Purpose The purpose of this paper is to analyze the strategies and organizational forms used by large Brazilian pharmaceutical companies (LBPCs) in interaction with universities for the development of innovation. Design/methodology/approach In the pharmaceutical industry, a science-based sector, the source of new knowledge is often outside the company environment. Thus, the search for innovation depends on the company’s strategic decisions of cooperation. This research uses the case study method, with secondary data from the 2008, 2011 and 2014 Innovation Survey (Pintec) about the innovative efforts of LBPCs, as well as primary data from semi-structured interviews with six of them. Findings The most recent data on innovation in Brazil show changes in the innovative efforts of LBPCs, involving the raise in the interaction with universities. The results of the field research also show that the LBPCs have differentiated innovative structures and are effectively using strategies for partnerships with universities, through the creation of radical innovation departments, the establishment of internal scientific committees and the internationalization of research and development. Originality/value These findings contribute to the literature on the industry-university interactions in Brazil and in developing countries. However, this analysis cannot be generalized for the Brazilian pharmaceutical industry as it uses the case study method. Moreover, it is too early to determine if the identified strategies were successful. Nonetheless, it is worth mentioning that the strategies of the six interviewed companies differ greatly from the patterns of the Brazilian pharmaceutical industry and the manufacturing industry.
O objetivo deste artigo é apresentar as características de três abordagens sobre o relacionamento entre empresas e universidades. No modelo da hélice tríplice, a universidade adquire a função de comercialização do conhecimento, assim sendo vista como um ator do desenvolvimento econômico. Na abordagem de sistemas de inovação, a universidade cumpre o papel de formadora de recursos humanos e de parceira das empresas para gerar inovação. E, na abordagem latinoamericana, a universidade tem uma função importante no desenvolvimento social, pois estaria alinhada às necessidades dos países periféricos. Em cada uma destas visões, a universidade e a empresa possuem papéis e formas de interação diferenciados. No Brasil, foi visto que os incentivos para fomentar o papel da universidade no desenvolvimento seguiram as orientações das abordagens teóricas mencionadas, mas acabaram por ficar deslocadas da realidade. Desta forma, os resultados decorrentes são incipientes e pouco satisfatórios até o momento.
da Secretaria Executiva do Ministério da Saúde (DLOG/SE/MS) extraídas em 18/02/2019 do Painel de Compras do Governo, para o período de 2014 a 2018, considerando as compras efetivamente realizadas por dispensa de licitação e inexigibilidade de licitação.
O objetivo deste artigo é apresentar uma análise ex-post das políticas de indústria e ciência, tecnologia e inovação (CT&I) para o Complexo Industrial da Saúde, entre 2003 e 2017 no Brasil, sob a perspectiva do valor público da saúde. Conclui-se que a intenção de atender às necessidades de saúde estava na concepção dessas políticas, porém a ausência de objetividade e clareza em suas definições dificultou a articulação entre os três campos.
Resumo O objetivo, neste trabalho, é analisar as características da internacionalização das grandes empresas farmacêuticas nacionais brasileiras. A partir de um estudo de múltiplos casos com oito empresas identificaram-se as formas de entrada, estratégias, vantagens competitivas e obstáculos encontrados na inserção internacional. Os resultados da pesquisa evidenciam as características comuns das empresas, em relação às vantagens competitivas e obstáculos, como também, dois padrões distintos de estratégias: a exploração de ativos e capacidades e o aprimoramento de ativos e capacidades no mercado internacional. As conclusões trazem contribuições à literatura de negócios internacionais de países em desenvolvimento, ao constatar que: i) as vantagens competitivas das empresas são construídas em momento anterior à internacionalização em relação a capacidade financeira e de adaptação ao ambiente competitivo doméstico; ii) as empresas seguem estratégias de aprimoramento tecnológico em países desenvolvidos como um atalho para superar suas debilidades inovativas; iii) os principais obstáculos para a internacionalização se referem ao aparato regulatório brasileiro.
RESUMO O objetivo do trabalho é analisar as estratégias e as formas organizacionais empregadas pelas grandes empresas farmacêuticas nacionais (GEFNs) nas parcerias com Instituições Científicas e Tecnológicas (ICTs) para a geração de inovação. No setor farmacêutico, indústria baseada em ciência, a fonte de novos conhecimentos se encontra, frequentemente, externa ao ambiente da empresa. Deste modo, a busca pela inovação requer uma definição estratégica por parte da empresa. A pesquisa foi realizada com o método de estudo de caso, com os dados da Pesquisa de Inovação (Pintec) 2014 sobre os esforços inovativos das GEFNs e por meio de uma pesquisa de campo com seis GEFNs. Os dados mais recentes da pesquisa de inovação no Brasil mostram mudanças positivas nos esforços inovativos das GEFNs, envolvendo a maior aproximação com ICTs. Os resultados também mostram que as GEFNs possuem estruturas inovativas diferenciadas e estão empregando efetivamente estratégias para as parcerias com ICTs, por meio da criação de departamentos de inovação radical, do estabelecimento de comitês científicos internos e da internacionalização da pesquisa e desenvolvimento. Palavras-chave: Estratégias empresariais, interação universidade-empresa, setor farmacêutico, Brasil.
