RESUMOO experimento foi desenvolvido em um Latossolo Vermelho-Escuro distrófico, em Ponta Grossa (PR), com o objetivo de avaliar os efeitos da aplicação de calcário e gesso na superfície sobre as características químicas do solo e resposta da soja cultivada em sistema de cultivo sem preparo do solo. O delineamento experimental empregado foi o de blocos ao acaso em parcela subdividida, com três repetições. Foram utilizadas quatro doses de calcário dolomítico, com 84% de PRNT: 0, 2, 4 e 6 t ha -1 , e quatro doses de gesso agrícola: 0, 4, 8 e 12 t ha -1 . A calagem foi realizada em julho, e a aplicação de gesso em novembro de 1993. A cultura da soja foi avaliada nos anos agrícolas de 1993/94 e 1995/96. A soja não respondeu à aplicação de calcário e gesso na superfície, em solo com pH (CaCl 2 0,01 mol L -1 ) 4,5 e 32% de saturação por bases na camada de 0-20 cm. A calagem proporcionou correção da acidez do solo, revelada pela elevação do pH e redução do alumínio trocável, até a profundidade de 10 cm e em camadas subsuperficiais, mostrando que a ação do calcário aplicado na superfície, em áreas com cultivos já estabelecidos, não preparadas convencionalmente, pode atingir camadas mais profundas de solo. Esse efeito foi observado doze meses após a aplicação do corretivo, tendo sido mais pronunciado após vinte e oito meses. A aplicação de gesso causou redução do alumínio trocável, elevou os teores de cálcio em todo o perfil do solo e provocou lixiviação de bases, principalmente de magnésio, tendo sido esta mais acentuada na presença de maiores teores de magnésio trocável no solo. Após vinte e quatro meses, foram recuperados cerca de 40% do S-SO 4 e 60% do cálcio aplicados pelo gesso na dose de 12 t ha -1 , até a profundidade de 80 cm. Desse total recuperado, apenas 10% do S-SO 4 e 25% do cálcio foram encontrados na camada de 0-20 cm de solo.Termos para indexação: Glycine max, calagem, subsolo, acidez, lixiviação de íons, cultivo sem preparo do solo.
RESUMONa região sul do Brasil, tem aumentado o interesse pela busca de alternativas para a instalação de culturas, no sistema plantio direto, em áreas novas, sem proporcionar revolvimento do solo. Com o objetivo de avaliar as alterações químicas do solo e a resposta da soja ao calcário e gesso aplicados no sistema plantio direto, foi realizado um experimento em um Latossolo Vermelho distrófico textura argilosa, em Ponta Grossa (PR), no período de 1998 a 2001. Os tratamentos, dispostos em blocos completos ao acaso em parcelas subdivididas, com três repetições, constaram da aplicação de calcário dolomítico (sem calcário e 4,5 t ha -1 de calcário na superfície, em dose total e 1/3 da dose por ano durante três anos, e incorporado), nas parcelas, e doses de gesso (0, 3, 6 e 9 t ha -1 ), nas subparcelas. A correção da acidez pela calagem na superfície ou incorporada foi mais acentuada na camada superficial do solo (0-5 cm) e houve maior reação nas profundidades de 5-10 e 10-20 cm, quando o calcário foi incorporado. Os efeitos benéficos da calagem na correção da acidez do subsolo foram pouco pronunciados e mais evidentes com a incorporação do calcário no solo. O gesso melhorou o subsolo, aumentando o pH (CaCl 2 0,01 mol L -1 ) e os teores de Ca e S-SO 4 2-, aumentou a concentração de P na camada superficial do solo (0-5 cm) e no tecido foliar da soja e reduziu o Mg no solo e nas folhas. Não houve resposta da soja, em três cultivos, ao calcário e gesso aplicados. Concluiu-se que a aplicação de gesso agrícola, associada ou não à calagem na superfície ou com incorporação, não foi uma estratégia interessante para o estabelecimento da soja no sistema plantio direto, por não ocasionar melhoria na produção de grãos. Termos de indexação:Glycine max (L.) Merrill, acidez, subsolo, nutrição mineral.
