Este artigo apresenta uma pesquisa realizada em uma turma de Educação Infantil, na cidade de São Leopoldo (RS) - a Turma de Pré. As categorias culturas infantis, trabalho e resistência foram captadas a partir das vozes das crianças, entendidas neste estudo como manifestações que não se restringem aos relatos orais, através de um estudo de inspiração etnográfica.
Resumo Em 2020, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) faz 30 anos. Esse marco coincide com a pandemia causada pela COVID-19, que coloca em conflito noções de direito ligadas à preservação da vida e da liberdade apresentadas pelo próprio ECA. Diante desse contexto, este artigo trata a respeito de reinvenções e deslocamentos diante da quarentena, os quais se pautam pelo direito à vida ao mesmo tempo em que restringem o direito à liberdade. Ao assumir a inseparabilidade que Michel de Certeau postula quanto às noções de estratégia e tática, o artigo explora, metodologicamente, seis cenas expressivas da reinvenção do cotidiano – e que estão vinculadas, cada uma a seu modo, a três dimensões específicas: a relação de famílias com as tecnologias; a relação das famílias com a escola; e a relação das famílias com suas crianças. As quatro cenas iniciais, exploradas a partir da configuração de estratégia, indicam esforços para a conformação das formas de organização do social. Neste caso, fica evidente como, de um lado, a relação das famílias com as tecnologias, e, de outro, a relação das famílias com a escola sugerem práticas comprometidas com a manutenção de formas de existir, mesmo em meio a um contexto de excepcionalidade. As duas últimas cenas, situadas a partir da configuração de tática, dão visibilidade às práticas cotidianas das famílias com suas crianças, ou seja, ao que entendemos serem relatos de pessoas ordinárias e que, justamente por meio dessa condição, apontam possibilidades de criação do novo.
RESUMOEste artigo apresenta reflexões sobre metodologias investigativas com as crianças e suas culturas, a partir do referencial da Sociologia da Infância. Este campo teórico considera as crianças como atores sociais que acionam estratégias de luta por meio das suas culturas de pares. Na produção acadêmica brasileira sobre as crianças e suas culturas, ainda não possuímos uma tradição de estudos que tratem das vozes das crianças por elas próprias. A questão motivou a organização deste texto em três sessões. Na primeira, refletimos sobre a ausência das crianças como protagonistas das pesquisas brasileiras e as influências de uma ciência androcêntrica, que nasce com a modernidade. Na segunda, apresentamos a etnografia das infâncias como possibilidade de contato e aceitação dos adultos nos grupos infantis para a compreensão das suas culturas de pares. Na terceira, levantamos algumas idéias acerca dos traços das culturas infantis como base teórica para a construção de outros modos de fazer pesquisa que articulem ciência e estética, razão e emoção, fantasia e realidade. CRIANÇAS -MÉTODOS DE
O trabalho apresenta uma pesquisa etnográfica conduzida na cidade de Porto Alegre, onde se buscou entender os processos de socialização escolar a partir dos depoimentos de oito crianças. O artigo explora três temas, sendo o primeiro a transição de série que implica dificuldades, prazeres e medos. O segundo se refere à idéia de "ter futuro" como conseqüência das aprendizagens na escola, assim apresentada explicitamente pelas crianças mais pobres. Por último, o contexto do recreio é focalizado para mostrar a complexidade das relações de amizade entre pares.
RESUMO -Infância e Cidade: Porto Alegre através das lentes das crianças 1 . O artigo analisa as visões das crianças sobre a cidade que habitam. A partir de uma perspectiva metodológica de inspiração etnográfica, o estudo acompanhou um grupo de nove crianças, de quatro a doze anos, moradoras de três diferentes bairros da cidade de Porto Alegre. O principal objetivo do trabalho é explorar como as crianças entendem suas vidas na cidade. As crianças foram convidadas a fotografar os lugares da cidade os quais consideravam importantes nas suas vidas, o que foi seguido de conversas gravadas e transcritas. A análise se concentra nos espaços delimitados pelas crianças nas fotografias, sejam eles criados por elas ou para elas. As crianças também apresentam suas opiniões, preocupações e medos, o que evidencia a necessidade de serem ouvidas e de participarem das discussões sobre a cidade em que vivem.Palavras-chave: Cidade. Etnografia. Fotografia. Infância.ABSTRACT -Childhood and the City: Porto Alegre through the lenses of children. The paper analyses how children view the city in which they live. An ethnographic methodology was used to follow a group of nine children, from 4 to 12 years of age, who live in different neighbourhoods of Porto Alegre (Brazil). The main aim of the paper is to investigate how the children understand their lives in that city. They were invited to photograph places they considered important in their daily routines.These photographs were the basis of talks about the city and their lives. The analysis focus on the spaces defined by the children through the photographs, such as the places created by them or for them. Also, they manifest their opinions, worries and fears, which shows how vital it is to listen to them, and to allow them a voice in the debate concerning the development of the city in which they live.
O estudo considerou como participantes seis crianças acolhidas institucionalmente em uma cidade da região metropolitana de São Paulo. Foram investigadas as perspectivas sobre a família de origem de crianças que mantêm vínculos com as mesmas. Uma abordagem de inspiração etnográfica foi utilizada em combinação com outros métodos, como fotografias e conversas subsequentes conduzidas com as crianças. A pesquisa mostra que crianças elaboram dinâmicas familiares alternativas, diferentes daquelas consideradas como padrão. As políticas sociais atuais nesta área têm falhado, sobretudo quando as famílias são consideradas culpadas pela situação de vulnerabilidade em que se encontram.
RESUMO -A Cidade como Espaço da Infância 1. Estudos recentes (Valentine, 1997;Mikkelsen;Christensen, 2009) têm sugerido que a experiência da infância contemporânea nos centros urbanos é cada vez mais vivida de forma fragmentada. Para investigar tal afirmativa, o presente artigo se propõe a conhecer as experiências urbanas de duas meninas e dois meninos, habitantes de Brasília, Distrito Federal. O estudo utilizou métodos visuais e considerou as crianças como principais informantes. Map-like model (Blaut et al., 2003) e a foto-elicitação (Clark-Ibáñez, 2004) foram considerados como instrumentos de geração de dados. A análise sugere que apesar das crianças serem dirigidas aos espaços especializados e privados, seu conhecimento da cidade não é limitado. Palavras-chave: Cidade. Infância. Educação Não-Formal. Métodos Visuais.ABSTRACT -The City as a Childhood Space. Recent studies (Valentine, 1997;Mikkelsen;Christensen, 2009) have suggested that the experience of contemporary childhood in urban centers is increasingly lived in a fragmented way. In order to investigate such claim, this article aims to know the urban experiences of two girls and two boys who live in Brasília, Federal District, Brazil. The study considered visual methods and the children were understood as key informants. Map-like model (Blaut et al., 2003) and photo-elicitation (Clark-Ibáñez, 2004) were considered as tools for data generation. The analysis suggests that although children are directed to specialized and private spaces, their knowledge of the city is not limited.
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