Este artigo discute e analisa a violência no namoro de jovens de grupos populares e camadas médias, moradores de Recife. O argumento defendido é o de que a violência não é do namorado ou da namorada, mas sim da relação, para a qual apresenta significados. Foram realizadas vinte e duas entrevistas semiestruturadas, com jovens entre 18 e 29 anos, que consideravam namoro seus relacionamentos, divididos em jovens de grupos populares e jovens de camadas médias. Os(as) jovens entrevistados(as) compreendem a violência como sendo mais do que física, entretanto, não reconhecem como violência proibições, controle e cerceamento da liberdade do outro, bem como a troca de xingamentos e tapas, que muitas vezes são encarados como brincadeiras.
ResumoPARRY SCOTT, FERNANDA SARDELICH NASCIMENTO, ROSINEIDE CORDEIRO E GISELLE NANES sociodemográficas e produções científicas acerca da temática, o que contribui para a manutenção de um 'silêncio', que, certamente, encobre as realidades repletas de violência que essas mulheres vivem no âmbito da família e do trabalho rural. Há urgência de estudos e intervenções que revertam em vozes as marcas da violência no corpo, na subjetividade e na circulação das mulheres do campo e da floresta (Vanderléia DARON, 2009;BRASIL, 2011aBRASIL, , 2011b Assim, neste artigo, buscamos identificar e analisar a rede institucional (formada por instituições de segurança pública, justiça, saúde etc.) e a rede de interconhecimento (que, prioritariamente, mas não unicamente, engloba os enlaces de parentesco e vizinhança), 4 acionadas pelas mulheres rurais para enfrentar as situações de violência. Especificamente, focados na realidade dos contextos rurais, refletimos sobre as configurações dessas redes e seus pontos de conexões.Priorizamos, na análise, três conjuntos de dados produzidos na região do Sertão Central de Pernambuco: 1) relatos dos grupos de discussão do 13.º Encontro do MMTR/ Sertão Central e 16.º Encontro Municipal do MMTR de São José do Belmonte, ambos realizados em 2009; 2) entrevistas com profissionais (justiça, saúde, segurança pública, assistência social e conselhos) que integram a rede institucional de São José do Belmonte (PE); e 3) entrevistas com mulheres que viveram situações de violência.A rede institucional estudada é a do município de São José do Belmonte, 5 que, entre 2009 e início de 2010, período da pesquisa de campo, não apresentava uma rede articulada de enfrentamento à violência contra as mulheres. Às múltiplas dimensões que marcam a violência contra as mulheres -como geração, raça, etnia, classe -acrescentase, no contexto rural, a importância das lógicas da "localidade" (Arturo ESCOBAR, 2008) como uma dimensão prioritária, que coloca na pauta de discussão negociações sobre controle de territórios (BRASIL, 2011a(BRASIL, , 2011b.Por localidade consideramos desde aspectos de infraestrutura (acesso aos locais de moradia, deslocamentos para centros de comércio e serviços da região, meios de comunicação) até configurações culturais associadas a parentesco, trabalho e organizações políticas e sociais.Os territórios rurais apresentam características singulares, que demarcam a pluralidade e complexidade dos modos de vida: relação característica com o campo, a natureza e o ser humano, que trabalha diretamente com a terra; e relações sociais diferenciadas, marcadas pela dimensão e complexidade das coletividades rurais, constituindo sociedades de interconhecimento. Além dessas características, não se pode negligenciar o fato de que as áreas rurais correspondem às "zonas mais fragilizadas dos territórios nacionais" em relação ao acesso da população aos bens e serviços materiais, sociais e culturais (Maria de Nazareth Baudel WANDERLEY, 2009, p. 229). Nesse sentido, ratificamos que a dimensão de gênero entrecruza tais ...
A bacia hidrográfica do rio Atoya situada no Departamento de Chinandega, uma das maiores regiões produtoras de algodão da Nicarágua, é alvo de intensas e constantes aplicações de pesticidas. Com o objetivo de estudas a variação das concentrações de resíduos de pesticidas organoclorados e organofosforados entre a época de seca (novembro-abril) e de chuva(maio-junho) nessa região, analisaram-se amostras de água e de sedimentos de rios e de poços de ponto estrategicamente selecionados. De modo geral, as maiores concentrações de pesticidas das água e dos sedimentos foram detectados no período de seca. Os compostos DDT, DDD, DDE e toxafeno são os resíduos organoclorados encontrados com maior freqüencia, tanto nas águas quanto nos sedimentos, enquanto que endrin, aldrin, dieldrin e lindano dominam nas águas de rios e de poços. Os compostos organofosforados raramente foram detectados, entretanto resíduos de etion, metil-paration e etil- paration foram encontrados em altas concentrações em algumas amostras de águas de rios e de poços. Na amostra fracionada verificou-se tendência da maioria dos organoclorados em se acumular nas frações finas, ricas em matéria orgânica, a exceção do DDE que se acumula nas frações grossas.
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Este artigo tem por objetivo mapear e analisar as discussões sobre os feminismos na produção acadêmica da Pós-graduação brasileira em Artes Visuais. Por meio de uma revisão bibliográfica sistemática, explorou a Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD), do Instituto Brasileiro de Ciência e Tecnologia (IBICT), no recorte temporal de 2000 a 2019. A análise de conteúdo de vinte e nove dissertações de mestrado e seis teses de doutorado categorizou algumas tendências nessa produção, como: poéticas feministas, leituras feministas, estratégias revisionistas e aproximações feministas. São trabalhos animados por uma epistemologia da diferença, para a qual o mundo, e o conhecimento que sobre ele se produz, não se reduz à lógica da identidade de um sujeito universal, mas de subjetividades mais ou menos constrangidas pelas práticas disciplinadoras e de controle, pelos discursos e saberes instituintes, inseridas em complexas relações sociais, que rompem um enquadramento conceitual normativo de gênero e sexualidade.
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