O objetivo geral do presente estudo é refletir sobre os desafios e ações de EA que nos encaminham a uma nova situação de adaptação, resiliência e enfrentamento possíveis, em tempos dessa pandemia global e da continuidade da crise climática. Especificamente, pretende-se dialogar sobre as possibilidades que podem orientar os caminhos da EA nesse novo mundo e novo tempo pós-pandemia; examinar as consequências do modelo capitalista hegemônico, sobre as questões socioambientais; e apresentar percepções e observações das educadoras e educadores ambientais, autores deste trabalho, frente aos desafios de oferecer, aos estudantes, aulas e atividades on-line no contexto escolar de isolamento social.
<p class="Default"><span>Objetivando contribuir com os processos de ambientalização nas Instituições de Educação Superior (IES), este artigo apresenta uma das etapas deste processo no Centro Universitário de Brusque – UNIFEBE: a aplicação de um sistema de indicadores de sustentabilidade, proporcionada pela participação no projeto <em>Definición de indicadores de evaluación de la sustentabilidad en Universidades Latinoamericanas</em>, um projeto da <em>Red de Indicadores de Sostenibilidad Universitaria </em>(RISU). Referido projeto tinha por objetivo principal a aplicação de um sistema de indicadores que permitisse avaliar os compromissos com as dimensões da sustentabilidade nas universidades, propiciando a reflexão sobre suas fragilidades ou potencialidades na inserção desta temática. Na UNIFEBE, a pesquisa caracterizou-se pelo enfoque quanti-qualitativo com a realização de entrevistas, aplicando um questionário composto por 114 indicadores de sustentabilidade. O processo desencadeado pela realização desta investigação e seus resultados permitiram identificar indícios da incorporação das dimensões da sustentabilidade na gestão, no ensino, na pesquisa e na extensão, bem como as fragilidades, as dificuldades e os desafios frente à necessidade desta inserção. Ele também impulsionou alguns avanços no processo de ambientalização, tais como: ampliação da discussão dessa temática na IES, com o fortalecimento da parceria, da integração e da colaboração entre gestores, docentes, colaboradores e acadêmicos em prol da construção da Política de Ambientalização e a aprovação de seu Regulamento. Consideramos o sistema de indicadores proposto pelo projeto da RISU uma ferramenta imprescindível na construção de Políticas Institucionais de Ambientalização e Sustentabilidade nas IES.</span></p>
Abrimos o primeiro número de 2021 da REMEA, ainda, confinados em nossos lares.Nos chegam, a cada dia, notícias e informações cada vez mais horripilantes. Nosso país tem sido capa de jornais internacionais anunciando o perigo que estamos sendo para o mundo. Um país desgovernado... Número de mortes, de infectados e de leitos nos hospitais tem dado lugar as nossas preocupações e tremores. Não há dúvida de que já entramos para história, e de um modo bastante triste.De tudo isso, talvez tenhamos que exercer a crítica nietzschiana e pensar o que estamos fazendo de nós mesmos nesse tempo de pandemia? É na companhia de filósofos da chamada Filosofia da Diferença que nos alinhamos para tensionar nosso presente. Que presente é esse e que mobilizações e recrudescimentos ele nos traz? Talvez possamos nos dias de confinamento exercer a potência do pensamento e criar outros possíveis em nosso mundo. Resistir ao presente é um ensinamento, na esteira de Friedrich Nietzsche, que a Filosofia da Diferença nos convida a fazer. Como resistir a ele? Não sabemos ao certo e é daí que podemos criar outros modos de inventividade e potência de vida. Algo que carecemos
Neste artigo, apresentamos os modos de pensar descritos por Heidegger (2003) em diálogo com os modos de pensar do mundo andino (BERMUDEZ, 2016), para discutir elementos de uma ontoepistemologia ambiental (PEREIRA; FREIRE; SILVA, 2019) e que contribuam para uma pesquisa que pretende compreender as relações entre a filosofia, a felicidade e a Educação Ambiental. Os elementos identificados emergiram da escuta e se caracterizam por terem sido elaborados em diálogo com os interlocutores, a partir de narrativas na perspectiva hermenêutica, estando assim organizadas em três categorias: olhar, compreender e conhecer. Parte da compreensão de que viver em um mundo é participar da impermanência das coisas todas, em um projeto inacabado, de verdades temporais e transitórias. Os resultados apontam para a fecundidade da narrativa hermenêutica como possibilidade de elaboração de elementos para a compreensão do ser no mundo, inserindo-os em um debate ontoepistemológico na Educação Ambiental.
