A literatura do campo da formação de professores tem indicado, progressivamente, que os processos formativos, sobretudo aqueles direcionados à formação continuada, demonstram estar aquém do que se espera em termos de efetividade, uma vez que não respondem aos reais anseios dos sujeitos em formação. Diante desse cenário, o presente artigo pretende explicitar o potencial dos estudos das necessidades como constructo teórico para uma nova tessitura de formação continuada. Para tanto, realizou-se uma pesquisa qualitativa de natureza empírica que recorreu à elaboração de entrevista escrita como procedimento de coleta de dados, cujo desígnio foi identificar as principais demandas formativas dos participantes envolvidos – professores, coordenadores pedagógicos, diretores e vice-diretores. Os dados suscitados, apreciados pela Análise de Conteúdo, evidenciaram necessidades coletivas e individuais, permeadas por sentimentos de valorização e desvalorização. Ao serem cotejados com o referencial eleito, tais dados expressaram que a detecção e a análise das necessidades formativas conjecturam um plano de ação diferenciado que consiste em aprimorar questões elementares, como as relações entre pares, o protagonismo profissional e a prática da valorização mútua, para que, somente então, sejam atingidas as questões específicas, como as dificuldades relacionadas ao manejo de conteúdos, à gestão e à inclusão.
Este artigo tem como objetivo explicitar, discutir e problematizar aresistência docente, focalizando aquela que se manifesta face às ações de sujeitosexternos em âmbito pedagógico. Para seu desenvolvimento, lançou-se mão docotejo de dados provenientes de duas pesquisas produzidas individualmente pelasautoras. A apreciação dos relatos que compõem as pesquisas mencionadas seapoiou nas orientações da análise de conteúdo e permitiu verificar que aresistência dos professores pode ter pelo menos duas motivações: o receio decríticas, quando se trata da resistência às ações do pesquisador; e o descrédito,quando o alvo da postura resistente é o licenciando/estagiário. Todavia, ainda quea prática da resistência represente um empecilho para os agentes que adentrama sala de aula, os indicativos deste estudo revelam que a inflexibilidade dosprofessores é justificável e que tende a ser revertida com condutas diplomáticas eaproximações graduais que visem à valorização do trabalho docente.
Este trabalho, de natureza bibliográfica, partiu de inquietações sobre o processo de receptividade de professores alfabetizadores às iniciativas de formação continuada. Com base na perspectiva de estudiosos do campo da formação docente bem como de autores pertencentes ao aporte teórico da História Cultural, foram estruturadas seções com o intuito de responder às seguintes questões norteadoras: Como os professores alfabetizadores recebem as iniciativas de formação continuada? Quais são os fatores determinantes para que os docentes sejam receptivos à formação continuada? Entre outros aspectos, destaca-se que, como os professores irão, de todo modo, se apropriar, desviar e reempregar o que lhes for proposto, é válido pensar que partir da análise de suas práticas e de situações corriqueiras que envolvam o trabalho docente poderia ser um caminho oportuno para que eles se sintam motivados a participar das ações formativas e a aprofundar as questões analisadas na esfera das discussões teóricas.
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