Este artigo traz resultados de uma pesquisa que objetivou investigar o percurso de um licenciando nos estágios supervisionados, buscando compreender como o processo de orientação, fundamentado nas pesquisas da área, pôde contribuir para a reelaboração de suas ideias iniciais acerca dos saberes e da prática docente. O percurso metodológico pautou-se na análise das entrevistas realizadas ao longo do desenvolvimento de duas disciplinas de estágio, ofertadas em um curso de Licenciatura em Química. As considerações advindas deste movimento investigativo apontam que, inicialmente, o licenciando prioriza os saberes pedagógicos, referindo-se às diferentes formas de trabalhar o conteúdo, porém ainda não apresenta preocupações relacionadas à integração entre os saberes docentes. No decorrer das atividades, entretanto, reelabora suas ideias, demandando atenção aos outros saberes-disciplinar, curricular, experiencial-e à articulação entre eles, a fim de contemplar um planejamento e o desenvolvimento de uma prática fundamentada e que atendesse às especificidades do ambiente escolar.
Neste artigo apresentamos os resultados de uma pesquisa que procurou analisar a perspectiva de ensino e aprendizado do licenciando em Química e os efeitos da intervenção do professor formador nas ações do futuro professor em aulas simuladas. Para o levantamento dos dados, todas as atividades realizadas pelo licenciando, provenientes das regências em sala de aula, mediante situações de microensino seguidas de análise a posteriori, foram gravadas, sendo o procedimento denominado de autoscopia. Organizamos as transcrições das aulas e as interpretamos, segundo os procedimentos da Análise Textual Discursiva, assumindo, para a identificação das ações, um conjunto de categorias a priori e um conjunto de subcategorias emergentes. Esse movimento permitiu identificarmos alterações nas ações, observando variações da quantidade de ações relacionadas a cada uma das subcategorias, o que nos leva a defender a relevância da realização dos procedimentos de autoscopia e microensino como possibilidade de alterações/mudanças na perspectiva de ensino e nas ações do licenciando.
RESUMO: O foco central desta investigação está em discutir as potencialidades e contribuições de um instrumento de coleta de dados denominado “memórias”, considerando sua capacidade de apoiar a construção de um esboço do perfil de um grupo PIBID. Os resultados apontam que o grupo se preocupa com uma formação fundamentada em referenciais teóricos da área, visando estabelecer um espaço de pesquisa que integre escola e universidade, além de incentivar a participação dos estudantes em eventos científicos. A utilização das memórias possibilitou também identificar a frequência de participação dos sujeitos nas discussões, a fim de realizar reconduções nas atividades. Destaca-se ainda a possibilidade de estender essas reflexões a outros grupos de estudo e pesquisa, com o propósito de expor potencialidades e limites do grupo.
Neste trabalho foram analisados artigos publicados nos anais do Encontro Nacional de Ensino de Química -ENEQ e Encontro Nacional em Pesquisa em Educação em Ciências -ENPEC, que abordam as contribuições do PIBID na formação de professores de química e/ou Ciências, com base em experiências de egressos do programa. Os artigos foram analisados a partir de 2009, ano em que o programa foi implementado. Os métodos de análise seguiram as características de pesquisas de levantamento bibliográfico. Os resultados dessa pesquisa indicam que os egressos do programa têm optado pela pós-graduação, um pequeno índice de atuação na Educação Básica e o favorecimento da aprendizagem da profissão decorrente das atividades desenvolvidas e do convívio com a comunidade escolar.
O conceito contextualização apresenta diferentes significados, o que, por sua vez, reforça concepções equivocadas do conceito e de sua apropriação em sala de aula. Nesse contexto, o artigo tem como objetivo levantar e discutir as concepções de contextualização dos licenciandos de um curso de Licenciatura em Química. Nosso percurso metodológico recai na análise das respostas de um questionário proposto para 16 licenciandos de diferentes períodos do curso. Como resultado, evidenciou-se que, independentemente da etapa do curso em que o futuro professor se encontra, a concepção de contextualização contempla ideias relacionadas à exemplificação de conceitos e ao estabelecimento de relações com o cotidiano. Ao buscar um perfil dos estudantes ao longo do curso, percebemos que essa confusão persiste, reforçando a necessidade de que os cursos de formação de professores promovam ambientes de discussão e aplicação da contextualização em atividades didáticas que permitam a reelaboração conceitual desse importante princípio educacional.
O presente trabalho versa sobre a produção bibliográfica acerca do tema Tecnologia da Informação e Comunicação (tic) e Formação Continuada, presente em onze periódicos nacionais da área da Educação. Conscientes dos esforços do Estado para inserir as chamadas tics na realidade escolar, por meio de programas e políticas educacionais, essa pesquisa busca avaliar a produção acadêmica sobre o assunto, na tentativa de refletir como essa temática está sendo debatida no interior das universidades e dos grupos de pesquisa. Selecionaram-se onze publicações vinculadas a distintas universidades no período de 1991 a 2013, a fim de reunir artigos que apresentassem experiências e iniciativas que coadunassem a formação continuada de professores com o uso de tecnologias direcionadas às práticas de ensino e aprendizagem. Observamos que parte do corpus analisado incide na teorização do uso das tecnologias sem interface com o cotidiano escolar, sendo assim, constata-se a carência de estudos e investigações acerca do uso das tics na formação continuada.
O presente artigo propõe analisar uma etapa específica da formação inicial, os estágios de observação, buscando caracterizar os elementos de ensino, aprendizagem e avaliação apresentados pelos licenciandos ao longo do desenvolvimento das atividades propostas e evidenciar a compreensão e as dificuldades dos futuros professores ao buscarem resolver os problemas propostos. Com essa finalidade, foram analisados os relatórios de estágio de observação de 11 licenciandos em Química. Como resultado, evidenciamos que, ao articular os elementos de observação, focados nas interações entre professores e alunos e na maneira como os professores organizam os processos de ensino e aprendizagem e a avaliação, os licenciandos passam a refletir sobre aspectos importantes da prática docente, evidenciando as problemáticas e potencialidades relacionadas aos modelos de ensino adotados pelos professores e, nesse contexto, reforçamos a importância dos estágios na formação, desde que sejam pensados como espaços coletivos de reflexão sobre os desafios da docência e sobre o papel social da escola e dos professores.
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