RESUMONo presente artigo, temos como principal objetivo identificar e descrever o entendimento do Referencial Curricular Nacional para Escolas Indígenas (RCNEI) sobre os conhecimentos e saberes matemáticos, sob a perspectiva da interculturalidade no contexto da educação escolar indígena. Do ponto de vista teórico, este trabalho apoiase nas propostas preconizadas pelo interculturalismo, como um corpo teórico que permite o reconhecimento da existência de sistemas de saberes plurais e da etnomatemática que, na condição de programa de pesquisa, aponta como múltiplos os lugares dos quais emergem os saberes matemáticos. O RCNEI, publicado em 1998, é a fonte para as nossas análises, devido a sua importância e por abordar o tipo de matemática que se deve desenvolver nas escolas indígenas. O método utilizado é o da análise de conteúdo, e os dados coletados foram obtidos com base em sistemáticas leituras deste documento. A análise dos resultados permite perceber que a matemática tem lugar de destaque no RCNEI. Contudo, o significado apresentado não possui o sentido de promoção social e enriquecimento mútuo dos envolvidos na interação intercultural.
Esse artigo compara a trajetória de forças políticas de esquerda que chegaram ao poder na América Latina Contemporânea. Num período de crise de paradigmas para as esquerdas e de hegemonia neoliberal, essas forças conseguiram colocar-se como alternativas de governo, aonde chegaram por meios democráticos. Tal ascensão, por sua relativa sincronia e delimitação regional, constitui um processo que pode ser compreendido em conjunto. O objetivo do artigo, partindo da análise de fatores como estrutura organizativa, ideologia, relação com a democracia e com o neoliberalismo, é discutir a viabilidade de tipologias que começam a ganhar espaço na literatura especializada. Sobretudo as que defendem a existência dicotômica de “duas esquerdas”, uma “democrática” e outra “populista” ou “autoritária”.
E ste artigo compara as instituições participativas (doravante IPs) desenvolvidas pelos dois governos nacionais que são, provavelmente, os mais paradigmáticos na recente onda de governos de esquerda na América Latina: Brasil e Venezuela. Nessa análise serão destacadas as diferenças entre elas. Será apontado que esses governos encontraram distintas heranças e estruturas e receberam heranças institucionais diversas com as quais devem lidar. Esses fatores, em certa medida, delimitaram suas possibilidades. Podem-se apontar também diferenças nas propostas de aprofundamento democrático defendidas por esses governos (o que fica evidente especialmente quanto ao peso que se espera dar à participação em relação à representação). Como se verá, distintas instituições derivam dessa ampla gama de diferenças.As esquerdas latino-americanas contemporâneas vêm sendo convencionalmente tratadas pela literatura como dois grupos polarizados, que muitas vezes são classificados simplificadamente a partir das oposições "autoritários/democráticos", "populistas/social-democratas", "radicais/moderados". Esse estudo comparativo se justifica de forma exatamente a cotejar casos que, segundo a literatura, são marcadamente distintos. Procura em princípio buscar características de cada um http://dx
Esse artigo analisa a crise e divisão do Partido Comunista Brasileiro (PCB), processo que teve seus acontecimentos decisivos entre 1979 e 1992. Enquanto suas propostas para a redemocratização brasileira em boa parte foram vitoriosas (superação processual e pacífica da ditadura através da formação de uma ampla frente democrática intraclassista), o PCB encontrou sua maior crise. palavras-chaves Partido Comunista Brasileiro • socialismo • redemocratização brasileira.
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