O objetivo deste trabalho é avaliar os discursos críticos de Tristão de Alencar Araripe Júnior (1848-1911) e de Sílvio Romero (1851-1914), em especial, a partir da interpretação que ambos fazem do romance Os sertões (1902), de Euclides da Cunha (1866-1909). Em meio a outras pressuposições, parte-se da hipótese de que, com as suas distintas leituras, tanto Romero como Araripe colaboraram para fundamentar a base de futuras análises da obra mencionada ou suas implicações, contribuindo, portanto, para introduzi-la no cânon literário nacional.
Este artigo tem por objetivo discutir e analisar os processos de enunciação e as condições de produção do(s) sentido(s) em torno da palavra golpe, que circulou recentemente, na mídia brasileira, envolvendo o afastamento de Dilma Rousseff da presidência da República, no Brasil, em 2016. Para tanto, mobilizamos alguns dos pressupostos teóricos da Análise do Discurso (AD) de linha francesa, tendo como ponto de ancoragem teórico-analítica a questão da polêmica, além das noções de heterogeneidade enunciativa, a partir das reflexões de Authier-Revuz (1982, 1984) e de interdiscurso, a partir de Pêcheux (1975), em diálogo com as perspectivas enunciativas trabalhadas por Benveniste (2006 [1974]) e por Guimarães (2002). O corpus de análise é constituído de alguns textos publicados, entre 2015 e 2016, pelos jornais Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo, a partir dos quais observamos a heterogeneidade discursiva nos processos de enunciação de golpe, buscando explicitar as constantes disputas e os deslocamentos de sentidos construídos sócio-históricamente, no interdiscurso, considerando as diferentes posições-sujeito e as Formações Discursivas (FDs) em jogo.
RESUMO O presente trabalho consiste em analisar o embate entre representação, imaginário e modernidade, identificado no romance A selva (1930), do escritor português Ferreira de Castro (1898-1974). Por esses meandros, propõe-se, igualmente, tecer uma apreciação a fim de verificar a maneira pela qual a produção literária em tela reconstrói, de forma crítica e inventiva, uma poética vinculada ao imaginário e outra correlacionada à decadência do universo amazônico, também detectadas, à sua maneira, em diferentes produções literárias publicadas na literatura brasileira, inclusive em obras ficcionais compostas na região norte do país.
Devido a crises políticas, econômicas e culturais, o século xx foi um período de contrastes. Na era da máquina e do progresso, contraditoriamente, alguns pensadores discutem, em seus textos, o motivo pelo qual a humanidade caminha, cada vez mais, para um processo autodestrutivo, fornecendo subsídios para a compreensão de circunstâncias históricas marcadas por degradação, trauma e violência.
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