A s estreitas relações entre imprensa e política são por demais conhecidas de todos os estudiosos da mídia. O que nem sempre fica muito claro é o modo particular como eventualmente se articulam, se autonomizam e se interpenetram as rationales especificamente políti-cas que condicionam e determinam as práticas jornalísticas e outraseconômicas, técnicas e culturais -que porventura também as influenciam. Como sabemos, porém, o diabo está sempre nos detalhes. E embora atribuir significado e consequência política à mídia seja praticamente um truísmo, para um olhar teórico, histórico e politicamente interessado faz toda a diferença especificar de que modo exatamente tal dimensão opera e com quais consequências. Só assim poderemos distinguir e dimensionar o real significado de transformações importantes no referido campo.Em análise sobre a evolução do mercado de mídia brasileiro na chamada "Era Lula" (2003)(2004)(2005)(2006)(2007)(2008)(2009)(2010)(2011), abordamos o que denominamos partidarização (ou repartidarização) dos veículos de comunicação no Brasil (Lattman-Weltman e Chagas, 2013). Com isso, queremos chamar a atenção para os efeitos de um processo de mudanças nas relações entre as diversas rationales que organizam a atividade midiática, assumindo, http://dx
O artigo apresenta uma teoria da demanda por informação política e seu modelo é aplicado à análise das sete eleições presidenciais brasileiras após o regime militar. O objetivo inicial da teoria é situar o potencial de influência política e eleitoral dos meios de comunicação sobre as escolhas dos chamados cidadãos comuns e dos militantes, conforme variáveis do contexto político e institucional. Ou seja: por que em determinadas circunstâncias a intervenção midiática parece influir decisivamente sobre as escolhas dos indivíduos e em outras não? Como é possível discernir tais variações sem os limites conhecidos das análises da oferta da informação política, que ou não dão conta da polissemia da recepção ou, quando o fazem, em escala mais reduzida e profunda, não podem ser generalizadas. De acordo com a teoria, a influência midiática é função da utilidade atribuída à informação política, a qual depende da fixação e da intensidade das preferências do eleitor e da margem de risco com que toma suas decisões, as quais, por sua vez, dependem da estabilidade e do grau de polarização política do sistema. São também brevemente indicados alguns dos outros potenciais da teoria.
Defende-se um tratamento propriamente político dos problemas de implementação da reforma do Estado, contra posições "tecnocráticas". Enfatiza-se a dimensão da informação e analisa-se o papel estratégico dos meios de comunicação no processo.
<p class="Normal1"><em>Questiona-se aqui os pressupostos da chamada “crise da representação” na democracia contemporânea, e o papel específico nela desempenhado pelos modernos meios de comunicação, a partir de uma perspectiva teórica menos comprometida com os substancialismos individualista ou sociológico predominantes nas análises correntes sobre tal“crise”. Para isso, procede-se a uma pequena releitura de algumas das teorias fundadoras da democracia representativa moderna, cujo objetivo é contribuir para o início de certa desmistificação da noção de “representação”, tal como utilizada hoje pelos vários argumentos da “crise”, mostrando que, em seus primórdios, o caráter representativo da nova ordem republicana criada no Ocidente em muito pouco – ou quase nada – se referia, de fato, a algum problema de “representação”(tal como concebido hoje). Finalmente, se esboça uma defesa da inserção institucional-política da mídia na poliarquia atual, com base numa recolocação da questão da “representatividade” para a estabilidade e a eficácia do nosso sistema, dito representativo.</em></p><br />
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