A calagem e a aplicação de gesso levam a modificações químicas no solo que podem influenciar o crescimento radicular e a produção de culturas anuais. Com o objetivo de avaliar as alterações químicas do solo e a resposta do milho ao calcário e gesso aplicados no sistema plantio direto, foi realizado um experimento em um Latossolo Vermelho distrófico textura argilosa, em Ponta Grossa (PR). Os tratamentos, dispostos em blocos completos ao acaso em parcelas subdivididas com três repetições, constaram da aplicação de calcário dolomítico (sem calcário e 4,5 t ha -1 de calcário na superfície, em dose total e 1/3 da dose por ano, durante três anos, e incorporado), nas parcelas, e doses de gesso (0, 3, 6 e 9 t ha -1 ), nas subparcelas. Os tratamentos com calcário foram aplicados em julho e as doses de gesso em outubro de 1998. A cultura do milho foi avaliada no ano agrícola de 2001/02. A correção da acidez pela calagem na superfície, com ou sem parcelamento, foi mais acentuada na camada superficial do solo (0-0,05 m) e houve maior reação nas profundidades de 0,05-0,10 e 0,10-0,20 m, quando o calcário foi incorporado. O gesso melhorou o subsolo, aumentando os teores de Ca e S-SO 4 2-, aumentou a concentração de N, K e Ca no tecido foliar do milho e causou redução do Mg no solo e nas folhas. O crescimento radicular do milho não foi influenciado pelos tratamentos de calcário e gesso. A calagem na superfície, com ou sem parcelamento, ou com incorporação e a aplicação de gesso aumentaram a produção de milho, em decorrência do aumento da saturação por Ca nas camadas superficiais do solo. A aplicação de gesso agrícola, associada à calagem, foi uma estratégia eficiente para maximizar a produção de milho.Termos de indexação: Zea mays L., acidez, subsolo, crescimento radicular, cálcio, nutrição mineral.
RESUMOO experimento foi realizado em um Latossolo Vermelho-Escuro distrófico textura média, em Ponta Grossa (PR), com o objetivo de avaliar a produção de milho, trigo e soja em função das alterações das características químicas do solo, pela aplicação de calcário e gesso na superfície, em sistema plantio direto. O delineamento experimental empregado foi o de blocos ao acaso em parcela subdividida, com três repetições. Foram utilizadas quatro doses de calcário dolomítico, com 84% de PRNT: 0, 2, 4 e 6 t ha -1 e quatro doses de gesso agrícola: 0, 4, 8 e 12 t ha -1 . A calagem foi realizada em julho, e a aplicação de gesso feita em novembro de 1993. A produção da cultura de milho foi avaliada no ano agrícola de 1994/95, a de trigo no inverno de 1996 e a de soja em 1996/97. A aplicação de calcário na superfície não influenciou a produção de milho, trigo e soja. Houve ação da calagem na correção da acidez de camadas superficiais e do subsolo, porém seu efeito em camadas profundas não foi observado após quarenta meses. O gesso foi eficiente na melhoria do ambiente radicular do subsolo, embora tenha causado lixiviação de magnésio trocável do solo. Das três culturas avaliadas, somente o milho apresentou resposta à aplicação de gesso em decorrência do fornecimento de enxofre, da melhoria do teor de cálcio trocável, da redução da saturação por alumínio e do aumento da relação Ca/Mg do solo.Termos de indexação: calagem, subsolo, acidez, lixiviação de íons.(1) Recebido para publicação em abril e aprovado em outubro de 1998. (2) Professor do
The effectiveness of surface application of lime to soils under a no‐till (NT) system, particularly with regard to subsoil acidity, is uncertain, and long‐term data is needed to determine optimum surface liming rates in this cropping system. A field experiment was performed in the period from 1993 through 2003 in Paraná State, Brazil, on a loamy, kaolinitic, thermic Typic Hapludox to evaluate the extent of the downward movement of surface‐applied lime in a NT system, and the effect on grain yields under crop rotation. The treatments consisted of dolomitic limestone at the rates of 0, 2, 4, and 6 t ha−1, calculated to raise the base saturation in the topsoil (0–20 cm) to 50, 70, and 90%. Surface‐applied lime under NT was effective in alleviating soil acidity below the point of placement, and increased the cumulative grain yield of the crops. The effects of surface liming on all three acidity‐related variables (pH, Al, and basic cations) were significant at 0‐ to 5‐ and 5‐ to 10‐cm depths from 1 yr onward, and also at the 10‐ to 20‐cm depth from 2.5 yr onward, remaining consistent for a period of up to 10 yr after liming. The maximum economic yield was obtained at 4 t ha−1 of limestone, showing that the lime rate estimated by the soil base saturation method at 70% in the 0‐ to 20‐cm depth was appropriate for surface liming recommendation in a NT system.
