Resumo: Este artigo tem como objetivo compreender como as diferenças e os significados são produzidos nas aulas de Educação Física (EF) a partir das dinâmicas culturais infantis, envolvendo os processos de diferenciação que ocorrem no corpo das crianças. Um estudo de cunho etnográfico foi realizado em uma turma de quarto ano de uma escola pública na cidade de Jundiaí/SP, composta por vinte e seis crianças, contribuindo com as discussões desempenhadas neste artigo sobre sua construção cultural do corpo nas aulas de Educação Física, entendendo que as diferenças produzidas e estabelecidas entre as crianças estão em constante transformação e atreladas aos conhecimentos específicos da EF. Por meio deste estudo, concluímos que a mediação pedagógica favorece a construção de novos conhecimentos a partir das diferenças estabelecidas, considerando a construção cultural do corpo das crianças e relativizando as marcas produzidas neste corpo dentro e fora da escola.Abstract: This paper looks into how children's cultural dynamics during Physical Education classes produce distinctions and meanings concerning differentiation processes related to their bodies. An ethnographic study was undertaken with 26 students of a 4th grade class from a public school in the city of Jundiaí, Brazil. This procedure contributed to this paper's discussions about the development of a body culture in Physical Education classes, since the differences produced and established by children are constantly changing and are related to specific knowledges in the field of Physical Education. We conclude that knew knowledges are built through pedagogical mediation regarding the differences produced by children, considering the cultural construction of children's bodies and relativizing the marks produced in those bodies inside and outside school.Resumen: Este artículo tiene como objetivo comprender cómo las diferencias y los significados son producidos en las clases de Educación Física (EF) a partir de las dinámicas culturales infantiles, incluyendo los procesos de diferenciación que ocurren en el cuerpo de los niños. Un estudio de cuño etnográfico fue realizado en un grupo de cuarto año de una escuela pública en la ciudad de Jundiaí, SP, compuesto por veintiséis niños, contribuyendo a las discusiones desarrolladas en este artículo sobre la construcción cultural del cuerpo en las clases de educación física, entendiendo que las diferencias producidas y establecidas entre los niños están en constante transformación y entrelazadas a los conocimientos específicos de la ef. A través de este estudio, concluimos que la mediación pedagógica favorece la construcción de nuevos conocimientos a partir de las diferencias establecidas, considerando la construcción cultural del cuerpo de los niños y relativizando las marcas producidas en ese cuerpo dentro y fuera de la escuela.
O estudo analisou as concepções de Educação Física de mestrandos e doutorandos de um programa de pós-graduação. A pesquisa de cunho qualitativo e quantitativo foi desenvolvida por meio de questionário respondido por alunos do programa da Faculdade de Educação Física da Unicamp. Os dados foram organizados e analisados recorrendo ao programa Interface de R pourles Analyses Multidimensionnelles de Textes et de Questionnaires (Iramuteq), e a uma análise hermenêutica. Os resultados obtidos nos permitem perceber: o caráter multidisciplinar da Educação Física e concepções que refletem um direcionamento à intervenção social e/ou voltadas ao campo científico como uma racionalidade que fundamenta a prática social, havendo diferenças entre esses dois aspectos de acordo com a área de investigação do respondente. Tais posições demonstram as disputas que permeiam o campo da pós-graduação em Educação Física, como reflexo do debate epistemológico travado nas últimas décadas, reforçando dualismos e apontando possibilidades com vistas ao diálogo.
Resumo Os parques infantis foram instituições implantadas na década de 1930, na cidade de São Paulo, que pretendiam promover a socialização de crianças em seu tempo livre, oferecendo especialmente atividades recreativas, artísticas e culturais. Esses parques estavam circunscritos nas mudanças de pensamento a respeito da vida na cidade, provocada por novos ideários educacionais e higiênicos daquele período. Para contribuir com o entendimento da temática, este trabalho teve como objetivo buscar compreender as noções de urbanidade e infância que nortearam esse projeto político-educacional, por meio de uma pesquisa bibliográfica sistemática de teses, dissertações e trabalhos de conclusão de curso desenvolvidos na USP e na Unicamp. Os parques infantis foram entendidos nas fontes analisadas como um espaço e um tempo de sociabilidades entre as crianças, bem como de encontros e desencontros entre as culturas produzidas no universo infantil e as culturas do mundo adulto. Esse caráter ambíguo é assinalado nas pesquisas que abrangeram tanto seu viés disciplinador quanto sua forma de expressão da cidadania e de difusão cultural. Sobretudo, é possível afirmar que os parques infantis se configuravam como importantes na construção da experiência corporal das crianças, considerando a ênfase em práticas educativas relacionadas ao corpo.
RESUMO:O artigo é composto de uma revisão bibliográfica sobre a produção teórica envolvendo o tema da Inclusão e a educação física escolar. Questões sobre a produção deste conhecimento e os significados sobre estar incluído nortearam o debate que realizado confrontando diferentes referenciais teóricos. A discussão é apresentada com autores que conceituam a Inclusão, abordando à Educação Física escolar e seu encontro com este conceito. Inspirados por essa diversidade teórica, são elaboradas reflexões a partir de descompassos destes pensamentos, a fim de contribuir para a reflexão do tema estudado.Diante do fracasso frente à diversidade devemos repensar o conceito de Inclusão.Palavras-chave: Educação física. Pessoas com Deficiências. Diversidade cultural
A história do corpo se impôs progressivamente na historiografia francesa, com publicações orientadas a discutir tal temática e tomá-la como objeto central de investigação. Apesar das mudanças nos estudos historiográficos, a história das técnicas corporais só mobilizou realmente os pesquisadores nos anos 1980. O objetivo do artigo é colocar em diálogo os apontamentos de Marcel Mauss, pioneiro nas investigações sobre as técnicas corporais, e de Georges Vigarello, que desenvolveu pesquisas historiográficas específicas sobre a temática. As discussões propostas por Mauss se estabeleceram de maneira bastante introdutória na antropologia, que, até a década de 1930, ainda não inseria o corpo como temática central de suas investigações. As categorias estabelecidas por Vigarello ampliam as anteriores, o que permitiu avaliar de maneira mais específica os avanços e evoluções das técnicas no âmbito esportivo. O grande valor de sua obra está, portanto, na síntese do tema e atualização das categorias, enriquecendo a reflexão. Conclui-se que não devemos descartar as definições elaboradas por Mauss, mas, identificar chaves analíticas para pensar o esporte, e, associando-as às categorias estabelecidas por Vigarello, investigar com mais precisão a evolução e transformação das técnicas esportivas.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.