buco-maxilo-fac. 2013;13(3):37-40. Menezes RO, Tavares SS, Peixoto TS, Aragão MS, Godoy GP. Unusual facial lipoma. RGO. 2014;62(4):425-30. Mandarino SCA, Guimarães, MA, Coutinho MA. Lipoma em região parotídea: Relato de caso. Rev cir traumatol buco-maxilo-fac. 2014;14(3):33-8. Shetty N, Shabari UB, Jaydeep NA, Patnaik P. Solitary lipoma in the retromandibular region. Indian J Dent. 2015;6(1):49-52. Chuengue EK, Oliveira WD, Silva JPQ, Freitas DL. Remoção cirúrgica de lipoma volumoso em região temporal: Relato de caso. Rev Saberes. 2019;10(1). Chia CY, Rovaris DA, Fontana R. Lipoma gigante do coxim adiposo bucal: relato de caso e revisão da literatura. Rev Bras Cir Plast. 2016;31(1):112-17. de Souza Batista FR, Figueira JA, Lustosa RM, Eidt JM, Piacentini M, Pavan ÂJ. Lipoma in the Face Associated With Maxillofacial Trauma. J Craniofac Surg. 2017;28(1):295-96. Mello DF, Manica MZ, Helene AJ. Lipomas gigantes: Séries de 14 casos. Rev Bras Cir Plast. 2015;30(1):33-7.
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