Neste trabalho buscamos identificar as contribuições das atividades experimentais investigativas para o desenvolvimento da habilidade científica de projetar um experimento para testar uma hipótese durante a formação inicial de discentes de Licenciatura em Física e em Química. Realizamos uma pesquisa qualitativa com 20 participantes de cursos de uma Universidade Federal no Norte do Brasil. Por intermédio de uma oficina com experimentação investigativa no laboratório, os discentes elaboraram suas hipóteses e realizaram os experimentos para testá-las. Os dados foram coletados por meio de atividades escritas realizadas e entrevistas, as quais foram analisadas, respectivamente, por rubricas e pela Análise Textual Discursiva. Constatamos que as atividades experimentais investigativas são uma alternativa promissora para desenvolver a habilidade de elaborar hipótese, porém a pesquisa mostra que essa habilidade necessita ser trabalhada em atividades com maior tempo de duração.
O Projeto Pensar é uma Ação de Extensão que buscou colocar alunos do 1º ano do Ensino Médio como protagonistas na execução de atividades experimentais investigativas. A metodologia investigativa é uma proposta em que os alunos são desafiados a resolver problemas científicos, com finalidade educativa; para isso, os estudantes devem construir hipóteses e testá-las experimentalmente. Os aspectos mais importantes, são as várias etapas de discussões: o aluno, tanto individualmente como em grupo, deverá defender sua hipótese ou decidir em grupo quais caminhos metodológicos tomar e quais os resultados mais adequados. Assim, foram realizados dois encontros, 5 atividades experimentais e as respectivas discussões em uma escola pública, valorizando as ideias dos alunos, incentivando a autonomia e colocando o “erro” e a discussão com os pares no centro da atividade científica. Almejou-se e observou-se não apenas uma aprendizagem dos conteúdos científicos, mas também uma ressignificação das concepções sobre o trabalho científico, tornando evidente que a principal ação de qualquer cientista é Pensar.
Este estudo investiga dois termos amplamente utilizados “cientista” e “pesquisador”, a partir da visão de 365 profissionais da química. Nesta pesquisa qualitativa de cunho exploratório busca-se compreender, por meio da Análise de Conteúdo, como esses profissionais da Ciência se reconhecem e quais perspectivas puderam ser detectadas relativas aos termos, na busca de superar visões equivocadas do senso comum. Nos resultados, pode ser visto que 33% dos entrevistados se intitulam pesquisadores e 13% cientistas. Apenas 19 dos entrevistados se intitulam como ambos os termos, e 16 falas indicam que pesquisador é inferior a um cientista. No geral, percebemos a inexistência de discussões sobre a Ciência. Com isso, espera-se que possamos contribuir para a reflexão de uma visão não deformada de cientista/pesquisador.
Esta pesquisa objetivou-se promover a Alfabetização Científica (AC) a partir de atividades investigativas sobre Reações Químicas para estudantes do Ensino Médio na disciplina de Química, possibilitando a verificação de como a SEI atingirá os alunos durante o processo de aprendizagem. Logo, proporcionando a argumentação dos conceitos químicos, assim podendo identificar e analisar as argumentações científicas dos estudantes através da SEI e as relacionar a AC. Uma sequência didática que aborda a metodologia investigativa almeja que o aluno seja o centro do processo de aprendizagem, assim desenvolvendo um ser mais crítico que possa questionar e refletir diante a determinadas situações, identificando fatos e não somente os aceitando. A partir dessas habilidades desenvolvidas obtêm-se os argumentos, eles irão apresentar como o sujeito pensa sobre o fato proposto, quais suas ideias e soluções sobre essa situação. Mediante a isto, houve a aplicação de uma SEI para 12 alunos, que se deu em uma oficina composta por 5 encontros constituídos por duas investigações com o objetivo de identificar o desenvolvimento da argumentação dos educandos. Logo, usou-se de gravações e entrevistas como instrumentos de coleta para posteriormente ser realizada uma Análise de Conteúdo. Os argumentos coletados possuem características que partem de componentes presentes em uma ou mais categorias, como, por exemplo a categoria “Dedução”. Assim, essa análise possibilitou a compreensão da construção dos argumentos e a identificação dos indicadores de AC. Portanto, os resultados expõem como uma SEI pode influenciar nas argumentações dos educandos e colaborar para a AC, alcançando então objetivos da Educação Básica.
Fundamentado no referencial teórico de Gaston Bachelard, com recorte em suas ideias sobre o erro e o espírito científico, o presente artigo visa analisar de que forma a ABP contribui para o desenvolvimento do espírito científico na formação inicial de professores de Ciências Naturais, a partir do papel do erro no processo. O estudo utiliza a abordagem metodológica qualitativa do tipo exploratória, através da observação participante. Foi realizado em uma turma do curso de Ciências Naturais de uma Universidade Pública Federal localizada na região Norte, durante uma disciplina do curso. Para a análise das respostas obtidas por entrevistas e grupo focal, foi utilizada a Análise Textual Discursiva. Foi evidenciado que o desenvolvimento da questão problema do projeto mostrou-se como característica definidora da ABP que incita o desenvolvimento do espírito científico. No entanto, o resultado central evidenciado foi o medo de errar, exposto por, aproximadamente, 40% dos discentes, o que enveredou para a discussão de como este medo pode comprometer o desenvolvimento do espírito científico na ABP. Em última análise, a ABP mostrou-se como “experiência exigente” no viés de Bachelard. Desta maneira, a metodologia promoveu ponderações sobre como futuros professores concebem o erro e como este orienta suas ações, convergindo em discussões sobre o processo de desenvolvimento do espírito científico.
O presente estudo trabalhou com a seguinte questão de pesquisa: “quais são as dificuldades apresentadas pelos discentes durante o processo de desenvolvimento e execução de projetos em campo a partir da Aprendizagem Baseada em Projetos?”. O objetivo foi analisar o processo de criação e execução dos projetos (ABP) desenvolvidos pelos discentes de um curso de formação de professores de Ciências Naturais da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), ao longo de uma disciplina de prática de ensino em Ciências pautada na realização de projetos e execução em campo. O estudo foi desenvolvido a partir da abordagem metodológica qualitativa do tipo exploratória por meio da observação participante. Para a investigação das respostas obtidas, foi utilizada a Análise Textual Discursiva (ATD). Assim, tratamos sobre a ABP, metodologia ativa, como estratégia norteadora de reflexão na formação inicial do professor. As dificuldades e facilidades durante a experiência com a utilização da ABP foram evidenciadas. E o resultado central foi a dificuldade de fazer questão problema. As fases de desenvolvimento da metodologia e análise dos resultados foram colocadas pelos discentes com as mais fáceis de se desenvolver. A título de conclusão, pode-se observar a importância da presente pesquisa como instrumento pedagógico de reflexão para utilização da ABP na formação inicial de professores de Ciências.
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