O presente artigo tem o objetivo de contribuir com os Estudos da Tradução na área da tradução de ficção científica no Brasil. O que se propõe apresentar são as particularidades do gênero no que diz respeito à construção de um mundo novo e o estabelecimento de algum tipo de mediação de linguagem com efeitos de discutir relações entre língua e sociedade. Utilizando-se dos conceitos de singularização (foregrounding) (LEECH, 1969), da estilística (MANDALA, 2010), e da tematização afetiva (STOCKWELL, 2000), vamos demonstrar como o romance Woman on the Edge of Time, de Marge Piercy, cria algumas variantes do inglês padrão contemporâneo, em diversos níveis de linguagem: fonológico, morfológico, sintático e semântico-pragmático. Para dar conta de traduzir essas marcações estilísticas, vamos lançar mão das teorias de tradução de dialetos (CARVALHO, 2017; BEREZOWSKI, 1997), os quais representam uma forma de marcar/singularizar o discurso. Esse artigo é um dos estudos que embasam a prática tradução do romance, em progresso.
As décadas de 1960 e 1970, geralmente referidas como momento de abertura da segunda onda do feminismo, foram palco de importantes utopismos feministas também no âmbito da linguagem – e, consequentemente, da literatura –, paralelamente ao ativismo militante. O presente trabalho oferece uma breve análise de três ficções utópico-feministas no tocante a questões da linguagem, em suas interfaces com dinâmicas da ação tradutória: The Cook and the Carpenter (1973), de June Arnold, Woman on the Edge of Time (1976), de Marge Piercy e Ancillary Justice (2013), de Ann Leckie, observando suas respectivas traduções, tanto existentes quanto potenciais. Numa perspectiva informada pela Crítica Feminista, pelos Estudos de Gênero e pelos Estudos da Tradução, nossa reflexão enfoca as formas pelas quais as linguagens feministas experimentais configuradas nessas obras e em suas traduções sublinham e desestabilizam o sexismo e o binarismo de gênero conforme materializado na/pela linguagem.
Primeiramente, gostaria de agradecer minha orientadora, Maria Elisa Cevasco, por todo apoio e atenção dedicado aos meus trabalhos desde a graduação. Ela estava nas minhas bancas de TGI e mestrado, e aceitou meu projeto de doutorado, sempre me incentivando a ser um melhor pesquisador. Agradeço ao Marcos Soares, pela atenção e confiança na mesma medida em toda minha trajetória acadêmica. Lembro-me de quando ele me explicou como funcionava a Iniciação Científica e me convidou para fazer parte dos grupos de estudos, os quais, sem sombra de dúvida, mudaram a minha vida. Ao professor Carlos Eduardo Berriel pela chance de ter participado de suas aulas sobre Utopia como ouvinte, e depois por suas observações no meu processo de qualificação. À Ildney Cavalcanti, estudiosa de Marge Piercy, com quem travei contato e amizade, e com quem espero poder compatilhar muitos projetos e descobertas acadêmicas. Aos colegas que formavam o grupo Mocassim Marrom, Cris Toledo, Neyde Branco, Elder Tanaka, Roberta Viscardi e Fabi Vilaço, que nos primeiros momentos deste trabalho, contribuíram com ideias e sugestões. Igualmente ao Márcio Deus, cuja leitura foi primordial para retraçar os primeiros caminhos. Ao novo grupo de amigos e leitores, o Tell me Something, o Alysson Oliveira, a Fabi Vilaço, a Mariana Souza e a Vera Ramos, que participaram ativamente dos momentos mais finais da confecção do trabalho e se deliciaram com a leitura de Woman e um bom debate sobre ele. Todos eles me mostraram que a pós-graduação está longe de ser um processo individual e solitário. À Vera Ramos, Solange Pinheiro e Ana Carol Erlacher, pessoas muito especiais, sem as quais esta tese sairia menos bela. A leitura atenta delas foi essencial para que eu pudesse corrigir erros, eliminar confusões, melhorar traduções, evitar repetições. Sem elas, com certeza, a tese ficaria menos enriquecida, mas caso tenha sobrado algum erro, a responsabilidade é toda minha. À Ana Rusche, uma nova amiga que a Utopia me trouxe, uma camarada de percurso e uma poetisa que me inspirou. À minha querida família, meu pai, Marco, que sempre se orgulhou das minhas conquistas e minha mãe, Rose, que sempre entendeu minhas ausências nesse período conturbado de estudos. Minhas irmãs de sangue, Vivian e Mayara, que sempre me apoiaram, cada uma à sua maneira, e aos irmãos de alma, espalhados pelo mundo, que sempre fizeram meu coração mais quente e me deram forças pra continuar: a Dani Luna, o Jarkko Kinnunen, a Sheela Gomes, a Silvana Vergopolan, o Túlio Carrera, a Flávia Helena, a Viviane Annunciação, o Nick Ayer, e muitos outros que fizeram o processo de estudos menos solitário e mais produtivo, mais humano. To Phillip Wegner and Peter Fitting for the close attention and support whenever I needed them for a talk, suggestions, ideas about Utopia and academic life. They were super in their writings and their conversations. To all the people that made my one-year study in Gainesville, Florida, a delightful experience. All the people at the English Department of University of Florida. There are s...