A long-term experiment on a clayey, kaolinitic, thermic Rhodic Hapludox where dolomitic lime was applied to the surface (either at 4.5 t ⁄ ha or at 1.5 t ⁄ ha per yr for 3 yr), or incorporated into the topsoil (4.5 t ⁄ ha), and gypsum applied to the surface (3, 6, and 9 t ⁄ ha), was carried out to evaluate their effects on soil profile chemical properties and yields of corn (Zea mays L.) and soybean (Glycine max L. Merrill). Lime applied to the soil surface at either full or split rates, or incorporated and surfaceapplied gypsum had long-lasting effects on soil acidity or calcium and sulphur availability respectively, as measured 8 yr after application. Grain yields of corn and soybean were not influenced by liming. Gypsum at 9 t ⁄ ha significantly increased corn grain yields by 7 and 8% respectively 7-10 yr after application, but did not affect soybean grain yields. The differences in response of the corn and soybean crops to gypsum might be related to the Ca 2+ uptake by plants because of cation exchange properties of roots, being smaller for corn than for soybean. The use of gypsum in no-till systems becomes more viable when corn is grown with a greater frequency in crop rotation.
The conditions in which a favorable response to a gypsum application can be expected on crop yields are not clear. A 3-year field trial was carried out to evaluate the effects of gypsum application on soil chemical attributes and nutrition and yield of corn (Zea mays L.) and soybean (Glycine max L. Merrill) on a clayey Typic Hapludox of high fertility and low acidity under no-till in Guarapuava, Parana State, Brazil. Treatments were arranged in a randomized complete block design with four replications, and consisted of gypsum application on the soil surface at 4, 8, and 12 Mg ha -1. Gypsum application increased the P content in the soil most superficial layer (0.0 -0.1 m) and also the exchangeable Ca and S-SO4 2-contents and the Ca/Mg ratio in the soil profile (0.0 -0.6 m). Gypsum also caused leaching of Mg and K exchangeable in the soil. An increase in Ca concentrations in the corn leaves, and in P and S concentrations in the corn and soybean leaves occurred following the gypsum application. A yield response of corn to initial application of gypsum was found, but subsequent soybean crops did not respond. Gypsum application proved to be an effective practice to maximize no-till corn grain yield. Key words: Zea mays, Glycine max, Brazil, phosphogypsum, calcium, sulfur Aplicação superficial de gesso num Latossolo de baixa acidez sob sistema plantio direto RESUMO: Não estão claras as condições em que se podem esperar efeitos favoráveis da aplicação de gesso na produção das culturas. Em um experimento de campo avaliaram-se, durante três anos, os efeitos da aplicação de gesso nos atributos químicos de um Latossolo Vermelho argiloso de alta fertilidade e baixa acidez sob plantio direto e na nutrição e produção de milho (Zea mays L.) e soja (Glycine max L. Merrill), em Guarapuava (PR). Os tratamentos, dispostos em blocos completos ao acaso com quatro repetições, constaram da aplicação superficial de gesso nas doses 4, 8 e 12 Mg ha -1. A aplicação de gesso aumentou a concentração de P na camada mais superficial (0.0 -0,1 m), bem como os teores de Ca trocável e de S-SO 4 2-e a relação Ca/Mg no perfil do solo (0.0 -0,6 m). A adição de gesso também ocasionou movimentação de Mg e K trocáveis no solo. A concentração de Ca nas folhas de milho e as concentrações de P e S nas folhas de milho e soja foram aumentadas com a aplicação de gesso. Houve aumento na produção de milho após aplicação de gesso, mas as culturas de soja subseqüentes não responderam ao gesso. A aplicação de gesso foi eficiente para maximizar a produção de grãos de milho no sistema plantio direto.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
334 Leonard St
Brooklyn, NY 11211
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.