No abstract
Prezados(as) leitores(as), Abrimos o ano com a edição do volume 37, n.1 de 2020 da REMEA. Dificilmente nos imaginaríamos lendo a revista confinados em nossas casas. O tempo de pandemia devido ao COVID-19 que se instala atualmente, nos leva a problematização daquilo que Nietzsche já nos anunciava: "Que estamos fazendo de nós mesmos?" O vírus, aquele ser minúsculo que Bruno Latour em suas geniais escritas, nos convida a mirar, parece invadir nosso espaço sem pedir licença. Com esse inoportuno convidado, fomos obrigados a nos reorganziar, cada um em suas vidas públicas e privadas. E, ironicamente, aquilo que o antropocentrismo nos ensinou está aí para se desvanecer aos nossos olhos: homem, ser supremo? COVID-19 veio para potencializar em nós problematizações que, talvez, no cotidiano ininterrupto de nossas vidas corridas não conseguiríamos tempo para elas… Essa não foi a primeira epelos novos anúncios científicosnão será a última vez que na história moderna seremos encerrados, trancafiados em quarentenas nos espaços
Nas comunidades de diferentes grupos étnicos do “continente-mãe” África e seus descendentes (nas suas múltiplas diásporas), destaca-se a apropriação e intenso uso de carapaças calcárias de gastrópodes marinhos (“búzios”). Neste ensaio transdisciplinar, por meio da revisão e análise bibliográfica, imergimos em duas dimensões complementares: a) os diferentes papéis ou funções atribuídas aos “búzios” por culturas e religiões de matriz africana, no continente originário e em sua diáspora no Brasil; b) distribuição biogeográfica das espécies de “búzios” mais utilizados neste contexto. Tentamos reconstruir um panorama historiográfico de algumas das conexões ecológico/culturais e das implicações, associadas aos “búzios” nas culturas e religiões de matriz africana. Os principais usos de 21 espécies de “búzios” foram agrupados em 03 categorias: a) Iniciação, assentamento e pertencimento à identidade cultural/religiosa; b) Oracular (o “jogo de búzios”); c) como moeda, nas trocas comerciais interétnicas. A distribuição geográfica foi definida entre o Mediterrâneo, Indo-Pacífico, Oceano Pacífico, Caribe e Oceano Atlântico. Procuramos traçar conexões entre estes dados e diversas áreas e campos específicos das Ciências da Natureza, como potenciais aportes para constituição de conteúdos e metodologias para a ERER – Educação para as Relações Étnico-Raciais, discutindo equívocos interpretativos e campos promissores. Além de um exercício de pesquisa, compreendemos este ensaio como um esforço na discussão de cenários e processos socioambientais e político-econômicos ocultados pela historiografia oficial, repetidos aos estudantes de todos os níveis de escolaridade e, ousamos sugerir - caminhos epistemológicos -, considerando o potente “diálogo de saberes” que se encontra impregnado nos “búzios” marinhos, com temáticas que se entrelaçam e convergem entre si. Tal exercício pode ser bastante profícuo, e adaptado a ouros temas, na análise da História através das diversas Ciências, como contribuição ao adensamento crítico nos conteúdos e propostas pedagógicas para/na ERER. Palavras-chave: Búzios; Culturas e Religiões Afro-Brasileiras; Interações Ecológico-Culturais.
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