This paper aims to characterize how was the treatment for the outwardForeign Direct Investment (FDI) within the Brazilian and South Korean developmentstandards. In this regard, at first, we discuss the main characteristics of the Brazilian andSouth Korean economic development from a historical perspective, which points outto significant State intervention through conducting and planning the industrializationprocesses. Brazilian polices to support internationalization are not as intensive as in SouthKorea. The comparative study of the two countries demonstrated that the outcome ofthe performance of international integration is a result of driving the industrializationprocess in each country. The outward FDI from South Korea indicates more consistentperformance outcomes in quantitative terms, more geographic diversity, and a specificfocus on the most technologically sophisticated sectors. Meanwhile, the Brazilianoutward FDI has grown significantly in recent years; however it presents insufficientinstitutional support and is controlled by less sophisticated sectors.
Este documento refere-se aos resultados da análise empírica da indústria de celulose e papel no Brasil, que integra um dos setores industriais do projeto de pesquisa intitulado “Acumulação de capacidades tecnológicas e fortalecimento da competitividade industrial no Brasil: análise empírica e recomendações práticas para políticas públicas e estratégias empresariais”, cujo objetivo é examinar como a acumulação de capacidades tecnológicas inovadoras, em nível de empresas e setores industriais, pode contribuir para fortalecer a competitividade industrial do país.A escolha da indústria de celulose e papel justifica-se pela sua importância comercial e tecnológica na indústria brasileira. Do ponto de vista comercial, o Brasil é atualmente um dos maiores produtores de celulose e papel e o maior exportador de celulose do mundo. Do ponto de vista tecnológico, a mesma indústria tem apresentado novas oportunidades de inovação e diversificação, como, por exemplo, em energia renovável, biotecnologia e nanotecnologia.A pesquisa contou com evidências primárias obtidas por meio de entrevistas e aplicação de questionários a diretores e gestores de empresas produtoras de celulose e papel e da realização de um workshop com vários agentes da indústria (empresários, fornecedores, consultores, pesquisadores de institutos de pesquisa e universidades e representantes de órgãos governamentais). Foram analisadas evidências qualitativas e quantitativas mediante testes estatísticos, ao longo de 2003 a 2014. A pesquisa contou com a adesão de 15 empresas de celulose e papel, que representaram, aproximadamente, 76% da produção de celulose e 50% da produção de papel no Brasil em 2014.Foram identificadas pela pesquisa significativas diferenças entre as empresas dessa indústria no Brasil. Mais especificamente, foram encontradas diferenças não só entre as empresas, mas também dentro delas (em relação às suas áreas tecnológicas florestal e industrial). Ainda, as empresas brasileiras do ramo apresentaram níveis e padrões altos de capacidade tecnológica na área florestal, traduzido, principalmente, pelo seu avanço em tecnologias florestais de melhoramento genético e produtividade do eucalipto. No entanto, tal fato ainda não influenciou, de forma mais contundente, uma busca por novas oportunidades tecnológicas industriais e de diversificação para além da venda da commodity celulose e de novos tipos de papel.Os resultados da pesquisa também sugerem que as diferenças entre as empresas pesquisadas em termos de acumulação de capacidades tecnológicas fizeram-se valer a partir de diversas fontes de mecanismos de aprendizagem intra e interorganizacionais. Por exemplo, empresas pertencentes a um padrão mais elevado de capacidades tecnológicas apresentaram mais do que o dobro da incidência de parcerias com universidades e institutos de pesquisa, fornecedores e consultores do que empresas de padrão menos elevado de capacidades tecnológicas. Essas parcerias envolveram interações não apenas de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), como também de menor complexidade tecnológica, como assistência técnica e treinamento técnico com parceiros. Por fim, as evidências revelam que empresas pertencentes a padrões mais elevados de capacidades tecnológicas apresentaram medidas maiores de desempenho competitivo, como produtividade do trabalho e inserção internacional. Esses resultados contribuem para a análise da relação entre inovação e crescimento econômico e inspiram recomendações práticas para os agentes da indústria de celulose e papel e para formulação de políticas públicas destinadas ao fortalecimento da competitividade no Brasil. Destaca-se, sobretudo, a necessidade de formação e fortalecimento de uma perspectiva sistêmica e colaborativa de inovação que apoie a indústria de celulose e papel, em que as empresas estabeleçam vínculos contínuos com os demais agentes do sistema. Esta é uma fonte fundamental para a evolução e sustentação de capacidades tecnológicas e seu consequente desempenho competitivo.
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