Objective To evaluate the evolution in smoking indicators in the adult Brazilian population between 1989 and 2003. Methods We compared age-adjusted prevalence ratios and means for smoking indicators, stratified by age, sex and sociodemographic variables, obtained from two comparable household surveys that used probabilistic sampling of the Brazilian population aged > 18 years (n = 34 808 in 1989 and n = 5000 in 2003). Findings Between 1989 and 2003, there was a substantial decrease in the prevalence of smoking (from 34.8% to 22.4%; ageadjusted prevalence ratio, 0.65; 95% confidence interval, CI, 0.60-0.70) and a modest reduction in the mean number of cigarettes smoked per day (from 13.3 to 11.6; age-adjusted difference, -1.8; 95% CI, -2.6 --1.0). Reductions in the prevalence and intensity of smoking were greater among males, younger age groups and higher socioeconomic strata. Conclusion The prevalence of smoking in the adult Brazilian population declined by 35% between 1989 and 2003, or an average of 2.5% per year. This exceptional reduction surpasses those seen in other countries that implemented wide-ranging and rigorous policies for controlling smoking during the same period. The more intense decline in smoking in younger age groups was consistent with the concentration of efforts of the Brazilian tobacco control programme to prevent the onset of smoking among youths and the total prohibition of cigarette advertising. We recommend the intensification of programme initiatives targeting women and less economically favoured population strata.
OBJETIVO: Descrever métodos e resultados iniciais do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas não Transmissíveis por Inquérito Telefônico - VIGITEL implantado no Brasil em 2006. MÉTODOS: O VIGITEL estudou amostras probabilísticas da população com 18 ou mais anos de idade residente em domicílios conectados à rede de telefonia fixa de cada uma das capitais dos 26 Estados brasileiros e do Distrito Federal (54.369 indivíduos no total, sendo pelo menos 2.000 por cidade). A amostragem foi realizada a partir de cadastros eletrônicos completos das linhas residenciais fixas de cada cidade, envolvendo sorteio de linhas (domicílios) e sorteio de um morador por linha para ser entrevistado. O questionário aplicado investigou características demográficas e socioeconômicas, padrão de alimentação e de atividade física, consumo de cigarros e de bebidas alcoólicas, e peso e altura recordados, entre outros quesitos. Estimativas sobre a freqüência de fatores de risco selecionados, estratificadas por sexo e acompanhadas de Intervalo de Confiança de 95%, foram calculadas para a população adulta de cada cidade empregando-se fatores de ponderação que igualam a composição sociodemográfica da amostra em cada cidade àquela observada no Censo Demográfico de 2000. Estimativas para o conjunto das cidades empregam fator de ponderação adicional que leva em conta a população de adultos de cada cidade. RESULTADOS: Os cinco fatores de risco selecionados (tabagismo, consumo abusivo de bebidas alcoólicas, excesso de peso, consumo de carnes com excesso de gordura e sedentarismo) tenderam a ser mais freqüentes em homens do que em mulheres. Dentre os fatores de proteção, o consumo regular de frutas e hortaliças foi mais freqüente em mulheres do que em homens, observando-se situação inversa no caso da atividade física de lazer. Diferenças substanciais na freqüência dos fatores de risco e proteção foram observadas entre as cidades, com padrões de distribuição regional diferenciados por fator. DISCUSSÃO: O desempenho do sistema, avaliado a partir da qualidade dos cadastros telefônicos e de taxas de resposta e de recusas, mostrou-se adequado e, de modo geral, superior ao encontrado em sistemas equivalentes existentes em países desenvolvidos. O custo do sistema de R$ 31,15 por entrevista realizada, foi a metade do custo observado no sistema americano de vigilância de fatores de risco para doenças crônicas por inquérito telefônico e um quinto do custo estimado em inquérito domiciliar tradicional realizado recentemente no Brasil.
Regional, sex and level of education inequalities were observed in the prevalence of poor self-rated health. In addition, its association with unhealthy behavior and comorbidities emphasize the need for strategies to promote healthy habits and those to control chronic diseases.
ObjectiveTo describe methods and initial findings of a surveillance system of risk factors for chronic non-communicable diseases (CNCDs) based on telephone interviews. Methods Interviews undertaken in a random sample of the adult population of the Municipality of São Paulo living in households with telephone. Sampling was done in two steps and included the random selection of households and the random selection of the household member to be interviewed. The system's questionnaire investigated demographic and socioeconomic characteristics, food consumption and physical activity patterns, smoking, consumption of alcoholic beverages, recalled weight and height and reported medical diagnoses of hypertension and diabetes, among other topics. Prevalence estimates of selected risk factors for CNCDs were calculated for the adult population with telephone and for the city's entire adult population. In this last case, we applied sample weighting factors that took into account demographic and socioeconomic differences between the adult population with telephone and the entire adult population of the municipality. Results Strong differences between sexes were found for most risk factors: low consumption of fruit and vegetables, high consumption of alcohol and overweight were more frequent among men while sedentary lifestyle and hypertension were more frequent among women. Additional possibilities of stratification of risk factor prevalences allowed by the surveillance system are illustrated using age groups, schooling, and place of residence in the city. Conclusions System performance was considered as good and was better than the performance observed in similar systems operating in developed countries when evaluated with basis on the representativeness and reliability of the estimates and on costs. The cost per concluded interview was eight times lower than the cost usually seen in similar systems in developed countries and four to eight times lower than the cost of traditional household surveys undertaken in the city of Sao Paulo.
