Em primeiro lugar, à Profª Drª Walkyria Monte Mór, por ter me recebido de braços abertos na Universidade de São Paulo. Por toda sua generosidade, humildade, dedicação, atenção, confiança no meu potencial e, sobretudo, por todo o apoio nos momentos difíceis e angustiantes que passamos juntos nesses últimos anos. otimismo, mesmo quando o cansaço e as dificuldades cruzam nossas vidas. Acredito que não é por acaso que a vida coloca algumas pessoas no nosso caminho. Certamente Walkyria foi uma dessas pessoas que apareceram na minha vida com o intuito de acrescentar valores e me fazer crescer como pessoa e como acadêmico. Agradeço por poder fazer parte de sua brilhante carreira e de sua história como seu orientando. Não menos importante, à Profª Drª Cielo Griselda Festino, a qual apareceu num momento crucial da minha vida e que me apresentou os encantos da escrita acadêmica. Pessoa admirável pela sua personalidade, sabedoria e justeza. Às professoras Drª Claudia Hilsdorf Rocha e Drª Suzanna Mizan, pelas significativas contribuições durante a realização desta pesquisa, sobretudo no exame de qualificação. A todos os professores das disciplinas que cursei como aluno desta universidade,
Este trabalho tem como objetivo refletir sobre as recentes políticas públicas e educacionais brasileiras e a tentativa de naturalização da ideologia dos grupos dominantes, em detrimento à legitimação da pluralidade epistemológica de grupos marginalizados e/ou contrários a tal pensamento uniformizador. A partir das teorias de decolonialidade (CASTRO-GÓMEZ; GROSFOGUEL, 2007; LANDER, 2005; MIGNOLO, 2009; MORENO, 2005; SOUSA SANTOS, 2010), discuto as relações de submissão, subordinação e exclusão promovidas pelas políticas educacionais recentes. Em seguida, busco problematizar o papel da educação para o desenvolvimento da criticidade e da construção do conhecimento corporificado, isto é, construído a partir de corpos atravessados por diferentes identidades culturais, sociais, linguísticas, de raça e de gênero, e concluo ressaltando a importância do ensino da língua inglesa como uma tarefa política que desenvolva o questionamento, o pensamento crítico e o respeito à diversidade epistemológica.
O objetivo deste artigo é ampliar a discussão acerca das implicações do uso da autoetnografia enquanto metodologia de pesquisa em Linguística Aplicada, uma vez que se inscreve num paradigma pós-moderno e desafia a pesquisa científica canônica de base positivista. Nas páginas a seguir, procuro promover a reflexão crítica a partir da minha experiência pessoal enquanto autoetnógrafo, durante a realização da minha pesquisa de doutorado, em que observei minhas próprias práticas enquanto professor de língua inglesa em uma escola pública de Ensino Fundamental-I, bem como busco problematizar os conflitos de identidade que surgem da experiência introspectiva do pesquisador/pesquisado nesta modalidade de investigação. Concluo que, apesar de ser alvo de críticas, a autoetnografia tem o potencial de promover o aprimoramento das práticas de ensino e aprendizagem realizadas nos próprios contextos observados, uma vez que nos fornece subsídios para que possamos promover transformações a partir da reflexão crítica acerca da nossa atuação enquanto professores/pesquisadores.
Este estudo tem como objetivo estabelecer diálogos teóricos e analíticos entre os estudos de intermidialidade e os estudos da adaptação na análise do álbum conceitual Shadow of the Raven (2007), da banda estadunidense Nox Arcana, que faz referência às obras de Edgar Allan Poe. Ao considerar a importância de ir além do vetor tradicional literatura-cinema e de elaborar uma metalinguagem capaz de abarcar outras arquiteturas textuais, como sugere Hattnher (2010) em relação à circulação da literatura em álbuns conceituais, os estudos de intermidialidade colaboram para pensarmos o papel das convergências entre diferentes mídias na produção de sentidos; além disso, contribuem também para superarmos uma leitura binária das transposições midiáticas nas adaptações (DINIZ, 2018). A partir da construção de um conhecimento compartilhado entre abordagens teóricas e interesses de pesquisa, esboçamos um ensaio inicial sobre a passagem de um meio predominantemente visual e escrito, o literário, para um meio auditivo e não alfabético, o musical-instrumental. O aporte teórico que fundamenta nossas discussões está baseado em teóricos dos estudos da adaptação (HATTNHER , 2010; HUTCHEON, 2011; MILTON, 2015), dos estudos de intermidialidade (RAJEWSKI, 2005; CLÜVER, 2006; DINIZ, 2018) e da música (WISNIK, 1989; SHUKER, 2002).
Este artigo reflete sobre discursos de ódio em ambientes digitais, através de uma abordagem transdisciplinar, partindo do pensamento de Camus (2010), bem como das teorizações sobre o discurso em Foucault (2008, 1999) e Orlandi (2010). A partir de exemplos de discursos de ódio e práticas de resistência nas redes, o objetivo é discutir a linha tênue que separa os discursos de ódio e a liberdade de expressão, assim como a regulação da internet no Brasil. A hipótese é que, com o surgimento de novas práticas sociais em ambientes digitais, tais como as interações entre usuários e a produção, o consumo e o compartilhamento de informações por meio de redes sociais como Facebook, Whatsapp e Twitter, seria importante uma revisão das leis que regulam a internet no Brasil, sobretudo o Marco Civil da Internet (BRASIL, 2014), tal qual vem ocorrendo na União Europeia, através da proposta legislativa The Digital Services Act (COMISSÃO EUROPEIA, 2020b), que visa atualizar a legislação em relação à desinformação, conteúdos ilegais e formas de assédio online. Concluo que a legislação brasileira tem buscado soluções para lidar com a proteção dos dados dos usuários, porém, medidas preventivas e punitivas contra os discursos de ódio online precisam ser desenvolvidas.
Este artigo objetiva suscitar reflexões e insights em relação ao estímulo de práticas pedagógicas que possam considerar o trabalho com a literatura e(m) outras mídias. Partimos da hipótese de que a construção de tais práticas para além de sequências didáticas pré-moldadas, que parecem lançar mão das adaptações intermidiáticas como uma prótese provisória para se chegar ao texto literário escrito, exigiria um passo adiante da mera integração entre as disciplinas e a constituição de epistemologias de fronteira – entre disciplinas, mídias e abordagens teóricas. A partir de um aporte baseado em autores como Clüver (2012), Rajewski (2005) e Wolf (2011), consideramos como o conceito de expansão interpretativa (MONTE MÓR, 2018) pode promover a construção de uma praxis indisciplinada na abordagem das adaptações intermidiáticas literárias no ensino, provocando a literatura a sair de sua “disciplina” tanto em questões curriculares, quanto em relação a uma tradição pautada na égide da escrita e do cânone.
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