O romance As águas-vivas não sabem de si de Aline Valek (2016) e a novela Deixe as estrelas falarem de Lady Sybylla (2017) traduzem os anseios dos ideários culturais e políticos no Brasil contemporâneo. Neste artigo, discute-se o gênero literário "ficção científica", por intermédio do insólito ficcional, apresentando-se o contexto histórico nacional e internacional dos anos 2010 e analisando-se as formas literárias nos textos tendo em vista a metodologia desenvolvida pela crítica materialista e observando-se as teorias feministas e estudos de gênero no século XXI.
Apresentação do Dossiê Temático MINUTO 2 - Movências Interdisciplinares da Utopia.
Gostaria de começar, agradecendo ao meu orientador Marcos Soares por todo o apoio desde os primeiros passos dessa pesquisa, quando ela era apenas um projeto para a iniciação científica. Apesar de não estar dentro de sua área específica de especialidade, ele me permitiu pesquisar sobre a ficção científica e através das leituras e conversas, ajudou-me a entender melhor sobre esse gênero e sobre o mundo. À professora Maria Elisa Cevasco, que desde a graduação me acompanha, agradeço pelas valiosas sugestões, lições e ideias. Por ter me apresentado a Fredric Jameson, no sentido metafórico e literal. Ao professor e amigo Alfredo Suppia, agradeço a atenção de ler meu trabalho e contribuir com importantes sugestões de mudança e palavras de apoio, estando presente em todos os passos desta dissertação. Um imenso agradecimento à-Patrulha da Ajuda‖, sem a qual esse trabalho seria muito mais confuso e pedante. Cada período longo demais, cada palavra fora do lugar era apontada, com paciência, interesse e muita risada. A leitura era atenta, linha a linha, pensamento a pensamento, incentivando e questionando, me formando e reformando enquanto escritor. A cada membro-Elder Tanaka, Neyde Branco, Cristiane Maria e Roberta Fabbridedico um pedaço desta dissertação, que é mais nossa do que minha (ainda que mantenha que qualquer erro é de minha inteira responsabilidade). Aos amigos Márcio Deus, Silvana Vergopolan, Viviane Annunciação e Elaine Rodrigues pelo interesse e leitura, e apontamentos que seguiram. E pelo apoio de todas as horas. Aos meus pais, Marco e Rose, que entenderam a minha ausência e silêncios, sempre me incentivando a continuar, a ir além de mim mesmo. Pelo carinho e apoio. À CAPES por ter me contemplado com a bolsa, o que possibilitou acesso a novas fontes de pesquisa e mais tempo dedicado à vida acadêmica e escrita. Ao amigo Roberto Causo, sempre disposto a conversar, a dar dicas, me incluir em situações em que pude aprender muito. Também, à professora Elizabeth (Libby) Ginway, que muito prontamente me mandou material dos Estados Unidos. À equipe do DLM, principalmente a Edite, que sempre foram atenciosos a resolver os problemas e solucionar as dúvidas. Ao grupo de estudos do Marcos, pelas oportunidades de discutir meus pensamentos, pela chance de exercitar novas perspectivas e pelo apoio do-backstage‖. Ao Danilo Landim, pela importante ajuda na época da qualificação. A todas as pessoas que de uma forma direta ou indireta se preocuparam com meu desenvolvimento acadêmico e pessoal, frutos da jornada que se descortina adiante. Que meus atos de retribuição falem mais que mil palavras.
Este texto procura fazer o levantamento de algumas fontes bibliográficas, disponíveis em língua inglesa, que foram importantes para o aprofundamento nos estudos sobre utopia. A linha condutora da escolha dos nomes, entre os diversos autores da área, é a aproximação deles com o materialismo histórico. A seleção aqui é bastante rudimentar, mas serve para divulgar autores e obras pouco conhecidos sem, entretanto, exaurir as fontes.
O texto a seguir tem por objetivo apresentar a tradução feita por mim de dois poemas do poeta e artista plástico tibetano Tenzing Rigdol. Primeiramente, apresento alguns pressupostos da tradução de poesia, para justificar meu processo de trabalho tradutório. Depois, apresento brevemente o poeta, e cada um de seus poemas, com comentários sobre os elementos poéticos e as principais dificuldades encontradas. Termino com um breve comentário da importância da tradução de poesia tibetana no contexto atual brasileiro.
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