insuficiência cardíaca, na qual a HAS precedeu a instalação do quadro em 91% destes pacientes 7 . O manuseio clínico e terapêutico da HA inclui, além das medidas farmacológicas, também as não farmacológicas como a restrição salina orientada (<6g de NaCl/dia), do fumo, combate ao estresse, perda de peso e do sedentarismo, este último obtido pela prática regular de exercício físico. Sabemos que muitas vezes é mais fácil introduzir um conceito novo do que combater um antigo; por esta razão cabe ao médico o incentivo para a prática da atividade física, pois não sabendo fazê-lo, por certo poderá não obter a aderência do paciente e perder assim um meio para auxiliá-lo. O papel do exercício regular tem sido apontado como benéfico para o controle da HA 9,10 16 . O treinamento físico, como o endurance, tem demonstrado moderada redução na pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD) em cerca de 10mmHg 17 . As respostas aos ajustes cardiocirculatórios são diferentes entre os normotensos e hipertensos durante a prática de exercício. Assim, a PAS aumenta no normotenso, porém mais intensamente no hipertenso; a resistência vascular periférica não se altera no normotenso ou até diminui, porém aumenta no hipertenso; a freqüência cardíaca (FC) tem aumento maior nos hipertensos em exercícios submáximos, enquanto o volume sistólico (VS) aumenta mais intensamente no normotenso; a diferença arteriovenosa de O 2 tem aumento maior no hipertenso. Essas diferenças devem serem lembradas para orientação à prática de exercício ao hipertenso.Os reais mecanismos da redução da PA pelo exercício ainda não estão totalmente esclarecidos. Não parece que esta redução seja somente devida a ações indiretas do exercício como redução do peso, diminuição do estresse, do perfil li- 3 . Para o correto diagnóstico da HA é sempre importante obedecer à metodologia propedêutica adequada, pois o esfigmomanômetro não aferido, bem como as condições de ansiedade dos pacientes e/ou uso de drogas que podem alterar suas medidas, devem sempre ser observados 4 . Esta falta de uma metodologia correta pode ser responsável por resultados conflitantes na literatura quanto aos efeitos benéficos do exercí-cio. Nos jovens o registro de HA sistólica (HAS) elevada poderá indicar estado hiperdinâmico, ocorrendo posterior normalidade. São necessárias aferições em duas ou três situações ou dias diferentes. O Segundo Consenso Brasileiro para o Tratamento da Hipertensão Arterial Sistêmica determina como hipertensos em adultos valores acima de 160mmHg e de 90mmHg, respectivamente para sistólica e diastólica, após seguidas as recomendações acima referidas 8 . A incidência de DCV prematura e de morte aumenta pronunciadamente na vigência de níveis pressóricos sistólicos e diastólicos de repouso aumentados 5 . Portanto, intervenções farmocológicas ou não devem ser empregadas no manuseio clínico e terapêutico da HA com o obejetivo de diminuir a morbimortalidade inerente a esta patologia. O Programa Nacional de Controle da Hipertensão Arterial mostrou diminuição desta morbimortalid...