Resumo Neste artigo, são abordadas diferentes dimensões presentes nas representações humanas sobre a natureza: a sensibilidade ecológica, ou seja, a manifestação dos sentimentos e percepções humanas em relação ao mundo natural, e o ambientalismo, movimento construído historicamente, de caráter global, porém plurifacetado, disperso em diversas vertentes, que se dedica à proteção e conservação do ambiente natural e humano. O objetivo é analisar a historicidade dessas dimensões, considerando alguns de seus defensores e críticos. A discussão leva, finalmente, ao entendimento da relação dos humanos com a natureza como um problema tanto histórico quanto ético-moral.
O presente artigo é um estudo das principais crises do petróleo, na segunda metade do século XX, em1973, 1979 e 1991, bem como do caso especáfico da Nigéria, desde 1956. Trata-se de um panorama geral sobreas conseqá¼ências da produção e queima do ”ouro negro”, dos pontos de vista polático, econômico, social eambiental. Além disso, novas fontes energéticas para substituir o petróleo são apresentadas, como alternativasaos combustáveis fósseis.
Resumo: Este artigo examina a atuação do ambientalista José Lutzenberger contra o POLONOROESTE, programa de colonização implantado nos anos 1980 em Rondônia, financiado parcialmente pelo Banco Mundial. Lutzenberger denunciou os problemas sociais e ambientais do programa, por meio de sua participação na série de documentários A década da destruição, dirigida por Adrian Cowell e Vicente Rios. O artigo aborda as críticas presentes nos filmes, cuja exibição em países europeus, Brasil, Canadá e Japão levou ao convite para que Lutzenberger prestasse depoimento no Congresso Norte-americano, em Washington. Esses eventos provocaram uma mudança de atitude por parte do Banco Mundial, projetaram Lutzenberger internacionalmente e ajudaram a promover a Amazônia como problemática de alcance mundial.
Nos anos 1970, em meio a uma série de programas de ocupação para o desenvolvimento da Amazônia brasileira, coordenados pelos governos militares, a empresa alemã Volkswagen implantou um projeto para criar 150 mil cabeças de gado na região. Este artigo aborda a crítica expressa por ambientalistas brasileiros – em especial José Lutzenberger e Magda Renner – ao incêndio provocado pela Volkswagen na Amazônia brasileira, em sua fazenda Companhia Vale do Rio Cristalino (CVRC), por meio da análise da correspondência entre eles e Wolfgang Sauer, Diretor-Presidente da empresa no Brasil. Tanto a correspondência como os documentos que embasam este artigo fazem parte do Arquivo Privado de José Lutzenberger (APJL) e do Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul (AHRS). Apelando para uma visão que idealizava a relação da Alemanha com a natureza, os ambientalistas causaram constrangimento e colaboraram para a divulgação, em âmbito internacional, da devastação provocada pela multinacional na Amazônia, com o aval da ditadura militar em vigor no país.
ResumoEste artigo tem como objetivo apresentar a ética do convívio ecossustentável, divulgada pelo engenheiro agrônomo brasileiro José Lutzenberger , ao longo de sua militância ambientalista. São analisados autores e obras lidos por Lutzenberger, considerados influentes na sua discussão sobre ética e meio ambiente. Argumenta-se que ele se apropriou dessas leituras, de forma a construir uma nova ética ecológica em contraponto às éticas antropocêntricas que compõem a corrente dominante. A partir do estudo da obra e da biografia de Lutzenberger, o artigo apresenta os dez princípios fundamentais dessa ética, que, mesmo apoiada em éticas ambientais biocêntricas já existentes, constitui, em seu conjunto, uma formulação original para guiar a humanidade em suas relações com a natureza.
Este artigo trata da atuação do engenheiro agrônomo e ambientalista brasileiro José Lutzenberger na proteção da floresta Amazônica nas décadas de 1970, 1980 e 1990. Lutzenberger participou de conferências nacionais e internacionais, denunciou projetos do governo brasileiro na mídia e formulou críticas duras à devastação da floresta e seus povos. Em sua militância internacional, por meio de palestras e eventos, difundiu a teoria da Gaia, um dos fundamentos de sua concepção ecológica, e nos anos 1990 foi convidado pelo então presidente Fernando Collor para assumir a Secretaria Nacional do Meio Ambiente, por meio da qual trabalhou na defesa da Amazônia e dos povos indígenas. Entre 1970 e 1990, a Amazônia passa a receber destaque cada vez maior em conferências sobre meio ambiente e na imprensa internacional, tornando-se temática de preocupação global, ao lado das mudanças climáticas e da camada de ozônio. Através da Biografia Histórica e da História Ambiental, analisamos a trajetória de José Lutzenberger, um ator global nesse contexto, cuja atuação é nosso fio condutor para a abordagem das principais lutas empreendidas pelos movimentos ambientalistas brasileiros e de outros países em defesa da grande floresta.
Interview with chemist and geneticist Flávio Lewgoy, who was also an expert criminal and environmental investigator. Lewgoy was at the center of important struggles for human health and environmental quality in Rio Grande do Sul, and was one of the people behind state (1982) and federal (1989) laws governing pesticide use. He believed he had a duty to use scientific knowledge to support his positions on environmental activism and saw this activity as an ethical commitment, a way of paying back society for the education he received in public institutions.
Entrevista realizada com Dora Shellard Corrêa, professora adjunta do curso de História da Universidade Estadual de Londrina (UEL), que vê a construção de uma obra de referência incontroversa quando o assunto é análise histórica de paisagens. Desde sua tese de doutorado, publicada em livro sob o título Paisagens sobrepostas: Índios, posseiros e fazendeiros nas matas de Itapeva (1923-1930), a paisagem tem sido seu objeto privilegiado de pesquisa.
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