A partir dos estudos de Jörn Rüsen (2010), Michael Oakeshott (2003) e Eric Hobsbawm (2010) buscou-se compreender e perceber a relevância do tempo na aula de História, bem como relacioná-lo à vida prática de cada um. Temos como pressuposto que a compreensão do passado está intimamente relacionada com a apreensão do tempo, constituindo dessa forma em um estatuto da História. Também discute o ideal de livro didático de história proposto por Jörn Rüsen (2011), o qual pensa essa ferramenta como um instrumento que tem a função de potencializar as competências da percepção, interpretação e orientação históricas. Neste sentido, propomos uma discussão a respeito da concepção apresentada por professores de História e estudantes da Educação Básica que fazem uso do livro didático no seu cotidiano da sala de aula. Nosso objetivo é compor um cenário a partir das visões de professores e estudantes, que permita responder à problemática proposta por Rüsen na sua concepção de livro didático. Temos como hipótese que o livro didático tem grande presença na sala de aula, assim compreender seu papel frente o processo educativo torna-se fundamental. Portanto, nossa expectativa é sinalizar se, na visão dos professores e também dos estudantes, a ferramenta livro didático corresponde às finalidades da disciplina, seleção e progressão dos conteúdos, ensino e aprendizagem, bem como facilita a compreensão da temporalidade.
O presente artigo aborda a constituição da educação histórica como campo de pesquisa, bem como da temporalidade como categoria para o ensino e aprendizagem em História. A pesquisa foi desenvolvida a partir de levantamento bibliográfico a qual examinou alguns marcos que foram relevantes para sua formação e consolidação em diferentes países. Também analisou como as noções de temporalidade podem contribuir para o desenvolvimento de uma consciência histórica ou tomada de consciência que possibilite suprir uma orientação temporal e a constituição de uma identidade de alunos e professores a partir do ensino da história. De caráter exploratório, a pesquisa partiu dos estudos de Jörn Rüsen (2010b), Michael Oakeshott (2003) e Eric Hobsbawm (2010), buscou-se compreender e perceber a relevância do tempo na aula de História, bem como relacioná-lo à vida prática.
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