A Doença Renal Crônica (DRC) é uma deterioração progressiva e irreversível da função renal e sua evolução clínica é insidiosa e, por isso, identificar as pessoas susceptíveis a desenvolvê-la, ou em fases iniciais o mais precoce possível é essencial para abordagem preventiva e mitigação da evolução para a fase terminal. O objetivo desse trabalho foi analisar a assistência aos pacientes com DRC na atenção básica de saúde. A metodologia utilizada foi a revisão sistemática que seguiu o protocolo PRISMA para delineamento e realização do estudo. Os critérios de elegibilidade foram estudos observacionais, experimentais e literatura cinzenta que abordem a assistência a pacientes com DRC na atenção primária. Os critérios de exclusão foram estudos de opiniões de especialistas, cartas ao editor e artigos de revisão. As fontes de informação foram: bases de dados Pubmed, web of Science, Sciencedirect e BVS. A seleção dos artigos foi de forma independente com o auxílio do software Rayyan. Os descritores utilizados foram Renal Insufficiency, Chronic; Health Services Accessibility e Primary Health Care cadastrados no MeSH e DeCs. O resultado da busca foram 999 estudos e após os critérios de exclusão e elegibilidade a amostra final constituiu-se de 11 artigos. Todos os trabalhos elencados para esse estudo identificaram uma assistência fragilizada ao paciente renal crônico na atenção primária de saúde. Conclui-se que as pessoas com doença renal crônica em fase não dialítica não recebem assistência adequada nos serviços de atenção básica para preservação da saúde renal.
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Objetivo: Identificar proposta padrão ouro de prevenção e tratamento para o distúrbio mineral e ósseo em adultos e idosos com doença renal crônica não-dialítica. Métodos: revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados. Resultados: incluídos oito artigos: calcitriol ou colecalciferol, tendo calcitriol resultado melhor com correção da hipocalcemia, redução das fosfatases alcalinas séricas e do hormônio paratireóideo; alfacalcidol com controle da doença óssea em 42% dos pacientes; colecalciferol aumentou calcidiol sérico e diminuiu níveis séricos de paratormônio; colecalciferol por tempo prolongado com melhora na deficiência de vitamina D e diminuição dos níveis séricos de paratormônio; alendronato, não alterou a progressão da calcificação vascular; acetato de cálcio, carbonato de lantânio ou carbonato de sevelamer diminuíram o fósforo médio de urina e atenuaram a progressão do hiperparatireoidismo; calcitriol associado a intervenção dietética de cálcio, calcitriol isolado diminuiu os níveis PTHi em jejum e, quando combinado com cálcio na dieta, normalizou as respostas pós-prandiais de calcemia e paratireoide e carbonato de cálcio ou sevelamer associados a dieta restrita de fósforo. Sevelamer apresentou melhores resultados com redução significativa na mortalidade por todas as causas. Considerações finais: Não houve consenso entre os autores quanto à terapêutica padrão ouro para portadores de DMO-DRC em estágios precoces.
Objetivo: avaliar a associação entre Letramento Funcional em Saúde (LFS) e a capacidade de autocuidado de pacientes renais crônicos não dialíticos. Métodos: estudo transversal em ambulatório de nefrologia de município mineiro/Brasil. Incluídos adultos e idosos com Doença Renal Crônica (DRC) não dialítica. O LFS foi avaliado pelo instrumento SAHLPA-18 e o autocuidado com a escala ASAS-R, ambos validados na língua portuguesa. Resultados: dentre os 167 participantes, 53,9% tinham LFS inadequado (≤14 pontos). O autocuidado apresentou mediana de 52 pontos. A associação entre o LFS e o autocuidado foi significativa (p<0,001) e a correlação entre essas variáveis também foi significativa, positiva e direta (coeficiente= 0,722; p<0,001). No modelo final, a cada aumento de um ponto no LFS ocorreu aumento de 0,20 na capacidade do autocuidado, sendo o R2=41,9%. Conclusão: a pontuação do LFS impactou de forma significativa a capacidade de autocuidado dos pacientes com DRC não dialítica.
Introdução: A anemia falciforme (AF) é uma hemoglobinopatia hereditária que cursa com anemia hemolítica crônica e, frequentemente, provoca crises álgicas. Gestantes com AF podem apresentar complicações obstétricas e hematológicas, além de serem mais susceptíveis às infecções e alterações bucais. Objetivo: Relatar as alterações bucais e fatores associados em uma gestante com anemia falciforme. Métodos: A gestante foi convidada a participar do estudo durante o pré-natal na Unidade de Saúde de referência. Após seu devido consentimento, os dados foram coletados por meio de entrevista e avaliação clínica. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSJ pelo parecer número 3.614.386, CAEE 20648719.3.0000.5545. Resultados: A paciente teve o diagnóstico tardio de AF, aos 22 anos, durante a 23ª semana de sua primeira gestação. No entanto, a mesma não realizava acompanhamento e terapia específica e aderia ao tratamento medicamentoso apenas em crises e gestações. Possui histórico de desfechos gestacionais desfavoráveis: neomorto (primeira gestação) e gestação molar (terceira gestação). Além da AF, a gestante foi diagnosticada com sífilis nesta gestação e na anterior, e apresenta infecções de repetição do trato urinário. Ao exame clínico bucal, com 38 semanas e 3 dias de gestação, a paciente apresentava 28,1% (9) elementos dentários ausentes, 9,4% (3) elementos cariados, 62,5% (20) dentes com desgaste inciso-oclusal e 6,25% (2) elementos cariados com envolvimento pulpar e abscesso. A gestante ainda apresentava péssima higiene bucal, perda óssea generalizada, gengivite, periodontite, pigmentação e palidez da mucosa, queixa de dor difusa na cavidade bucal e articulação temporomandibular, além de parafunção noturna com excursionamento (bruxismo). A paciente foi encaminhada para tratamento odontológico nas Unidades de Saúde de referência. Discussão: A ocorrência de alterações bucais, em pacientes com AF, está intimamente ligada ao próprio mecanismo patogênico da hemoglobinopatia. No entanto, pode ser agravada pelo não estabelecimento da terapia profilática e até mesmo, por hábitos de higiene insuficientes. Neste contexto, o diagnóstico tardio desta paciente pode ter contribuído para a orientação insuficiente da mesma e não adesão ao tratamento, que poderiam ter evitado ou atenuado, o surgimento de complicações bucais e o sofrimento da mesma. Conclusão: Devido ao impacto da AF sobre a saúde bucal dos pacientes, o atendimento multidisciplinar aos mesmos deve ser incentivado, com o foco principal na prevenção das alterações. No entanto, os estudos acerca da abordagem odontológica destes pacientes ainda são escassos, principalmente em relação ao período gestacional
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