OBJETIVO: Estimar a prevalência da prática de atividades físicas por adultos e sua associação com fatores sociodemográficos e ambientais. MÉTODOS: Foram utilizados dados do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico coletados em 2006. Os 54.369 adultos entrevistados residiam em domicílios com linha telefônica fixa nas capitais brasileiras e Distrito Federal. A prática de atividades físicas foi considerada nos domínios do lazer, trabalho, atividade doméstica e deslocamento. As variáveis estudadas incluíram características sociodemográficas dos indivíduos e ambientais das cidades; a associação com as atividades físicas foi analisada segundo sexo. RESULTADOS: As proporções de indivíduos ativos foram de 14,8% no lazer, 38,2% no trabalho, 11,7% no deslocamento e 48,5% nas atividades domésticas. Índices superiores a 60% de inativos no lazer foram observados em dez capitais. Os homens foram mais ativos que as mulheres em todos os domínios, exceto nas atividades domésticas. A proporção de indivíduos ativos decresceu com o aumento da idade. A escolaridade associou-se diretamente com a atividade física no lazer. Os homens ativos no deslocamento tiveram maior chance de ser ativos no lazer, enquanto que as pessoas inativas no trabalho tiveram maior chance de serem ativas no lazer. A existência de local para praticar atividades físicas próximo à residência associou-se à atividade física no lazer. CONCLUSÕES: Os resultados obtidos são importantes para o monitoramento dos níveis de atividades físicas no Brasil. Para a promoção das atividades físicas, deve-se considerar as diferenças entre homens e mulheres, as diferenças nas faixas etárias e nos níveis de escolaridade. Deve-se investir principalmente na promoção das atividades físicas no lazer e como forma de deslocamento e em locais adequados para a prática próximos às residências.
O estudo descreve as características do padrão de atividade física da população adulta das capitais de Estados brasileiros e do Distrito Federal em 2006. Os dados foram coletados pelo sistema de vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico (Vigitel) em uma amostra probabilística da população com 18 ou mais anos de idade (n=54.369). Foram analisados dois indicadores: ativo no lazer; e sedentário. Os indivíduos ativos no lazer foram 14,9%, a maioria homens. A caminhada é a modalidade mais comum, para ambos os sexos. A freqüência de ativos no lazer aumenta com a escolaridade e diminui com a idade. O sedentarismo já atingiu 29,2% da população adulta, com maior freqüência no sexo masculino, e aumenta com a idade e com a escolaridade. O perfil de atividade física é insatisfatório em todas as cidades, o que determina a necessidade de mais esforços no estímulo à prática da atividade física.Palavras-chave: atividade motora; atividades no lazer; doenças crônicas não transmissíveis; inquérito em saúde; entrevistas telefônicas; sedentarismo; população urbana; Brasil.
OBJECTIVE:To estimate the prevalence of overweight and obesity and factors associated. METHODS:The study analyzed data referring to individuals aged 18 years or older interviewed through the system Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL -Telephone-based surveillance of risk and protective factors for chronic diseases), carried out in the Brazilian capitals and Federal District in 2006. For 49,395 individuals, the body mass index (BMI) was used to identify overweight (BMI ≥ 25 kg/ m 2 ) and obesity (BMI ≥30 kg/m 2 ). Prevalence and prevalence ratios were presented according to sociodemographic variables, level of schooling, health condition/comorbidities, and self-evaluation of health, stratifi ed by sex. Poisson regression was employed for crude and age-adjusted analyses. RESULTS:The prevalence of overweight was of 47% for men and 39% for women, obesity was around 11% for both sexes. Direct association was observed between overweight and level of schooling among men and inverse association among women. Obesity was more frequent among men living with a partner and was associated neither with level of schooling nor skin color. The prevalence of overweight and obesity was higher among black women and women who lived with a partner. The presence of diabetes, systemic arterial hypertension and dyslipidemias, as well as the subject perceiving his/her health as regular or poor, were also reported by the interviewees with overweight or obesity. CONCLUSIONS:While approximately one out of every two interviewees was classifi ed as being overweight, obesity was reported by one out of every ten interviewed subjects. Socioeconomic and demographic variables, as well as reported morbidities, were associated with overweight and obesity. These results were similar to the ones found in other Brazilian studies.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
334 Leonard St
Brooklyn, NY 11211
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.