ROBERTO NARDImática; 5) Linguagem, discurso e ensino de Ciências; 6) Ciência, tecnologia, ambiente e desenvolvimento humano.Este livro apresenta, no conjunto de seus capítulos, uma parte das recentes produções do Programa, já aprovadas em bancas examinadoras, tendo como pano de fundo a questão da formação de professores.No primeiro capítulo, intitulado "Investigação temática na formação de professores de Física e no ensino de Física", os autores apresentam e discutem uma análise do processo e das estratégias de codifi cação e decodifi cação que adotam na investigação temática para a obtenção de redes conceituais prévias em Física. Diante dos dados obtidos, buscam a reconstrução racional da história da própria prática e constatam a relevância da investigação temática para inserção da problematização das implicações da relação Ciên-cia, Tecnologia, Sociedade e Ambiente (CTSA).No capítulo que segue, os autores de "As atividades de campo no ensino de Ciências: refl exões a partir das perspectivas de um grupo de professores" discutem sobre o papel das atividades de campo como estratégia no ensino das Ciências, mais especifi camente na Educação Ambiental, em investigação que fi zeram com um grupo de professores em uma atividade de campo promovida pelo Centro de Divulgação Científi ca e Cultural da Universidade de São Paulo (CDCC/USP)."Formação inicial de professores de Química: formação específi ca e pedagógica" é o título do próximo capítulo, no qual os autores abordam a formação pedagógica e específi ca de licenciandos em Química com base em dados e refl exões referentes a um estudo realizado, por meio do qual foi possível identifi car problemas em relação à formação inicial dos professores.Embasados por teorias sociomorais, os autores de "Ensino de Ciências e Educação Moral: implicações mútuas" argumentam em prol das possibilidades de subsídios mútuos entre o ensino de Ciências e a Educação Moral. Defendem no texto que o ensino de Ciências crítico e desmistifi cado potencializa o desenvolvimento moral, assim como os princípios teóricos do desenvolvimento também são subsídios para o ensino de Ciências na perspectiva da desmistifi cação da visão de ciência e construção crítica do conhecimento.Em "Um estudo exploratório sobre o ensino de Astronomia na formação continuada de professores", relata-se um estudo sobre a formação continuada de professores da Educação Básica, que visou o desenvolvimento profi ssional quanto à prática de ensino de conteúdos relacionados à Astronomia. ENSINO DE CIÊNCIAS E MATEMÁTICA I 9 No capítulo seguinte, intitulado "Análise de práticas pedagógicas realizadas em atividades de formação continuada de professores: a aproximação da História e Filosofi a da Ciência no ensino de Física", os autores uti li zam-se de um curso que realizam para analisar o desenvolvimento de atividades de formação continuada com docentes de Física, buscando-se aproximar a História e Filosofi a da Ciência do ensino.Ensino de Física para alunos com defi ciência visual é o tema do artigo "Inclusão no ensino de Físi...
RESUMOAs relações entre linguagem e ensino de Ciências têm sido objeto de várias pesquisas nos últimos anos no Brasil, tendo se constituído numa promissora linha de pesquisa na área de Educação em Ciências. No caso específi co da pesquisa em Ensino de Física, muitos dos pesquisadores têm mostrado interesse no levantamento de fenômenos físicos que podem ser expressamente comparados através do uso das analogias e metáforas. Entretanto, os estudos sobre as condições de produção das analogias e/ou metáforas pelo professor ou pelo aluno são ainda pouco estudados. Com esta pesquisa procura-se avançar nos estudos nessa linha, ao investigar: Como as analogias e metáforas são elaboradas e utilizadas pelo professor nas aulas de Física? Para responder a esta questão observou-se durante um semestre letivo as aulas de uma disciplina de Física Geral de um Curso de Licenciatura em Física de uma Universidade Pública do Estado de São Paulo, Brasil. Os resultados indicam que as analogias elaboradas e utilizadas pelo professor referiam-se ao universo sócio-relacional experimentado por ele, além de serem utilizadas de forma não programada, ou seja, espontaneamente, o que do ponto de vista dos alunos difi cultava o entendimento do conceito.Palavras-chave: Analogias, Metáforas, Ensino de Física.
O que revelou o processo de organização, por professores e membros da gestão escolar, de um laboratório de Ciências uma escolatécnica? Que possibilidades e desafios se mostraram aos participantes diante da busca por promover atividades experimentais aalunos do ensino médio de uma escola em que os laboratórios já existentes são de natureza técnica? De natureza qualitativa, apesquisa foi realizada em uma das escolas técnica do estado de São Paulo, Brasil, e contou com a participação de professores quelecionavam as disciplinas de Física, Biologia, Química, Matemática, professor coordenador pedagógico e o diretor da escola. Pormeio de questionário, gravação em áudio e documentos, a pesquisa revelou que ainda é necessário enfrentar o desafio de superara necessidade de um espaço físico para a realização das atividades experimentais; que estas continuam assumindo uma funçãomotivadora para as aulas e que estas concepções estão fortemente relacionadas a formação do professor e sua experiência; quehá possibilidades para o desenvolvimento de atividades experimentais de Ciências em escolas técnicas a partir da integração donúcleo gestor, pedagógico e docente, independente do apoio de políticas educacionais e sistemas de ensino.
Com o objetivo de investigar os discursos sobre aula de Física de alunos do Ensino Médio de uma escola estadual paulista, foram organizados grupos focais com alunos voluntários de primeira e de terceira séries daquela mesma escola. O registro de dados ocorreu por meio de gravações de áudio que foram transcritas para a análise guiada por noções da teoria de Análise de Discurso francesa apresentada por Orlandi. A interpretação dos dados propiciou diferentes olhares sobre os discursos a respeito das aulas de Física dos estudantes que participaram da pesquisa e sua relação com a metodologia de aula. A análise apontou discursos que suscitam sentidos de aulas de Física que se filiam a metodologias que priorizam o acúmulo e a memorização de conteúdo, equações e exercícios quantitativos. São aulas nas quais não há o estímulo ao questionamento e a Física é entendida como uma verdade irrefutável. Nessas condições, o agente principal das aulas é o professor e as subjetividades dos alunos são desprestigiadas, bem como o caráter social, histórico, político e cultural da própria Física. Por outro lado, evidenciam-se discursos de alunos que vivenciam aulas de Física nas quais os professores empregam metodologias que propiciam uma participação mais ativa dos alunos fazendo com que demonstrem maior interesse por essa disciplina.
Nesta pesquisa, foi realizada uma análise de arquivo, tendo como objeto o Projeto Pedagógico do Curso (PPC) de um curso de licenciatura em ciências da natureza. A partir do referencial teórico da Educação Libertadora freireana, bem como outros referenciais críticos, e do referencial teórico-metodológico da Análise de Discurso franco-brasileira, buscou-se observar as condições de produção do discurso materializado no PPC. Por meio da análise, considerou-se que de seu interdiscurso são emergidos elementos como: articulação entre teoria e prática na formação docente; articulação entre ensino, pesquisa e extensão universitária; aproximação entre Universidade e Escola; pedagogia das competências. Por outro lado, alguns silenciamentos foram notados: filiações teóricas; jargões e lugares-comuns; discurso de equidade. Assim, concluiu-se que as perspectivas crítico-transformadoras não podem nem devem aparecer de maneira velada ou implícita num documento desta natureza. Em contrapartida, nesse movimento, é possível considerar o silêncio e a inconclusão presentes no discurso materializado no PPC justamente como pontos de deriva, de transformação e superação da lógica hegemônica.
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