Este artigo aborda a Reforma do Estado implementada na década de 1990, no Brasil, e seus impactos sobre as universidades públicas que necessitaram se adaptar à nova política de diversificação e diferenciação que mensura seu valor pela competitividade e capacidade de inovação. Destaca a perda de controle sobre a definição de sua identidade, funções e gestão. A autonomia universitária e a democratização da gestão são apontadas como fundamentais na resistência ao gerencialismo. A participação social comparece como elemento primordial na gestão democrática da educação. O artigo realça que movimentos sociais, dentro e fora das universidades, buscam a efetiva partilha de poder nas instâncias decisórias. Embora chame a atenção para o fato de que universidades mantêm uma gestão centralizada e vertical que resiste às ideias e opiniões forjadas nos novos espaços participativos, o artigo acena com uma reforma criativa, democrática e emancipatória da universidade pública como alternativa para enfrentamento das pressões neoliberais.
Este artigo parte da constatação de que, no contexto da América Latina, existe uma lacuna na pesquisa educacional crítica relativa ao enfoque comparativo internacional e de que há um movimento recente de retomada dos estudos comparados como instrumento de apoio à decisão política, em face de problemas educacionais globalizados. Ele tem como objetivo estudar aspectos da organização e da oferta de cursos de mestrado no Brasil, na França e em Portugal. A abordagem comparativa se fez por meio da identificação da legislação e de dados estatísticos disponíveis e focalizou elementos que, por meio do olhar dirigido ao outro,tratam da construção da identidade dos cursos de mestrado nesses países, na perspectiva de contribuir com o aprimoramento desse nível de ensino e inspirar outros estudos e pesquisas sobre o tema.
ResumoEste artigo tem como objetivo apresentar uma reflexão que abarca a representação do trabalho ao longo da história, a representação do trabalho docente no Brasil, bem como as contribuições da ergologia para a análise da atividade de trabalho docente. Sua origem está na constatação de que o trabalho, historicamente, tem sido tratado, prioritariamente, em sua dimensão macroestrutural. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, dedicada à revisão bibliográfica em produções no campo de estudos sobre Trabalho e Educação. A ergologia comparece como uma abordagem que permite direcionar o olhar do pesquisador para as microdimensões que envolvem a ordem subjetiva e objetiva do docente em sua atividade de trabalho, possibilitando a compreensão das dificuldades próprias desse trabalho, decorrentes das normas diversas que o precedem, como as regras específicas de estabelecimento de ensino, do cotidiano escolar, das propostas curriculares e, ainda, da compreensão social do papel da escola. Entretanto, essas prescrições não conseguem antecipar o que o docente encontra na situação real de trabalho, por exemplo, o confronto com a grande diversidade de alunos, a relação singular que cada um deles estabelece com a escola e com o saber, as particularidades de cada situação ou as regulações coletivas próprias de cada unidade escolar, aspectos que podem ser acessados por intermédio da abordagem ergológica da atividade de trabalho docente. Palavras-chave: Trabalho docente, Atividade de trabalho docente, Ergologia. AbstractThis article aims to present a reflection that includes the representation of work throughout history, the representation of the teaching work in Brazil, as well as the contributions of ergology for analyzing the teaching activity. Its origin lies in the realization that the work has historically been treated as a priority in its macro-structural dimension. This is a
Pretendemos refletir sobre a política de educação promotora da cidadania, bem como sobre o papel das cidades como espaços educativos capazes de fazer com que crianças e adolescentes apropriem-se da realidade que os cerca e interpretem o mundo a partir do seu espaço de referência: a comunidade local. Para tanto, a escola se abre para que a comunidade participe dos processos educativos, articulando saberes, culturas, experiências e visões de mundo diferentes dentro da sala de aula. O objetivo é proporcionar um aprendizado profícuo e interconectado com as vivências dos alunos, que problematize as principais questões que os afetam: o fato de viverem confinados em suas casas, em escolas com grandes muros e nos shoppings centers, sendo disciplinados para serem dóceis e felizes, sem desenvolvimento de senso crítico. A gravidade disso tudo reside no fato de que esse processo é naturalizado, familiarizado e aceito pelos membros da sociedade. Com este artigo, esperamos contribuir para a discussão e reflexão em torno da necessidade de se repensar políticas educacionais, a partir de uma visão ampla de educação planejada para muito além dos muros da instituição escola, que passe a considerar a cidade como o espaço do aprendizado por excelência, com todas as suas contradições, problemas e potencialidades, com sua cultura urbana e suburbana, simultaneamente local e cosmopolita.
Este artigo é produto de dissertação de mestrado, construída a partir de uma abordagem qualitativa e exploratória que analisou estratégias para manutenção da saúde pela atividade docente. Para tal realizou entrevistas semiestruturadas com seis professores do Ensino Fundamental de duas escolas da região metropolitana de Belo Horizonte - MG que desde a posse no cargo de professor não se afastaram de suas atividades por motivos de doença. As crescentes estatísticas de desordem física e emocional que atingem essa categoria desencadeadora de sucessivos pedidos de licença médica e até abandono da profissão (Síndrome de Burnout), bem como a necessidade da busca de soluções para estes fenômenos justificaram sua realização. Seu objetivo geral foi descobrir quais as estratégias utilizadas por estes docentes para manutenção da saúde. Os relatos foram analisados por meio do referencial ergológico proposto pelo filósofo francês Yves Schwartz e sua equipe. A partir desta perspectiva concluiu-se que os “professores saudáveis” criam e recriam constantemente estratégias para solucionar problemas no cotidiano laboral. No hiato entre a subjetividade e as normas antecedentes do trabalho, os educadores produzem renormalizações que explicam o êxito que logram na luta em prol da busca e manutenção da saúde e dessa forma não aumentem as estatísticas de adoecimento docente no Brasil. Palavras chave: Trabalho docente. Normas antecedentes. Renormalizações. Estratégias de enfrentamento.
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